segunda-feira, 29 de abril de 2013

POLÍTICA PÚBLICA: SÃO PAULO AMIGO DO IDOSO

O Governo do Estado de São Paulo lançou este ano um programa público para começar a preparar a população para o avanço da longevidade como fenômeno local e global. O site São Paulo Amigo do Idoso registra alguns fatos que - para quem trabalha com Previdência Complementar - há muito são conhecidos: "Até 2050, a população idosa deverá representar 22% da população mundial. Deste número, mais de 80% viverá em países em desenvolvimento. E pela primeira vez na história da humanidade, teremos no mundo mais idosos do que crianças" (clique aqui).Essa realidade exige planejamento. Em São Paulo, 11% da população já têm mais de 60 anos. 

Por isso, o programa público prevê ações integradas em quatro diferentes áreas: saúde, educação, proteção e participação. Por uma questão de interesse profissional, vejo como destaque as ações da Secretaria de Estado da Educação, que pretende criar centros de ensino e pesquisa para formação de Recursos Humanos especializados. Cursos de graduação e pós-graduação em Gerontologia, na USP Leste e Faculdade de Medicina da USP, Universidade Aberta à Terceira Idade e Inclusão Digital.


Acho que esse é um bom início mas a especialização precisa ser estendida para outras áreas de formação, especialmente aquelas próprias das áreas das Ciências Humanas: Jornalismo, Educação, Educação Física, Administração de Empresas, Direito. Por que não pensar em inclusão da Educação Previdenciária já no currículo dos cursos de graduação de todas as carreiras?

Porque a longevidade é um fenômeno que já afeta toda a população e não apenas uma fração dela, como as estatísticas dão a entender.

A inclusão social é não é somente um direito. Mas uma condição extensiva a toda a sociedade que o tempo tornará mais e mais evidente.

Portanto, entendo que o Governo do Estado de São Paulo pode ser um exemplo em vanguarda, mas deve inspirar uma atitude ainda mais ousada, que possa servir de inspiração para outros Estados no país e, quem sabe, outros países no mundo. São Paulo se antecipou até mesmo à União quando instituiu Previdência Complementar para os funcionários públicos, no modelo da FUNPRESP

Além disso, a cidade também é sede de outras referência no tema como a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP) que, além do maior acervo - o Centro de Documentação e Informação Osvaldo Webster Gusmão (CDI) - também faz produz revistas e obras especializadas e, desde 2010, mantém regularmente um Programa de Educação Previdenciária.

Penso que uma PPP - parceria público-privada - poderia ser estendida além das fronteiras nacionais, uma vez que Angola, por exemplo, já tem importado esse tipo de conhecimento especializado produzido no eixo Belo Horizonte / São Paulo. Portanto, é uma questão de visão de futuro, oportunidade e vontade de avançar nas ações que podem fazer evoluir todas as soluções e planejamento para viver bem a longevidade.

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