terça-feira, 23 de julho de 2013

REDE: A GENTE NEM SONHA COM O PODER

Devia ser uma compreensão simples, mas depende da substituição do paradigma do um, do indivíduo, do singular pela adoção do paradigma do muitos, do coletivo, do plural. A lição é simples. Foi compartilhada há muito tempo por um Pescador. Mas os alunos ainda estavam na infância.

Existem respostas em cada uma das infinitas conexões da rede: estrutura aparentemente delicada, mas cheia de poder. E, antes que você categorize como metáfora o que estou escrevendo, cara pálida, aviso: é metáfora, é neurociência, é física quântica, é tecnologia da informação. O que importa o nome?

Hoje, os avanços possíveis são todos baseados no conceito de redes - desde as mais evidentes - como as de relacionamento on e off line que levam as PESSOAS às ruas em busca de uma globalização da dignidade, da cidadania. 

Existem redes que você não vê, aquelas dos elementos que fazem emergir a consciência como fenômeno pessoal. Ou as redes de neurônios responsáveis pelos movimentos de seus braços e pernas e que as PESSOAS, como o neurocientista Miguel Nicolelis, mapeiam para entender para ajudar as PESSOAS recuperarem autonomia, emancipação.

Nós: na rede, somos mais eficientes

Ganhamos agilidade. Claro! Substituímos barreiras - geográficas, físicas - por presença virtual. Existem estudos sobre o impacto das redes sociais em grupos de faixas etárias mais avançadas. PESSOAS mais velhas estão mais otimistas. O acesso às ferramentas tecnológicas de informação e comunicação às mantém em interação com suas redes de afeto e atenção mútua. É uma das descobertas da pesquisa global do HSBC, o Futuro da Aposentadoria.

A base é a troca simbólica. O compartilhamento. Uma informação, uma foto, uma notícia, um cumprimento. Tudo tem potencial para ganhar significado. Para singularizar um momento. É uma reeducação dos sentidos para a contemplação e a sinestesia artificiais. Há críticas, eu sei. Mas as redes têm um poder de transformação incalculável. 

Sou entusiasta por opção. Sei que ainda estamos longe da perfeição que queremos alcançar. Mas admiro o caminho evolutivo que fizemos para chegar até aqui! E o brilhantismo de algumas PESSOAS - talvez até mais generosas, mais amorosas do que brilhantes - mostra que ensinar a ver a realidade com olhos de futuro é a base dessa construção. O Pescador acreditava em nós e na rede... Talvez, a maturidade fez com que aceitássemos melhor a lição. Mas, depois de tanto tempo, os olhos passaram a precisar de uma engenhoca tecnológica para ajudar a ver. Um dia, quando soubermos ler com o coração, também nos libertaremos dos artifícios.



Se você gostou do recado, compartilhe! Lembre-se: seu clique faz a rede crescer.

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