segunda-feira, 3 de junho de 2013


MASSA OU PERSONALIZADA? A ESCALA DA COMUNICAÇÃO EM REDE


Os profissionais de Comunicação do século 21 defendem a mensagem personalizada. É unânime o posicionamento estratégico que aposta no valor da construção de relacionamentos significativos e de longa duração. Fidelização é uma meta de qualquer planejamento que busque o maior retorno sobre investimento (ROI), atenção (ROA) e relacionamento (ROR).

O engajamento espontâneo na proposta de uma mensagem relevante é o movimento que se pretende provocar por meio de todos os canais de Comunicação, especialmente as redes sociais. E, com escala, atinge-se uma mobilização de massa!

O que muda é o ponto de partida. No século 20, a mensagem de massa mudava o comportamento individual. Agora o comportamento individual tem potencial reconhecido para influenciar novas atitudes. A regra vale principalmente para bens de consumo. E para bens simbólicos? A mesma fórmula prevalece?

Fiquei pensando sobre isso nos últimos dias. Hoje, li duas reportagens:

O país dos sem-previdência - publicada na fanpage da Fundação Copel (clique aqui). Trata da situação da maioria da população idosa no Brasil. Atribui boa responsabilidade ao Governo pela falta de Educação Previdenciária local.

Nova geração aprende sobre educação financeira mais cedo nas escolas - publicada na fanpage da PREVISC (clique aqui). Explica os resultados de programas de Educação Financeira, mas esclarece que os valores de família são decisivos na aquisição da cultura financeira.

Longevidade e comportamento previdenciário

Os dois artigos me lembraram de uma tese defendida pelo professor David Harvey. Ele diz que as inovações são invariavelmente respostas a necessidades sociais. Acho, então, que a Comunicação e a Educação desempenham papéis bastante funcionais, desde que o conteúdo das mensagens seja reconhecido e legitimado pelas PESSOAS.

Como política pública, a Previdência - Social ou Complementar - é desafio não apenas no Brasil. A maior parte dos países, especialmente onde a expectativa de vida da população superou a média dos 70 anos, ainda não tem soluções muito mágicas para enfrentar a situação.As alternativas invariavelmente são:

- poupar mais
- trabalhar mais tempo
- pagar mais impostos. 

As três exigem um empenho extraordinário do trabalhador para compensar o aumento da longevidade que, no mundo, atinge a média de 70 anos de expectativa de vida. No Brasil, ultrapassa os 74 anos.

Todo o trabalho de Comunicação e Educação Previdenciária é importante, mas a mudança de comportamento leva um tempo para acontecer. Aqui no Brasil, com a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) - que começou em 2006 - e a Educação Previdenciária - que teve início em 2008, ainda não foi possível mudar uma realidade bastante incômoda: 20% dos trabalhadores que podem e têm acesso a um plano previdenciário ainda resistem à adesão. Os motivos são muitos. Mas as evidências de vantagens para garantir uma vida melhor também são. São PESSOAS que podem fazer escolhas mais inteligentes. Mas não legitimam ou reconhecem essa proposta por meio de atitudes sensatas.

As políticas públicas podem e devem promover maior consciência da população. Guido Mantega, Ministro da Fazenda, na última semana, disse que o investimento deverá voltar a ter destaque na Política Econômica (clique aqui). Quem sabe assim, o comportamento do trabalhador possa ser foco da atenção oficial, das Políticas de Recursos Humanos e, principalmente, das decisões individuais que podem garantir a qualidade do futuro do país.

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