segunda-feira, 19 de agosto de 2013

OS VELHOS: OPORTUNIDADE DE EXPRESSÃO

Esta foto foi publicada no blog da Sonia Racy (clique aqui) e conta um trechinho da história de Ático Alves de Souza, 87 anos, que - entre outras atividades - atua como garçom no Parigi, em São Paulo. Ele nem pensa em aposentadoria!

Lembrei de um dado publicado na edição 2013 da pesquisa O futuro da aposentadoria, feita pelo HSBC em 21 países (clique aqui). Lá são apontadas como tendências globais não apenas o aumento da longevidade mas o aumento da expectativa com relação à vida que esse tempo a mais vai proporcionar. É isso mesmo! As PESSOAS agora têm mais vida. E querem mais dela.

Amanhã, trabalho no II Encontro de Seguridade da Região Sudoeste (clique aqui). Serão muitos temas discutidos, um deles sobre qualidade de vida os demais são temas operacionais, para que a Previdência Complementar oferecida a quem tem acesso seja proveitosa.

Políticas públicas para estender o acesso

Fico pensando que o grande sonho dos operadores de Previdência Complementar seja o mesmo de toda a sociedade brasileira: proteção e segurança. Mas ainda acho que algumas coisas precisam ser ajustadas, para que haja uma identificação maior entre a procura e a oferta.

Na década de 1970 - em pleno Regime Militar e uma forte estatização das empresas nacionais - quando surgiu a maior parte dos planos de Benefício Definido, a Previdência Complementar era compulsória (obrigatória). Depois, em razão de uma natureza similar à do INSS, confundida com paternalismo, assistencialismo e custo, uma vez que o Estado era o Patrocinador da maior parte desses benefícios, cuja gestão era bastante crítica.

Trinta anos depois, o país já vivia a democracia. As empresas foram privatizadas. Os planos tiveram que mudar para o modelo de Contribuição Definida, para evitar que os riscos de gestão fossem totalmente transferidos para o Patrocinador. A gestão foi profissionalizada. A Previdência Complementar passou a ter uma representação importante na economia, associada à imagem financeira de investidor institucional.

Hoje, a Previdência Complementar consolidou esse status junto a segmentos importantes da sociedade: o Governo, o mercado. Falta conquistar junto ao trabalhador. Então, mais do que nunca, penso que está na hora de assumir e divulgar a face humana do trabalho que se desenvolve todos os dias.

Sem restrição aos já assistidos pelo Sistema de Previdência Complementar, que somam uma parcela irrisória dos aposentados. Essa proteção tem que chegar a segmentos cada vez maiores da sociedade, por meio de políticas que incentivem a adoção de comportamentos mais conscientes com relação ao consumo imediato e à formação de reservas para provisionar as necessidades futuras. 

Superação de tabus

Não é simples fazer a associação da imagem institucional a diferentes faixas etárias dos participantes e assistidos. Mas há que se buscar essa solução de expressão. Porque a natureza da Previdência Complementar é híbrida e intergeracional: jovem na captação, velho na fruição. E o objetivo maior da Previdência, sejamos francos, é a aposentadoria. Com dignidade, autonomia, cidadania. Que ele, o aposentado, queira continuar trabalhando seja uma opção e não uma condição desprovida de amparo.

A Previdência Complementar pode e deve sair à frente nesse processo de atuação conjunta e transformação da percepção de toda a sociedade. Em diferentes momentos, o mundo inteiro vai envelhecer. Então, os operadores da Previdência Complementar têm obrigação de serem proativos. Não existem soluções prontas de expressão e interrelação. Mas existem oportunidades evidentes para que essas soluções sejam criadas e transformadas em resultado.


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