segunda-feira, 4 de março de 2013

COMUNICAÇÃO: CONTROVÉRSIAS

Pensadores visuais e telepatia. Escrevi sobre isso ontem porque acompanhar algumas informações nas redes sociais ajuda a revitalizar  repertórios. Marcam tendências, mostram o esforço humano para alcançar utopias.

Hoje, entretanto, encontrei nas redes sociais duas professoras que cruzaram o meu caminho em razão da minha declarada estrela da sorte. Elizabeth Saad (ECA/USP) replicou um lindo post de Lúcia Santaella (PUC/SP): Escrever pode bem ser uma forma de felicidade (clique aqui). 

O texto explica a satisfação de um pesquisador dentro de uma biblioteca, lugar onde tudo que se busca é encontrado. Também diz do prazer de escrever. Apesar da poesia, lamenta a situação dramática pela qual o Brasil é identificado globalmente: um país único, de "universidade sem livros".

Não dá para não ler


Karma, de Do Ho Suh.  Escultura com 98 homens, 
fazendo com que pareçam não enxergar nada. 
A torre dos homens cegos tem 7 metros de altura.
Nas férias, enquanto estudava redes sociais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) ouvi reiteradamente os professores criticarem a resistência dos universitários à leitura de jornais, livros, artigos, enfim qualquer conteúdo mais denso além do imediatismo da imagem. Acompanho pesquisadores. Sei das incontáveis justificativas que interferem na qualidade, quando há produção.

Gosto do tempo do livro. É sempre estendido, mais longo, é sempre mais completo, detalhado, generoso que os demais meios de compartilhamento de informação, inclusive a presencial. Minha profissão, felizmente, faz com que eu reiteradamente esteja em contato  com PESSOAS que gostam de livros tanto ou mais do que eu. Temos em comum o reconhecimento pelas influências que nos aproximam ou nos singularizam pela experiência de uso que podemos fazer delas.

Os livros são pensamentos condensados, ordenados linearmente. E, sim, este é um artifício metodológico que permite o compartilhamento de repertórios fascinantes! E construção de muitos outros repertórios a partir de uma só matriz.

Por isso, a seleção das fontes é tão valiosa! Por isso, para encerrar, compartilho a uma imagem, também garimpada nas redes sociais. A primeira é uma imagem de um ônibus em Hamburgo, que  possui uma estante com livros para os passageiros lerem durante a viagem. A solução pode parecer simples, mas a exposição a livros é mais do que uma oportunidade para ler. A exposição por si só já é uma interação. 

A segunda é uma solução positiva que pode ser classificada como social goodness. Porque junta redes sociais em uma iniciativa de uma livraria de São Paulo e uma empresa distribuidora de cestas básicas.

No Leitura Alimenta, os livros podem ser doados diretamente nas caixas coletoras da livraria, ou enviados por caixa postal. Os livros adquiridos para esta ação têm 30% de desconto. Para saber mais, clique aqui. E veja o vídeo.

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