quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O FUTURO VEM DO FUTURO


"O futuro vem do futuro". Esta é uma daquelas frases que me torturam porque eu não sou a autora. O autor é meu atual ídolo: o professor Sílvio Meira. E, não, não está no excelente livro Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil, que eu terminei de ler nesse feriado de Natal e que só não vou ler de novo porque, no final do catatau, ele avisou que é apenas a versão 1.0 de muitas outras e outros livros que serão lançados no futuro. "O futuro vem do futuro" é uma frase que ele postou no Facebook acompanhada de uma reflexão minúscula, mas lapidar, genial, poderosa!

"O futuro vem do futuro" é energia pura para esta virada de ano, especialmente para mim, que li uma prateleira de livros sobre planejamento. E, por mais que eu leia teoria, encontro sempre sabedoria na literatura, na poesia. Como escreveu Paulo Leminski: "quanto menor o poema, mais do tamanho da China". Deus me salve da retórica! Menos é mais!

Por isso, quero compartilhar aqui duas notícias muito legais. A primeira, compartilhada por "meu aluno" Nelson Solano (escrevi assim de propósito, porque prevejo polêmica vinda de belos horizontes), que fala sobre o Banco de Poupança e Crédito (BPC), maior banco comercial com capital público em Angola (clique aqui) ter arrebatado o Prêmio Sirius Angola, concedido pela Deloitte, para o melhor programa de educação financeira.

A conquista é relevante aqui por dois motivos: primeiro, o idioma que nos aproxima. Portanto, o tema poderá - em algum momento - ser trazido como estudo de caso para algum dos eventos no Brasil. Segundo, porque durante a realização do Workshop Diagnósticos e Tendências da Previdência Complementar, realizado em novembro, em São Paulo, foram apresentados resultados da Pesquisa Raio X da Previdência Complementar que mostraram a maior efetividade em Comunicação em fundos de pensão com patrocinador público. 

Para mim, a convergência entre as duas informações não é aleatoriedade, mas resultado de práticas coerentes e permanentes, independentemente do estágio evolutivo em análise e considerando as condições e contextos reais nos quais essas práticas são desenvolvidas. Eu resolvi escrever sobre isso aqui, porque nos primeiros Seminários de Educação Previdenciária realizados no Brasil, foi compartilhado um texto da OCDE mostrando a importância de se construir indicadores de desempenho e efetividade sobre os resultados da Educação Financeira e Previdenciária em escala global. (Se alguém quiser, eu compartilho. É só avisar).

O documento, evidentemente, aponta para as vantagens competitivas de países com políticas bem sucedidas de incentivo a práticas financeiras inteligentes. Poupança interna atrai investidores. E esse será o diferencial dos países economicamente relevantes no futuro. "O futuro vem do futuro".

Mais efetiva e afetiva!

Muito provavelmente um dos mais relevantes eventos em Comunicação no Brasil em 2014 será o 14º Mix ABERJE (clique aqui), que vem com o tema Por uma Comunicação afetiva e efetiva. E colocará profissionais importantes para tratar de cases e refletir sobre esse tipo de afetividade e efetividade que vai contribuir para as estratégias e resultados institucionais no futuro.

Há literatura sobre esse tema. E eu já compartilhei aqui algumas reflexões sobre a proposta Humankind da Leo Burnett. De uma forma curiosa, o que eu retive dessa leitura é que as melhores práticas - aquelas com melhores resultados em integração, diminuição do tempo, aumento de vínculo, ou seja as que têm maior efetividade - sustentam a maior afetividade do cliente. Para não cair aqui naquela arapuca do que vem primeiro: o ovo ou a galinha? O efetivo ou o afetivo? Acho que os dois são meio juntos e misturados, especialmente se quisermos pensar em Comunicação e Educação Previdenciária, que tem foco na vida das PESSOAS nos tempos presente e futuro.

Vou encerrar esse post, é claro, com Sílvio Meira. Mas antes, preciso fazer uma nota: usei as ilustrações muito amorosas de Manu Bezerra. Eu só conheço e sou apaixonada pelo trabalho que ela compartilha no Facebook. Para mim, o que ela faz é uma construção aristotélica de engenho e arte, misturada com muita afetividade. Por isso, ela conquista corações e mentes com tanta delicadeza. Então, escolhi mais uma imagem da ilustradora - com uma frase de Marcel Proust que está no livro de Silvio Meira -  para acompanhar as palavras do professor.
O futuro vem do futuro. Se a gente se mudar pra lá –conceitualmente- e olhar de lá pra cá, e identificar o que tem que ser feito pra chegar no futuro… nós e todos os outros que queremos chegar lá, o futuro vem. O futuro nunca se engana.
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