domingo, 18 de agosto de 2013

MOTIVAÇÃO: SOU MAIS O RISCO À CERTEZA!

Da Matemática eu aprendi que a exatidão só é possível em situações estáveis. Em situações instáveis, o imprevisível entra em ação.

Portanto, a tal racionalidade está sempre de braços dados com a tal relatividade. Para ter resultado, a gente planeja muito, para prever as condições ideais para se alcançar a efetividade.

Há quem discorde da minha atuação, eu sei bem. Mas insisto que muito do que eu invento de fazer funciona porque eu sou mais motivada do que detentora de domínio técnico. Lógico que, eu busco conhecer novos instrumentos, estratégias, estou sempre atenta às inovações. Percorro a maior parte dos caminhos que me pareçam úteis, mesmo que eu não vá empregá-los objetivamente.

Notou o gráfico que eu escolhi para ilustrar essa reflexão, cara pálida? Ele é uma forma simplista da química que faz tudo acontecer! Na verdade, estático desse jeito, racionalizado desse jeito, até parece que tudo tem uma sequência, ou um critério de sentido. Nada! Tudo junto, misturado, pulsando ao mesmo tempo. Acho que é por isso que tem um coração no meio. Não tem muita explicação. Estava nas redes sociais, meio "ao acaso".

Se eu soubesse desenhar, talvez transformasse esse modelo em uma flor. Porque a flor, segundo Eckhart Tolle, é um exercício de evolução da planta que transcende numa expressão de beleza.

Pensamento iluminista pede luz

O excesso de racionalismo - herança do Iluminismo - é uma arrogância reducionista. O
mundo vira um jogo de loteria. Se a resposta não está em uma coluna, está em outra, sem o empate. 

Então, a gente ficou condicionado a essas explicações confortáveis de "é" ou "não é". A gente não gosta do "pode ser". A perdição é a possibilidade - porta para o infinito exercício do pensamento, do questionamento. Perdição ou salvação?

Por herança de um sistema global de imposição, aprendemos a aceitar o artifício como valor. Na foto ao lado, o que mais chama a sua atenção, cara pálida: o relógio ou a flor? Os dois são perecíveis. Talvez, numa realidade artificial, onde não existe infinito nem eterno, o relógio pareça mais útil. Aprendemos a associar o conceito de utilidade às engenhocas que criamos, porque nos achamos capazes de tirar vantagem da natureza, sem pagar por isso.

Motivação e resultado

Existe uma relação intrínseca entre motivação e resultado. Os atletas usam essa combinação a favor das próprias vitórias. Sim, eles também têm programas rigorosos para atingir e superar metas. Mas o que define a vitória é sempre uma boa dose de motivação.

Muitas vezes, a motivação e externa. Vem da torcida. Dos corações pulsantes que acreditam, que têm sonhos investidos naquela vitória. Portanto, não é um, mas uma coletividade que está na expectativa do melhor. E o melhor não é para o indivíduo, mas para uma comunidade, uma sociedade, um país.

Neste domingo carrancudo e frio em São Paulo, penso que o que me motiva a registrar em silêncio estas palavras - ao som do teclado do computador, do tique-taque do relógio e do ronco dos motores dos carros na avenida - e compartilhar minhas reflexões nas redes sociais é saber que não estou sozinha nunca. Alguém vai ler. Alguém vai discordar. Alguém vai concordar.

O que me motiva é a consciência - cada vez mais ampliada pela tecnologia e, principalmente, pelos meus exercícios de religação - é saber que todos somos um. Que vamos evoluir e transcender como espécie para o que Leonardo Boff chama de civilização planetária. Ou, como diz o professor Gil Giardelli, no livro Você é o que você compartilha:
"No turbilhão da vida moderna, em que o bem mais escasso é o tempo, já existem milhões de loucos chapeleiros, pessoas completamente ocupadas, mas que ainda assim encontram tempo para compartilhar com a humanidade. O que as motiva não é dinheiro ou reconhecimento, mas a sensação de estar inseridas no mundo, de abandonar a caixinha da mesmice, de se expressar, transformar e trocar ideias que merecem ser espalhadas.
Para essas pessoas existe alegria de fazer algo em benefício do outro, em colaborar. São milhões de horas de trabalho voluntário, editando sites, blogs, comunidades e posts de educação, empreendedorismo, negócios, política, economia criativa, alimentação, qualidade de vida, artes, música...
[...] Quando você dá sua opinião, curte, divulga, comenta, segue, lê, escreve, redireciona, divide, fala sobre e faz mais gente saber sobre algo, usando os recursos digitais, já está compartilhando. Sua existência digital, sua reputação, é medida pelo que você compartilha, pelo quanto influencia os outros e pelo modo como faz diferença no mundo. São as ondas formadas por gotas nesse oceano do qual fazemos parte que modificam a paisagem e o planeta. Temos força juntos, e isso fica evidente no mundo digital, que minimiza as fronteiras e deixa as pessoas com condição de se unir".
 Se você gostou do recado, compartilhe! Lembre-se: seu clique faz a rede crescer.

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