TODO DIA, TODA HORA, SEM PARAR
Este post até poderia ser sobre outro assunto, mas é sobre Comunicação - a orgânica - aquela que alguns teóricos chamam de 360º, aquela chamada de Nirvana, que todo profissional busca para otimizar orçamentos, alavancar relacionamentos, criar elementos simbólicos significativos para a formação de imaginário e cultura, contribuir para a transformação de comportamentos.
Comunicadores são ambiciosos! E a cadeia de ações para criar valor é imensa. Só que - pelo menos para mim - ainda acontecem dois movimentos que fogem à racionalidade e ao controle.
O primeiro deles é durante a criação. Alguns especialistas chamam de intuição, outros de inspiração, outros de salto quântico. Não importa o nome. O que importa é que eu sei quando acontece. E é totalmente espontâneo.
O segundo está no processo de recepção da mensagem. Todas elas são teoricamente construídas para desencadear o mesmo resultado, porque eu uso a mesma estrutura de divulgação para todas. Entretanto, algumas manifestam um potencial de difusão muito mais arrojado do que as demais. E é totalmente espontâneo.
No campo da Comunicação, a Ciência é pouco simpática aos temas inspiração, intuição e também recepção. Eles são difíceis de mensurar. E o mercado tem interesse principalmente pelo que pode ser interpretado como investimento X benefício. Mas eu já me interessei por recepção mais seriamente quando fui aluna do professor Mauro Wilton de Sousa (ECA/USP), um dos profissionais mais respeitados nessa área de pesquisa chamada Estudos de Recepção.
Um mundo diferente
Há algum tempo, eu via a minha profissão como uma chave para dominar o mundo. Mas o
tempo é um grande elemento que vai reconfigurando a percepção das PESSOAS. Hoje eu entendo que Comunicação é um poderoso aliado para transformar o mundo. O que mudou? Primeiro, a minha arrogância. Depois, na minha construção pessoal e orgânica, passaram a ter mais presença outros elementos: liberdade, respeito, integridade.
Por que isso aconteceu? Contexto histórico. A minha vida microscópica migrou de um ambiente controlado para outro que eu busco controlar, mas muito mais sujeito à imprevisibilidade e que me faz muito mais atenta para descobrir as oportunidades nos movimentos espontâneos.
Ah! O observador interfere no fenômeno observado! Essa é a regra metodológica sobre interdependência e alternância mais popular que eu conheço e que todo mundo sabe. É isso aí! Os professores e os livros avisam, mas a gente - por muitas circunstâncias - é indiferente, às vezes, negligente e até rebelde. É a razão dando pistas singelas de um processo macroscópico.
Mas o tempo corrige essas características também. E organicamente a gente vai reconhecendo agradecida que a Ciência tem uma descrição muito limitada para as manifestações regidas e tão bem costuradas pelas orientações do que é Infinito e Eterno.
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