terça-feira, 22 de outubro de 2013

CONTAR HISTÓRIA DAS PESSOAS É TÉCNICA DE OURO

A gênese da minha paixão por prosa certamente está em outra paixão maior ainda: a paixão por histórias. Tive a bênção de ter uma avó e um avô mestres intuitivos na contação de histórias. As dela eram as de princesa, de crianças. As dele eram as de terror, de fantasmas e espíritos errantes. 

Quando hoje eu vejo as empresas empregarem a técnica de ouro batizada pela Publicidade de story telling, fico pensado como o mercado se apropria e cria embalagens novas para antigos costumes, cuja espontaneidade se perde no tempo.

Tem uma música do Cazuza em que ele marca essa atemporalidade: "Perto do fogo, como faziam os hippies, perto do fogo, como na idade média.... Eu quero estar perto do fogo!". O fogo pode ser mesmo literal, mas pode ser metafórico. Porque boas histórias aquecem a alma, inspiram, apaixonam. Boas histórias compartilham comportamentos, teorias inteiras, as melhores práticas. É por isso, com esse intuito educativo, que as empresas estão interessadas em patrocinar a produção das boas histórias em diferentes formatos. Mulheres que Perfumam, por exemplo, é d' O Boticário.



Existem alternativas interessantes para orçamentos diferentes. Ontem, pelas redes sociais, eu achei um livro eletrônico de histórias fascinantes, produzido pela Fundação Telefônica Vivo (clique aqui). Vou transcrever a síntese da idealização da obra:

"O livro Volta ao mundo em 13 escolas nasceu de um sonho compartilhado por um coletivo de pessoas: André Gravatá, Camila Piza, Carla Mayumi, e Eduardo Shimahara. Em busca de histórias inspiradoras com novos olhares para a educação contemporânea, eles visitaram nove países em cinco continentes. Os 13 espaços de aprendizagem visitados representam parte das iniciativas que hoje estão reinventando a educação e, pouco a pouco, trazendo para o centro das discussões valores como autonomia, cooperação e felicidade".
Estas histórias têm uma finalidade bastante específica e definida: inspirar a transformação social. Por motivos óbvios, comecei a leitura pela história da África do Sul que, para minha felicidade, trata - entre outras propostas - de ações inovadoras, perspectiva de futuro, "entrelaçamento de PESSOAS" (conexão off line). Uma maravilha!

Quem sabe, faz ao vivo

Quando soube que eu iria para Angola, trabalhar com Comunicação e Educação na Universidade Agostinho Neto, imediatamente quis levar muitas histórias de valor para os meus alunos. Quis dar vida às teorias que me fascinam, mas são pouco populares principalmente para profissionais de áreas diferentes da minha. Por isso, selecionei muitos vídeos, algum material impresso, fotos, enfim, tudo o que eu sei das melhores práticas em Comunicação e Educação Previdenciária aqui do Brasil.

Marcus Felipe, colaborador da Odebrecht e
participante da Odeprev, na Universidade Agostinho Neto
Mas consegui fazer mais. Graças à boa prosa que nos une, consegui uma reunião em São Paulo, que mobilizou a equipe da ODEPREV mais o professor Ivan Sant'Ana Ernandes (ATEST, PUC/MG), com o objetivo de viabilizar a contação de uma história de participante de plano previdenciário que estivesse fora do Brasil, em Luanda, mas mantivesse o vínculo com a Entidade. 

Juntos, estruturamos toda a estratégia, a tática e a logística para viabilizar o projeto. Foi assim que a presença especial de Marcus Felipe, engenheiro e gestor na Odebrecht de Angola, foi acertada aqui no Brasil para acontecer em Luanda! Foi uma decisão de criação compratilhada, uma experiência fascinante de cocriação. A viagem antes da viagem!

E o que ele foi fazer lá no módulo de Comunicação e Educação Previdenciária? Contar uma história! Contar A História! Dar O testemunho sem preço de como são as escolhas de longo prazo um participante de plano previdenciário. Um luxo, como depois meus alunos angolanos qualificaram. Pudera! Por puro incentivo e entusiasmo meus, eles sabatinaram o convidado com as mais variadas perguntas. Perguntas que eu nem sonhava e que exigiram respostas sobre legislação, políticas de gestão de PESSOAS, valores institucionais até condições políticas, econômicas e sociais que favorecem a implantação de um Plano Previdenciário.

O valor está nas PESSOAS

Eu me preparei para fazer esse trabalho. Mas nunca conseguiria me preparar o suficiente para esta experiência que - de qualquer forma - tem que ser repetida no Brasil. O Marcus Felipe deveria ser convidado para compartilhar essa história fantástica aqui muitas e muitas vezes. Afinal, a repetição é uma técnica de Comunicação!

O escritor italiano Umberto Eco, em seu ensaio Seis passeios pelos bosques narrativos, caracteriza o leitor ideal (clique aqui). Marcus Felipe é o participante ideal, a história ideal sobre escolhas conscientes, baseada em valores claros, sólidos, bem construídos. Um embaixador de marca de qualidade inestimável. Uma joia ODEPREV.

Sei que este post ficou com ares de literatura sufi, com um "entrelaçamento de histórias", mas eu quis deixar registrado que, como canta Zeca Baleiro, "quem não pode Nova York, vai de Madureira". Sem produção, sem orçamento, mas por meio de relacionamentos de valor, é possível contar uma boa história. Uma boa história transforma PESSOAS. Uma boa história fica na memória do coração, aquece os ideais e o desejo de que o mundo seja melhor para todos.

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