segunda-feira, 15 de junho de 2015

NUNCA SE FALOU TANTO SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Em nome da Ciência, há estudos sobre tudo! Em nome da Ciência porque, até o Iluminismo, a imposição de ideias era em nome de Deus. A Ciência só virou a bola da vez porque passou a apresentar algumas sistematizações da observação. Nem sempre provas. Nem sempre evidências. Mas alguma reflexão, normalmente sustentada por um quadro teórico de referências.

Bom, é mais ou menos isso que está na base de uma nota que o Valor lançou há poucos dias. 
"Um trio de pesquisadores, um deles o brasileiro Daniel Fernandes, mestre pela UFRGS, colocou em xeque a tese que tem fundamentado políticas públicas por todo o mundo. Eles se debruçaram sobre 201 estudos de campo que avaliaram os efeitos desses programas [de educação financeira] e refizeram o trabalho estatístico. E a conclusão é frustrante para quem defende essa bandeira: intervenções para promover a 'alfabetização' financeira explicam somente 0,1% da mudança de comportamento, ou seja, praticamente não têm resultado. E os efeitos são ainda mais fracos para populações de baixa renda".
Por posicionamento pessoal, sou desfavorável a esse tipo de generalização. Por posicionamento profissional, sei que Educação e Comunicação são processos. Os resultados são observados no longo prazo, porque demandam mudanças comportamentais muitas vezes bastante complexas. A Educação Financeira, no Brasil, só passou a ser pauta em 2007.

Depois disso, apareceram estudos interessantíssimos das Faculdades de Economia e Administração da USP em São Paulo e Ribeirão Preto, só para citar o que eu sei de mais próximo. Mas a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é a instituição global que mais mapeia ações positivas e transformadoras para as comunidades, inclusive as de baixa renda.


Mas, por uma questão de pura reflexão, vou colocar aqui uma ação do Banco Itaú, que lançou o livro infantil que ensina as crianças a pouparem. Cá prá nós: se essa história de Educação Financeira não desse resultado um banco colocaria dinheiro em uma ação para a formação - no longo prazo - de potenciais clientes? Fala sério!



Também tem a história das cidades 100 anos depois. O que acontece com quem investe e quem não investe em Educação. Também é um estudo acadêmico que chega a resultado diferente daquele proposto pelo trio de pesquisadores que diz ter posto em xeque os resultados da Educação Financeira.


E tem também a história do Projeto Pé de Meia, que ajuda a comunidade de Ribeirão Preto a ter uma visão diferente e sustentável de mundo. E devolve para dentro da universidade uma dimensão sobre "ser inspirado e poder inspirar".


Evidente que eu vou defender a transformação promovida pela Educação Financeira e Previdenciária. Até porque meu quadro teórico de referência é formado por autores consagrados, que dedicaram carreiras inteiras a analisar movimentos desse fenômeno e criar soluções transformadoras e legitimadas pela sociedade.

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