Imagem produzida pelo artista ucraniano Caras-Ionut |
Talvez porque eu esteja envolvida com o livro Imagens Cintilantes, de Camille Paglia, que explica um pouco como uma imagem, uma escultura, uma obra de arte - entre tantas semelhantes - é única, é singular, se distingue e conquista reconhecimento. A autora se dedica a análise do foco.
Como é mesmo que esses textos se aproximam? No século 21, todo mundo, todo dia, se aventura pelo universo vertiginoso de se expor a muitos apelos, notícias, mensagens. A construção da VERDADE pela Comunicação e pelo Marketing aboliu o compromisso com os fatos para privilegiar a venda, os cliques, a viralização. Difícil ter e manter o foco!
O imediatismo está no DNA de todos nós! Somos pressionados para desenvolver esse ritmo. Consumimos independentemente de querer ou precisar - bens de consumo, bens simbólicos, tanto faz! Tendências e movimentos ditam o consumo. Daí o sucesso muitas vezes questionável sobre cores de vestidos, livros, filmes, músicas, partidos políticos.
A unanimidade, por Nelson Rodrigues
O escritor brasileiro Nelson Rodrigues sempre manifestou sua crítica e desconfiança em relação à unanimidade. "A unanimidade é burra!", celebrizou em estilo cirúrgico. Esta não é a concepção do mercado, evidentemente!
Assim como o mercado - pautado por fenômenos instantâneos e nem sempre orientados por lucidez e massa crítica - ainda resiste em aceitar o fato de que a Comunicação depende de tempo para ser construída, está sujeita a riscos, precisa de foco para não se distinguir de ruídos, precisa estar baseada em ações concretas, para se distinguir de forma no longo prazo coerente e concreta.
Ainda que o interesse das PESSOAS esteja muito vulnerável em razão da falta de foco, as instituições - especialmente aquelas que pretendem trabalhar para a construção do futuro e para a sustentabilidade - precisam desenvolver essa capacidade de manter o foco, apesar das contingências e trabalhar para ser reconhecida pela contribuição efetiva em promover a evolução e a emancipação da sociedade.
Imagem produzida pelo artista ucraniano Caras-Ionut |
Quem trabalha com Comunicação e Educação Previdenciária tem a necessidade permanente de recriar a ponte sobre os abismos que os fatos criam. É por isso, a automotivação e a autodeterminação são propósitos individuais com reflexos coletivos. O protagonismo, atitude dos automotivados e autodeterminados, é o elemento de comunhão, de relação, de Comunicação entre os indivíduos.
Guilherme Gazzoni escreveu em Brasília. Eu escrevo em São Paulo. Outro pode falar, escrever ou se expressar sobre o mesmo tema em qualquer lugar do planeta. E o que fará com que essa cadeia expressiva continue produzindo ecos será a disponibilidade de cada um para o protagonismo e o foco no problema, nas soluções, no horizonte que pode ser alcançado por todos. É corda bamba, eu sei! Por enquanto, esse é o jeito presente de seguir em direção ao futuro!
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