terça-feira, 4 de junho de 2013

CONSCIÊNCIA CONTRA IGNORÂNCIA

Às vezes, a fragmentação das notícias faz com que a gente não entenda muito bem o próprio papel como cidadão. O tema 'trabalho decente' - que em 2012 eu vi os especialistas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) falarem à TV ABRAPP (clique aqui e aqui) - parecia para mim um assunto distante, relacionado principalmente à engenharia de investimentos financeiros qualificados ou então às Políticas de Gestão de Pessoas, acordos trabalhistas.

De qualquer forma, até agora, não tinha parado para pensar em como esse assunto está entrelaçado no exercício da cidadania, da liberdade democrática, no DNA da Previdência Complementar. 

Há pouco tempo, uma empresa paulistana ganhou as manchetes por contratar mão-de-obra escrava (clique aqui). Virou polêmica durante um tempo. Mas a empresa alegou ignorar todas as etapas terceirizadas da cadeia produtiva das roupas que comercializa nos shoppings centers onde mantém suas lojas. Portanto, esquivou-se da responsabilidade imediata. Mesmo assim, teve que arcar com os riscos à imagem.

Empregadores indiferentes estão fora de moda! Mas eles existem e atravancam a evolução das Políticas de Gestão de Pessoas mais arrojadas. Esses instrumentos contemplam benefícios como a Previdência Complementar e incentivam a Educação Previdenciária, porque reconhecem nessas duas estratégias, recursos importantes para a retenção de profissionais qualificados e alavancagem da produtividade em primeira instância, desenvolvimento econômico-social  como finalidade macro desse movimento que começa na relação empregado-empregador.

Educação Previdenciária para Governantes

Ontem, o Maranhão virou notícia mais uma vez porque lamentavelmente rejeitou a aprovação da lei anti-trabalho escravo (clique aqui). A governadora parece indiferente a questões sociais e mantém o Estado como maior fornecedor de mão de obra escrava do país (clique aqui) . Penso em como esse tipo de posicionamento contraria até mesmo às orientações oficiais do Estado Nacional que, desde 2012, está empenhado na implantação da Previdência Complementar para os Servidores Públicos da União. 

São Paulo e Rio de Janeiro já estão trabalhando para que os novos concursados façam a adesão e passem a contribuir com os planos individuais de capitalização para a aposentadoria. A expectativa, entretanto, é que somente no médio prazo o trabalho se consolide. O Secretário Jaime Mariz de Faria Júnior explica essa construção que, quando estiver concluída, deverá equilibrar as contas públicas. Mas principalmente também contribuir para minimizar a ignorância de governantes e conscientizar trabalhadores sobre condições decentes de trabalho, defendidas internacionalmente.


A mobilização em escala pode até ser um correlato de longo prazo, porque o aculturamento é mesmo um processo mais lento. Mas tem gente trabalhando para que ele se estabeleça irrevogavelmente.

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