quinta-feira, 17 de setembro de 2015

OTIMISMO EM TEMPO DE CRISE: LOUCURA OU AUDÁCIA?


No post anterior, eu publiquei uma referência sobre um estudo sobre otimismo. Hoje quero começar este post com outra referência. Desta vez, específica da Previdência Complementar Fechada.
"Naquele cenário, indagava-se: quais seriam as possíveis razões da pouca cobertura da massa trabalhadora pelas EFPC? Talvez, o pouco conhecimento das reais finalidades da previdência complementar - as empresas mal conheciam essas entidades e o seu valoroso papel como política de recursos humanos; o trabalhador, por seu lado, praticamente não era motivado a formar poupança de caráter previdenciário. Quem sabe o motivo se devesse ao receio das empresas privadas em assumir encargos adicionais tendo em vista a situação da economia brasileira, então, bastante restritiva. Ou, ainda, à falta de incentivos fiscais às empresas privadas para estimular a criação de novas fundações. Havia apenas o tratamento tributário ainda pouco difundido, e nenhum outro tipo de ação que motivasse as empresas a criar fundações".
O trecho é do livro Fundos de Pensão e ABRAPP - história de lutas e vitórias. A construção da Previdência Complementar no Brasil, de Devanir Silva. Para quem, como eu, imagina que o cenário é do século 21, engana-se. A história é sobre o 1º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, realizado em 1979.

O que mudou de 1979 para 2015? Muitas respostas estão no livro. Outras eu tenho buscado aqui e ali. Por que? Para manter o meu otimismo diante das emoções do trabalho que eu faço. 

Hoje, achei nas redes sociais uma pesquisa Serasa Consumidor sobre o aumento da Educação Financeira no Brasil (clique aqui). Educação Financeira e Previdenciária são, definitivamente, tema do século 21 (segunda metade da primeira década), especialmente no Brasil. Isso eu sou testemunha.

A pesquisa revela também que ainda falta mudar o comportamento. Ok! Ok! Ok! A Comunicação e a Educação dão resultado. Mas, como tudo, o resultado precisa de um tempo para ser construído e registrado. Essa é a terceira edição do indicador. E, de acordo com Júlio Leandro, superintendente da Serasa Consumidor, "os brasileiros estão se esforçando para entender melhor sobre as questões que envolvem orçamento". É parecido com criança aprendendo a andar. Precisa de um tempo! E, convenhamos, no Brasil, a volatilidade do ambiente torna o processo uma aventura muito radical.

Keep swimming, keep walking

Mesmo contra a maré, mesmo em estrada acidentada, temos que avançar mesmo. Em 1979, o 1º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão foi apresentado para 183 congressistas. Em outubro de 2015, acontece o 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, o maior evento de Previdência Complementar da América Latina, com um público de 3.931 congressistas e profissionais envolvidos em sua organização. Estou mostrando aqui registros pontuais entre os quais existe um tempo real de 35 anos de construção, perseverança, audácia! Os otimistas vão mais longe porque insistem e vão transformando a realidade, enquanto buscam aquilo que acreditam. 

A Previdência Complementar Fechada no Brasil hoje tem 1.099 planos de benefícios previdenciários; 2,5 milhões de participantes ativos; 736 mil assistidos com aposentadoria média de R$ 4.134; 3,9 milhões de dependentes. 

Quero encerrar este vídeo com duas mensagens que acho da maior importância. A primeira, de Devanir Silva, diretor superintendente da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Ela sintetiza aquilo que deve inspirar corações e mentes de quem faz Comunicação e Educação Previdenciária: continuar sempre acreditando do poder e nas respostas do longo prazo.




Temos que insistir e buscar novos espaços. A televisão é, sem dúvida, um sonho ainda não realizado, pelos recursos financeiros envolvidos (clique aqui e veja o infográfico com os custos comparativos para veiculação de conteúdo e o alcance em diferentes mídias). Mas é ainda o canal de mobilização social mais influente no Brasil (clique aqui e veja edição 2015 da Pesquisa Brasileira de Consumo de Mídia). A Previdência Complementar precisa buscar essa evolução. O momento pode ser crítico, mas favorece essa construção. Nilton Molina, da Mongeral, explica isso.



Enquanto buscamos esses horizontes mais amplos, acho que é possível fazer uma ação muito importante e financeiramente muito barata: curtir e compartilhar conteúdos de valor em rede social. Acho que isso nos coloca como protagonistas, ativistas ao invés de extrativistas previdenciários. Mas esse é tema do meu próximo post. Até lá!

Curtiu? Então compartilhe. Seu clique faz a rede crescer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário