sábado, 23 de março de 2013

CLASSE C:  O PRECONCEITO É O MAIOR OBSTÁCULO

Entender o que está envolvido no processo de acesso da Classe C ao consumo é de uma complexidade extrema, porque essa categorização cria uma sensação de distanciamento, tão característica dos estudos dos fenômenos científicos: o observador e o observado.

Para este post, entretanto, que não tem pegada acadêmica, alguns fatos mostram que a regra que vale é o tudo junto e misturado. 

Ou você acha que o Roberto Carlos gravou sem motivo o hit "F-u-r-d-u-n-c-i-o"? 
Qual é a mensagem da música? "Tâmo junto!" 

Onde ela vai eu vou
Onde ela está eu estou
E cada dia mais doido por ela eu sou


O Rei é um termômetro interessante, porque ele produz para as massas.

Tá, cara pálida, você está achando pouco? Então tem as estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que prevê crescimento da Classe C até 2020 será de 50% (clique aqui). Isso é muito mais do que um número! Ele se desdobra em muitas interpretações e impactos, mas o que me parece mais relevante é este:

"O aumento da População Economicamente Ativa (PEA) dos 130 milhões de hoje para 144 milhões em 2020 representa um incremento de mais de 10% na força de trabalho potencial do País. Com a população crescendo 7% a 8%, o PIB per capita até o final dessa década vai crescer mais de 30%, também em termos reais. Ao mesmo tempo, o país terá que arcar com as aposentadorias de mais 5 milhões de pessoas", alerta o estudo.

Shopping no Alemão

Tem outra história bacaninha, publicada esta semana, sobre a construção de um shopping no Morro do Alemão (clique aqui). O valor do empreendimento? R$ 22 milhões. Eu vou destacar uns trechos porque, de tão sensacional, não precisa ser reescrita:


"O responsável pelo projeto também não é um empresário comum. Ex-morador de rua e de favela, produtor musical, escritor, documentarista, além de criador e ex-coordenador da CUFA (Central Única das Favelas) - uma das ONGs mais influentes do País -, Celso Athayde decidiu deixar de lado suas outras atividades para fundar a Favela Holding (FHolding), guarda-chuva que reúne dez empresas que atuam exclusivamente em favelas.
[...]Segundo um levantamento do DataFavela - parte da FHolding e fruto de uma parceria entre Athayde e o instituto de pesquisas Data Popular -, cerca de 12 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil. Juntas, elas ganham R$ 56 bilhões por ano, uma renda comparável do Produto Interno Bruto (PIB) da Bolívia". 
Tem mais um detalhe que os estudos apontam: a Classe C qualifica o consumo (clique aqui).  Junto e misturado com as notícias alarmistas sobre endividamento das famílias - em razão da oferta de crédito - também é possível garimpar algumas outras histórias, que contam o sucesso inclusive de Programas de Educação Financeira. Quem tem senso de oportunidade, aproveita!


De acordo com a análise dos dados coletados, 57% dos participantes afirmam que a sua condição econômica melhorou na última década. Hoje, não só o acesso ao consumo, que conduziu a ascensão inicial das classes emergentes, mas também um estilo de vida, com escola particular, lazer e plano de saúde, passam a caracterizar o novo brasileiro da classe média. Os setores de turismo, imóveis, carros, construção, ensino e convênios médicos também apresentam oportunidades promissoras de negócios para os próximos anos.

Educação Previdenciária é patrimônio

O que eu vou escrever agora é resultado de muita prosa com gente que eu admiro de montão e que atua profissionalmente com Previdência Complementar: Nivaldo Cândido de Oliveira Júnior (Suporte Consultoria e Treinamento), Leonardo Viceconti Cruz (CBS Previdência), Ivan Sant'Ana Ernandes (Atest Consultoria Consultoria Atuarial), Roberto Eiras Messina (OAB PREV - SP), Enéas Bayão (OAB PREV - MG), Lucas Silveira (Previ Novartis). Não conheço o posicionamento individual deles em relação ao tema do post, mas sei que todos eles defendem a ideia e atuam para a expansão da Educação Previdenciária no Brasil e até além das fronteiras nacionais. Tem muito mais gente nesta lista trabalhando sério e com competência para construção da Educação Previdenciária, mas para esta reflexão, eu consigo lembrar das conversas específicas sobre Comunicação e Educação, em diferentes momentos e com essas PESSOAS incríveis.

Popularizar os conceitos da Previdência Complementar é um desafio permanente. Tem muito termo técnico que pode ser traduzido, mas não pode ser simplificado. Tem muito risco jurídico, porque existem enquadramentos legais que variam de acordo com a interpretação. Enfim, a Comunicação e a Educação esbarram em dilemas reais. Só que eu ainda acho que o maior obstáculo é o preconceito: "as PESSOAS não entendem!"

Pois se as PESSOAS entendem portabilidade de telefone celular, condições de pagamento de carnê, parcelamento de compra a prazo, poupança, elas entendem Previdência Complementar! Por isso, cada vez mais me encanta a iniciativa maravilhosa de inclusão da matéria na grade curricular de escolas técnicas! O carinha que está se preparando para o mercado de trabalho já adquire um patrimônio intangível que, ativado, pode valorizar a Política de Recursos Humanos do empregador. Qual a medição do retorno do investimento? Primeiro, a adesão aos Planos de Previdência Complementar. Depois, a opção pela portabilidade, que demonstra uma tendência na atitude previdenciária, conquistada para toda a vida.


Antes da formatação do produto, está a crença de que ele vai dar certo para mim e para todos! Antes da formatação do produto, está a crença de que se eu entendo e gosto, todo mundo também entende e gosta também! Antes da formatação do produto, está o posicionamento junto e misturado com o cliente (ao invés do distanciamento). É trocar o "fazer para" pelo "fazer com". Talvez seja, ao invés do jingle, usar o pancadão. Muito possivelmente, ao invés das cartilhas, manuais e regulamentos, desenvolver um "app" para telefone celular. Talvez seja fazer um filme. Talvez seja parar para conversar... Ninguém tem ainda as respostas! Mas estamos em busca delas e tem muita gente antenada nas reformas individuais que precedem os resultado e o sucesso do trabalho que se pretende realizar. As PESSOAS estão sempre além de tudo o que possamos pensar sobre elas.


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