segunda-feira, 20 de outubro de 2014

AÇÃO EM REDE ROMPE COM LÓGICA DA LINEARIDADE

Quem não assistiu ao vídeo da Viviane Mosé no post anterior, sugiro que faça isso. Porque ajuda, e muito, a entender algumas coisas que ainda podem provocar estranhamento. Até as gerações X, Y, Z têm acesso ao conhecimento do mundo por um método predominantemente simplificado e linear. 

É por isso que Viviane Mosé, de cara, avisa: "A grandiosidade do ser humano é ele ser uma plataforma aberta". A constatação pode parecer óbvia, mas causa desconforto até para os mais experientes em analisar comportamento social, especialmente quando os temas são analisados de forma isolada ou sem instrumentos que possam mostrar a independência de opinião e a influência em ação.

Explico! Durante a Copa de 2014, as redes sociais foram amplamente monitoradas. Postei aqui algumas reflexões sobre o mapeamento dos termos recorrentes (clique aqui) e os termômetros (clique aqui) utilizados para avaliar quantitativamente a percepção dos torcedores sobre a atuação de jogadores e times durante o evento. 

Alguns meses depois, o Brasil encara um novo momento de mobilização social: as eleições presidenciais. Talvez menos aparelhada no monitoramento das manifestações digitais, agora as mesmas participações - memes, polarizações, extremismos - são interpretadas como inadequadas (clique aqui).

Plataformas abertas: ainda vamos aprender!

Gil Giardelli, no best-seller  Você é o que você compartilha, assim como Clay Shirky no livro A cultura da participação, explicam que o amadurecimento coletivo é uma experiência análoga à individual: acontece gradualmente.

Além de gradual, o conhecimento é um processo relacional, isto é, depende de CONVERSAÇÃO, da alternância entre influenciar e ser influenciado. É o que funciona na prática. Na vida e na rede, isso não tem controle! É sobre essa liberdade que Viviane Mosé fala. É sobre isso que alguns analistas têm dificuldade para compreender.

Muito provavelmente, na Economia do Conhecimento, o modelo representativo seja substituído por uma outra tecnologia social mais inteligente. Uma mudança de paradigma que assusta, claro! Mas a sociedade está se instrumentalizando para ser melhor, para sobreviver. É disso que nos fala Paulo Nassar (clique aqui), analisando o impacto da Lei Anticorrupção como resposta à intolerância coletiva à corrupção e aos corruptores.

Talvez, a liberdade de pensamento e a autonomia de expressão social sejam o maior pesadelo de comunicadores e outros profissionais que estejam envolvidos com temas como imagem, reputação, identidade. 

Mas é bom lembrar que o modo beta perpétuo do mundo vale para todos. Todos estamos aprendendo. Todos estamos evoluindo. Todos estamos amadurecendo num processo que não admite ingenuidade e exige lucidez, responsabilidade e integridade para conquistar confiança e legitimidade social. Se você quiser aprender mais rápido clique no link da imagem a seguir. Você vai ver que a lição é intuitiva e relacional. Por isso mesmo tem tanta força e apelo.


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