segunda-feira, 11 de março de 2013

FELICIDADE FAZ PARTE DE QUALQUER NEGÓCIO

Pesquisar as redes sociais - como já declarei aqui algumas vezes - pode ser um exercício mental muito produtivo. Garimpei, neste fim de semana, uma ideia sensacional chamada Felicidário - 365 ideias para maiores de 65 anos (clique aqui). A proposta é simples, baseada no calendário convencional. Só que um grupo de ilustradores decidiu fazer uma lista de coisas boas para servirem de sugestão diária como alavanca da felicidade: do picolé ao corte de cabelo.

O que me chama a atenção é a indicação etária: para maiores de 65 anos. Fico pensando naquele texto do Renato Janine Ribeiro que eu já transcrevi aqui tantas vezes: precisamos substituir o sofrimento pelo florescimento. Quando vivemos pouco, florescer não é uma preocupação. Mas, quando a longevidade vira fato, então encontrar significado nos detalhes passa a ser uma disciplina a ser aprendida e praticada, como a aquisição da alfabetização para a escrita, ou da numeração para as contas.

Eu já fiz post com depoimento técnico relacionando felicidade e produtividade. Porque as PESSOAS e as Políticas de Recursos Humanos precisam estar atentas a esse fato. Pode parecer retórica, mas o Google está aí com diferentes estudos de caso que comprovam pragmaticamente a tese.

E ainda chama a atenção para outro aspecto dessa questão: não dá para esperar até os 65 anos de idade. Encontrar sentido para a vida é a todo momento, desde que nascemos. Também não adianta terceirizar a responsabilidade dessa busca.

Vítima das circunstâncias

Transferir para terceiros a realização da expectativa individual de felicidade é querer frustração como resultado.

Há aproveitadores que podem assumir e cobrar por esse tipo de responsabilidade. Mas essa é uma dependência que não combina com um posicionamento autônomo, emancipado e independente que as PESSOAS costumam valorizar e cultivar, especialmente nos grandes centros urbanos.

Atitude previdenciária contribui para que a liberdade e a cidadania sejam preservadas com preservação da capacidade de consumo quando se encerram oficialmente as atividades laborais. É bom ter a segurança de que as finanças estejam sendo tecnicamente geridas.

Entretanto, se não houver preparo para entender que felicidade não se compra e a sensação de felicidade pode estar em muitas coisas que não têm preço - como um pôr de sol dourado - então o patrimônio construído durante uma vida está sofrendo sério risco de desmaterialização.

Cada vez mais acho que Renato Janine Ribeiro está certo. Acho, inclusive, que a academia deveria estudar esse florescimento e a busca de sentido para a vida com mais envolvimento de vários segmentos da sociedade, principalmente as empresas. Quem sabe assim, o Felicidário seria o primeiro presente que um bebê recebesse ao nascer. Antes do nome, a lembrança de que ser feliz é o que justifica tudo o que acontece do berço ao túmulo.

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