A imagem me lembrou de uma visita ao MASP para ver um acervo de obras e artefatos romanos dos séculos I, II e III A.C. Desde armaduras a moedas cunhadas em diferentes metais, muitas peças e entre elas, a que eu mais gostei: uma pequena imagem da deusa Fortuna. Naquele tempo Roma era pagã.
Esta ilustração que eu usei aqui no post, foi capturada das redes sociais agora cedo. Achei que simboliza aquela ideia clássica de dinheiro que nasce em árvore. O que eu estranhei foram duas coisas: a figura feminina e a quantidade do que parecem cédulas na composição da árvore, do ar, do céu, mescladas às roupas da personagem. Talvez uma releitura mais moderna e fluida de Fortuna. Pelo menos eu li assim. E gostei da interpretação.
Os romanos pagãos não tinham preconceito em relação à fortuna. As associações entre dinheiro e culpa, pecado são posteriores, resultado de uma influência predominantemente cristã, que cultuava o desapego e os valores menos materiais.
No presente, o passado é uma roupa que não nos serve mais
Eu gostei muito da imagem da deusa Fortuna romana! Ela me pareceu feliz. Alheia à questão específica do dinheiro, Fortuna me pareceu realizada. Confiante. Talvez ela soubesse a resposta para algumas questões favorecidas na passagem de um ano a outro: o que faz você feliz? O que te realiza?
Eu descobri a minha resposta há poucos dias, por causa de uma mensagem de Natal que eu recebi da GAMA Consultores Associados, celebrando 15 anos de história e prevendo a continuidade das parecerias de trabalho em 2014. Dito assim, pode parecer banal, mas naquele momento, eu vislumbrei em um flash tudo o que eu gostaria que acontecesse no futuro e voltei. Ontem, nas redes sociais, garimpei uma frase do escritor norteamericano Robert Orben, que sintetiza a experiência: "Há dois tipos de pessoas no mundo: os realistas e os sonhadores. Os realistas sabem onde estão indo. Os sonhadores já estiveram lá".
O que me faz feliz? O que eu quero para 2014? P-E-R-S-P-E-C-T-I-V-A! Quem trabalha com Previdência Complementar e reconhece a CONFIANÇA como moeda de troca, precisa saber oferecer PERSPECTIVA! E a gente só dá aquilo que tem. Por isso, eu quero PERSPECTIVA com qualidade, longo prazo, equilíbrio, responsabilidade, sustentabilidade.
Porque para dinheiro existem muitas interpretações, inclusive as do sociólogo e historiador norteamericano Richard Sennet, divulgada pela fan page Fronteiras do Pensamento, que ao estudar o espaço urbano contemporâneo, vê ineficiência no dinheiro como motivador do trabalho. Valoriza a cooperação. Reconsidera a supervalorização do conhecimento intelectual e aponta para o capitalismo social como alternativa para o modelo de vida que hoje validamos. As PESSOAS precisam de PERSPECTIVA. E, como ensinou Nicolau Maquiavel, PESPECTIVA é virtude. É valor, como quer a doutora Viviane Mosé! Por isso, vou republicar o depoimento dela à TV ABRAPP.
Em 2013 eu fiz muitos trabalhos que me realizaram como profissional. A maioria deles eu registrei aqui ou no Facebook. Também colaborei para que o trabalho de outros profissionais que eu admiro ganhasse outras possibilidades de expressão. Fiquei muito feliz com os resultados que pude acompanhar. Um deles é o artigo Comunicação e fomento: a parceria que dá resultados, de René Ruschel, publicado na edição 389 da Revista Fundos de Pensão. Por isso, vou encerrar o post de hoje com a mensagem da campanha do BRADESCO para comemorar 2014. Realistas e sonhadores: tenham o que quiserem sempre! Sejam felizes. Esta é a maior fortuna da experiência de vida que podemos ter enquanto estivermos aqui.
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