terça-feira, 1 de julho de 2014

DICA PARA QUEM TEM SEDE DE MULTIDÃO

Enquanto Previdência Complementar não puder ser conversa de botequim, será preservada aquela aura de mistério, de mágico, de papo de poucos que, ainda por cima, são técnicos. A exclusão de mãos dadas com a nem sempre verdadeira aura de excelência.

Comecei a escrever o Conversação sem preciosismos. Queria naturalizar o assunto e, quem sabe, provocar ideias novas, expressões novas, que motivassem as PESSOAS a falar mais, sem a preocupação da precisão dos cálculos atuariais e o rigor das leis, que sempre subsidiam palestras, seminários, cursos e literatura previdenciária.

Acho que consegui. Os textos do blogue têm mais de 28 mil visualizações e, como eu já revelei várias vezes, a leitura ultrapassou fronteiras. Por incompetência tecnológica minha, tem pouca interação. Raros comentários. As dicas sobre temas que eu posso desenvolver aqui chegam presencial e informalmente, nunca diretamente pelo blogue. Não importa! O que me importa é o fôlego para escrever, o ânimo para arriscar outra história sempre.



Quando fui convidada para trabalhar com TV corporativa, um livro me ajudou muito. Jornal Nacional, modo de fazer, de Willian Bonner. Sobre a produção do conteúdo e da linguagem, a explicação de Bonner é polêmica, porém didática. A imagem do público alvo deve ser semelhante ao personagem Hommer Simpson, um trabalhador despojado que, ao chegar em casa cansado, não precisa se esforçar para entender o que a notícia quer dizer, onde quer chegar. Tudo tem que ser muito óbvio e evidente!

Willian Bonner não é unanimidade entre os acadêmicos mais conservadores, mas leva adiante um produto de comunicação com formato clássico no Brasil: o Jornal Nacional. Ainda que, nos últimos anos, algumas adaptações tenham sido feitas para se manter competitivo e continuar disputando a atenção do público, o JN é, sem dúvida, uma referência. 

Quanto mais, melhor!

Mas a notícia que pode influenciar o trabalho de Comunicação e Educação Previdenciária a partir de agora, infelizmente, ainda não é pauta do Jornal Nacional. No meio da Copa do Mundo, a Previdência Complementar ganha um novo titular. Saiu hoje no Diário dos Fundos de Pensão (clique aqui). Carlos Alberto de Paula foi nomeado Diretor Superintendente da PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar. 

Pela perspectiva da Educação Previdenciária, a notícia é excelente! Porque além de profundo conhecedor do tema, Carlos de Paula ainda é um entusiasta da matéria. Então, a mudança pode significar uma renovação na abordagem da divulgação das ações realizadas pelos Programas de Educação Previdenciária, que tiveram início em 2008, mas ainda precisam de uma maior visibilidade junto à sociedade.

Fechada pode ser referência

O crescimento da Previdência Complementar Fechada é bastante limitado no Brasil. Mesmo assim, a Educação Financeira e Previdenciária criada para atender preferencialmente aos públicos de interesse dessas instituições pode ser compartilhada e estendida para toda a sociedade. As soluções vão desde conteúdos digitais até simuladores, aplicativos, jogos eletrônicos, palestras, seminários, jornais, revistas, animações. Tudo para que a percepção sobre poupança com horizonte de longo prazo se consolide junto aos brasileiros.




Não é uma tarefa fácil. A política econômica do país ainda tem foco muito intenso no consumo e no crédito, independentemente dos reflexos que esse posicionamento isolado causa. De qualquer forma, Educação Financeira e Previdenciária é uma realidade bastante diferente hoje, comparada a 2008. A evolução e a produção foram expressivas, ainda que muito trabalho ainda preserve um viés técnico, em razão das instâncias institucionais envolvidas em sua realização.

Quem sabe, a nova direção da PREVIC - responsável, entre outras demandas, pela aprovação dos Programas de Educação Previdenciária das Entidades Fechadas de Previdência Complementar - possa revitalizar os parâmetros, redimensionar e naturalizar a Educação Previdenciária, para que ela seja discutida em todas as esferas da sociedade, inclusive nos botequins. Só assim, ela ocupará também espaço na pauta do Jornal Nacional.

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