sexta-feira, 15 de março de 2013

AH VÁ, PATRÍCIA POETA!

Às vezes, como ontem à noite, só ouço a programação da TV, porque estou resolvendo outros assuntos domésticos, tipo passar roupa, que consome tempo e é uma atividade que além de monótona, pede companhia. A TV assume esse papel, especialmente para quem mora sozinho.

No delicioso livro Jornal Nacional modo de fazer, Willian Bonner explica que as sensações de familiaridade, de "ó lá em casa", de conforto são valores intencionalmente agregados ao conteúdo informativo. Porque, no horário do jornal, o trabalhador chega em casa esgotado. Ele só vai consumir as notícias se o processo de compreensão da mensagem for fácil, acessível, interessante.

Você não está sozinho no universo!

Então ontem, passando roupa, ouvia as exaustivas informações sobre a personalidade do novo Papa. Claro! A mídia está empenhada para criar à força uma imagem carismática a toque de caixa. Então, o trabalho de cobertura vai de Roma à Argentina, cada detalhe tem análise aqui no Brasil, completa com os pareceres de Barack Obama, nos Estados Unidos... 
Loucura de produção só para quem tem fôlego e recursos como a Rede Globo para criar! Bom, mas o que achei engraçado foi a Patrícia Poeta encerrar a cobertura destacando dois detalhes dos registros que "ela" fez! 

O primeiro foi a comoção das PESSOAS na expectativa e na anunciação do novo Papa. Meu Deus! Concorda que, se não houvesse emoção na história ela nem estaria lá? O segundo foi que "ela" usou o celular para fazer as imagens! Ah, vá? Ela e o mundo! É só olhar a foto que estava circulando à tarde nas redes sociais.

Sei que criticar é fácil! Afinal o produto está pronto. Sei também que você, cara pálida, pode imaginar que muitos trabalhadores não acessam as redes sociais. Tudo bem! Mas noção de que o telefone celular não é mais objeto exclusivo das minorias, isso todo mundo sabe!

Se você gostou do recado, compartilhe! Lembre-se seu clique faz a rede crescer.

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