Sabe aquela história de que é preciso ver para crer? E aquela história de água mole em pedra dura? Às vezes, você tem uma percepção da realidade, mas não tem provas. E, como você é parte interessada no negócio, é suspeita até que se prove o contrário. Pois é! Há muito tempo eu tenho falado informalmente sobre a dificuldade de encontrar profissionais de Comunicação que escrevam sobre Previdência Complementar.
Previdência Complementar, além de complexo, não é um tema óbvio. Por isso, fiquei tão contente quando, no início deste ano, foi anunciada a criação da UNIABRAPP. Quem sabe essa nova iniciativa da Previdência Complementar promova cursos de especialização também para Comunicadores. Porque a expansão da Educação Previdenciária vai demandar muito trabalho para esses profissionais. Quem ainda não viu, pode conferir as perspectivas da ABRAPP para do triênio 2014-2016, nas palavras de José Ribeiro Pena Neto. A UNIABRAPP está entre as metas.
Pouco antes do Carnaval, eu discuti esse tema da escassez de profissional de Comunicação especializado em Previdência Complementar com um brilhante palestrante da área de Investimentos. Naquela ocasião, ele discordou da minha interpretação dos fatos. Além disso, me deixou com uma dúvida: será que daria para traduzir material produzido no exterior? O Canadá e a Austrália são sempre citados como referência na Educação Previdenciária.
Como a minha experiência é só no Brasil e o que já pesquisei pela internet sobre o assunto aponta mais para Educação Financeira do que Previdenciária, mantive minha leitura, mas fiquei de prontidão para qualquer novidade na paisagem. E não foi que ela veio parar na minha mão? Outro registro da TV ABRAPP, feito há poucos dias, mostra que - além das preocupações técnicas e operacionais próprias da implantação de modelos de planos previdenciários - a Comunicação tem que ser personalizada. Não dá para importar trabalho pronto. Confira o depoimento de Daniel Lima, da Odebrecht Previdência.
E aí me dá aquela sensação de "eu te disse! eu te disse! eu te disse, disse, disse!". Agora as evidências não são mais só as minhas percepções. São também experiência de gestores que estão travando essa batalha que é naturalizar os conceitos de Previdência Complementar, para fazer Educação Previdenciária.
Não, não é simples! Não, não tem um manual pronto! Sim, precisa de gente que invente soluções novas para o mundo em modo beta para sempre.
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