segunda-feira, 6 de maio de 2013

NÚMEROS: UMA LENTE PARA LER O MUNDO


Precisei trocar as lentes dos óculos e fiquei muito impressionada com a qualidade do atendimento da loja. O profissional ganhou a concorrência que eu estava fazendo em razão da excelência nas explicações das inovações e tecnologias agregadas ao produto lentes. Na verdade, até então esse tema flutuava num universo paralelo. Mas a idade fez com que ele se incorporasse definitivamente à rotina da minha vida.

Em dois anos, descobri que a tecnologia reconfigurou com muito mais precisão a experiência de comprar um simples óculos: ela alterou a medição de manual para automatizada. Portanto, o foco de leitura - além de medido pelo profissional - também passa por um escaneamento que revisa e confirma as medições. Isso sem contar das fotos digitais que registram o impacto e o efeito da armação em seu rosto. Como se não bastasse, as lentes também têm campos ampliados e transição cada vez mais naturais entre os graus para as diferentes distâncias.

É engraçado pensar nisso, porque são os mesmos óculos de sempre, só que não! Uma nova experiência de visão está sendo reconfigurada pela tecnologia de precisão. O que existe nos bastidores disso tudo? Números! 

Hoje encontrei nas redes sociais um chamado do professor Gil Giardelli (ESPM/USP): "Um mundo novo está em plena construção, ele é baseado em números!" (clique aqui). Sei disso desde 2002, quando defendi meu mestrado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

O que mudou de 2002 para cá? Na época, o foco da finalidade dos números estava a serviço da padronização de processos. Uma década depois, o foco mudou para a personalização.  Ou, como alerta Gil Giardelli:


Bem-vindos a era do big data. Com a superabundância de serviços e produtos, saturação de escolhas e superconsumidores com sua revolução móvel e o controle total de experiências O2O (online to offline). Ou seja, a massa exigindo personalização, relevância e transparência radical.Em um cenário de hipercompetição global, explosão de criatividade, múltiplas escolhas, ubber conectividades com pitadas de obsessão da mobilidade da geração dos distraídos.Governos, marcas, empresas e todas as instituições com cabeça do século passado, terão que fornecer informações instantâneas, trabalhar no “Cauda longa” da escolha total.Urgentemente, mergulharem no século 21 e na era da generosidade coletiva.Big data é analisar interações e transações, entender os dados e tomar a decisão para gerar mais experiência, produtividade, consumo e novos produtos e serviços.
Transformação nos bancos de dados

No início desse ano, eu já havia conversado com um engenheiro sobre esse assunto. Leonardo Viceconte Cruz, gerente de Relacionamento da CBS Previdência, informalmente me explicou que a maioria dos bancos de dados das Entidades Fechadas de Previdência Complementar foi configurada para gerar informação sobre o plano de previdência complementar para a administração técnica e financeira do negócio. 


Seria então necessária uma reconfiguração estrutural para que eles possam atuar gerando dados para o relacionamento personalizado. Isso é um projeto de larga escala cuja viabilidade precisa ser analisada detalhadamente para avaliar a relação custo/benefício.

Vejo - com as minhas superlentes de campo de visão ampliada - que essa é uma grande oportunidade para os gestores de TI que estão atuando diretamente com essa infraestrutura. Porque os fatos são cada vez mais explícitos. Mas se transformarão muito rapidamente em risco à continuidade do negócio se adiarmos reconhecê-los e legitimá-los.  Vou encerrar esse post, com a precisão do recado de Gil Giardelli:

O desafio é estruturar os dados, provenientes de mídias sociais, linhas de consumo, transcrições de dados de chamadas públicas de emergência ou de outras fontes em forma de texto e imagens. Quando se trata de análise de dados, realmente não é apenas o tamanho dos dados que importa, mas como você vai usá-los.
[...] Veja a competição de crowdsourcing para mensurar o mundo da startup Kaggle e o caso de empresas como Pfizer, GE, Ford Facebook, que estão premiando ideias de modelagens de big data.  No jogo político, Obama ganhou uma eleição usando big data (veja mais aqui).
[...] A partir de um estudo da IBM de mais de 1,7 mil diretores de marketing, 71% dizem que estão subpreparadas para lidar com a “explosão de dados” que eles enfrentam na arena do marketing. [...] E você vai mergulhar nos big datas? Ou vai continuar fazendo relacionamento.com usando planilha de Excel?
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