segunda-feira, 27 de maio de 2013

O PODER DO GESTO SIMPLES


Junto do algorítmo e a simplificação dos dois cliques, a maior sacada de Mark Zuckerberg - o criador do Facebook - foi o ícone de curtir. O gesto sempre esteve associado à uma conotação positiva. Mas, em outros contextos, estava contaminado por outras influências nem sempre agradáveis. O Coliseu é  a mais dramática delas.

Mas, na internet, o ícone de curtir revela quem são os embaixadores da marca. Nos relatórios estatísticos, eles figuram apenas como números. Aqui no blog também. Os robôs do Google me indicam o lugar do planeta onde eles estão. Mas não revelam quem eles são. Fato é que, anônimos ou identificados, esses embaixadores fazem a maior diferença nos processos de Comunicação

Diferente dos críticos e dos detratores dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC), os embaixadores da marca atuam também criticamente. De um jeito mais sutil e simpático, definem a longevidade de um conteúdo que normalmente é perecível... Mas pode ter sua vida estendida por meio da visibilidade que atinge. 

Curioso, porque o mundo virtual dá uma dimensão em escala - mais dinâmica, mais fluida, mais conectada - a um aspecto do mundo real, que historicamente foi monopolizado por Nero, um imperador romano cruel. No século 21, não há mais esse monopólio. E o gesto democratizado é um dos mais valiosos do planeta.

Conteúdo qualificado

Pensei sobre isso porque ando absorvida com a ideia dos papéis de formador de opinião e embaixador de marca que os profissionais precisam assumir em razão das demandas das mídias por conteúdo qualificado e de seu potencial de referência nas mídias sociais. 

Pensei sobre isso porque é uma grande cadeia de valor intangível que se estabelece, mas que não é quantificada nos balanços contábeis, nem pontuada nos prontuários de Recursos Humanos. 

O profissional - de qualquer área - não é só mais gestor do conhecimento específico e dos processos sob sua responsabilidade, gerando resultados tangíveis. Ele tem que ser responsável também pela construção da imagem institucional, da mensagem que divulga e ensina sobre seu próprio fazer. Ele tem que assumir o papel de influenciar sua própria rede de relacionamento para ajudar a criar movimentos virais, cada vez mais disputados nas redes sociais. Ele tem que ativar os blogueiros de plantão, que podem gerar mídia espontânea.


Lembro que, em 2004, quando era docente de Comunicação Empresarial para alunos dos cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis, em São Paulo, tinha que fazer uma grande sensibilização sobre a importância da disciplina que eu ministrava para a formação das carreiras dos profissionais que eles queriam ser.

Com todos os meus argumentos, ainda alguns deles resistiam ou não davam crédito à minha defesa apaixonada da matéria. Mas os tempos são outros! E quero acreditar que hoje eles me dariam mais atenção - espontânea - pela experiência de uso das redes sociais de cada um. 

Se hoje  eu pudesse fazer um pedido ao Gênio da Lâmpada seria esse: colocar todos os meus ex-alunos juntos para calcular o valor agregado da Comunicação em suas carreiras para ajudar a transformar inconsciências em consciências e traçar as Políticas de Desenvolvimento Profissional que reconheçam as competências comunicacionais e a capacidade de influência estratégica das PESSOAS para os resultados institucionais.

Se você gostou do recado, compartilhe! Lembre-se: seu clique faz a rede crescer.

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