quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

HÁ FLORES EM TUDO O QUE EU VEJO

Pensei em fazer uma seleção das imagens que vi nesta manhã pela rede social: Barack Obama - presidente dos Estados Unidos - e Thamsanga Jantjie, intérprete de sinais, na cerimônia de homenagem a Nelson Mandela. A lamentável cena de barbárie do futebol brasileiro no jogo Vasco X Atlético - PR. Foi esse, mas poderia ser qualquer outro. Porque violência/futebol passaram a ser só faces da mesma moeda.

Em geral, eu me nego a legitimar essas cenas. Porque sei que elas são fabricadas para reiterar aqueles 15 minutos de fama a que todos os anônimos teriam direito, sintetizados na reprodutibilidade colorida de Andy Warhol (clique aqui). Penso que, mais do que julgamento e repressão, elas precisam de menos audiência, menos platéia! Acho lamentável uma futilidade roubar a cena de Nelson Mandela, em uma cerimônia que reuniu PESSOAS do mundo inteiro. 

Somos uma plateia rasa. Manipuláveis! Há pouco tempo, ajudamos a FIFA a pressionar as decisões de Estado sobre a destinação de verbas públicas. Como? Demos e damos audiência para tudo o que acontece nos estádios, nas arenas. Sala de aula? Fala sério! Quem desliga o celular durante uma palestra? Nem eu! A rede, eu também estou nela. O filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan (clique aqui) já falava dela e do nosso comportamento, quando criou o conceito de aldeia global

O eixo do universo

O ego é uma enorme e muito eficiente armadilha. Não dá para ser ingênuo. Ego abre buracos na estrada tanto para o presidente quanto para o indigente. Para mim, esse é o resumo desses fatos tristes. Hoje, apesar de ter motivos pessoais para um dia muito colorido, lamentei quando me surpreendi pensando de uma forma ultrapaternalista que precisamos de mais políticas públicas para fazer frente a tantos problemas sociais. Como se políticas públicas fossem o novo messias, o novo salvador, o novo rei, o novo super-herói. Helloooo!
Dá para acordar? 

A gente fica meio que abatido, amortecido por notícias que sempre sugerem a terceirização da responsabilidade que é sim, de muitos, mas antes de tudo é do indivíduo. Uma condição inalienável. A contrapartida da liberdade. Sim, sim, eu gosto de olhar as flores! Na maioria das imagens que elas figuram ainda não consigo ler outra informação senão flores, criações de Deus.

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