sábado, 7 de março de 2015

SE PATRÍCIA PODE, TODAS PODEMOS!

Imagem Carol Porto Estúdio
Véspera do Dia Internacional da Mulher. E as notícias sobre o tema são contraditórias porque mostram que muito já foi feito mas há muito por fazer! Por uma questão de espaço e fôlego de escrita, vou selecionar apenas uma linha de reflexão para compor este post: o protagonismo. 

Na Escola de Economia e Ciência Política de Londres, a atriz Angelina Jolie inaugurou o Centro para Mulheres, Paz e Segurança, com a proposta de formar "profissionais que pensem sobre o empoderamento da mulher". A partir de 2016, será oferecido um mestrado em Mulheres, Paz e Segurança. "Com foco em educação, especialistas apontam que o ambiente acadêmico é uma das chaves para trabalhar a emancipação feminina - desde a educação infantil, até a universidade". Para ler mais, clique aqui.

Parece mais uma proposta pedagógica, mas há que se reconhecer as potenciais quebras de paradigmas prenunciadas nesta definição de escopo de trabalho. De uma forma muito simplista e pragmática, as mulheres precisam se libertar de suas próprias realidades e ilusões para materializarem essa proposta de valor.

Empoderamento: na estrutura social paternalista, o compartilhamento de poder significa novos cargos, novos postos de trabalho, salários equivalentes, redefinição de papeis e, principalmente, um posicionamento de valorização da capacidade de realização da mulher.

Educação: além de direito a acesso - Malala Yousafzai é umas das principais ativistas nessa questão - penso que é necessário um reposicionamento das instituições de ensino, reconhecendo, legitimando e justificando novos papéis da mulher na sociedade. A realidade se consolida a partir de novos imaginários, novas perspectivas, novas narrativas, cujo desencadeamento a escola pode e deve estimular.

Emancipação: além da equiparação salarial - bandeira de Patrícia Arquette durante a entrega do Oscar em 2015 - há que se repensar a responsabilidade da mulher como progenitora e provedora em estruturas econômicas cada vez mais tecnológicas.

Mulheres são mais longevas. As mulheres precisam considerar as opções de escolha que estão além do casamento e rainha do lar, porque a realização pode depender do exercício de outras competências. Existem lideranças - senão mais complexas, no mínimo menos evidentes - que dependem de empoderamento, educação e emancipação para serem conquistadas. A paz e a segurança são resultados dessa tomada de decisão totalmente subversiva em relação aos padrões de submissão feminina.


Imagem Carol Porto Estúdio
Passado e futuro

Fico feliz de testemunhar esse processo de transformação da humanidade. Não será no imediato, mas no longo prazo que os reflexos dessas mudanças serão reconhecidas, quando o estar em sociedade - nos ambientes real e virtual - não mais representar risco a nós mesmas, às nossas filhas, às nossas netas.

Estereótipos sempre vão existir, mas podem perder a força se as escolhas se transformarem.

Para encerrar, há que se incluir o envelhecimento da mulher - assim como de toda a sociedade - nesta reflexão. O planejamento da aposentadoria da mulher é diferente. Por isso, vou voltar a compartilhar a pesquisa da Mongeral Aegon sobre segurança financeira para as mulheres que se aposentam.

Ganhar menos durante a carreira, significa poupar menos e ter um benefício previdenciário menor. Se vamos viver mais, precisamos entender também sobre o que será necessário fazer para garantir que a emancipação se prolongue além dos períodos universitário, de formação familiar e laboral.



O entendimento - via Educação - dessa interdependência e complexidade da realidade é que pode romper com os padrões econômicos e sociais para criar uma mulher mais livre e senhora do seu tempo e destino.

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