segunda-feira, 2 de maio de 2016

SEM TEMPO A PERDER!


Quem trabalha com Previdência Complementar conhece muito bem o gráfico publicado no excelente caderno A melhor idade? O envelhecimento da população brasileira provocará mudanças profundas na nossa vida, publicado pelo UOL TAB (clique aqui). As estatísticas mostram que os brasileiros estão nascendo menos e vivendo mais. 

Mas o que muda no mercado de trabalho, na arquitetura, na cidadania, nos serviços públicos? São esses temas que a matéria discute. O que me deixa mais feliz é a visibilidade que a Longevidade está conquistando na mídia. Há pouco tempo, a pauta era praticamente impensável, especialmente considerando a equipe mobilizada para a reportagem e edição gráfica do conteúdo.

Outro aspecto que me chama a atenção diz respeito aos estudos especializados desenvolvidos pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Sim! A melhor idade avançou as fronteiras do Serviço Social para se posicionar como tema econômico, sociológico, político. Encarar de frente as restrições e oportunidades que a longevidade provoca é essencial para racionalizar e destinar recursos. Os superidosos, como o UOL TAB chama, são realidade. Hoje, ainda minoria. Mas em poucos anos, a base da mudança radical na estrutura da sociedade - abrangendo maior permanência no mercado de trabalho, manutenção da carreira, adiamento da aposentadoria, capacitação contínua especialmente na área da Tecnologia.

Tudo isso para compensar a redução da mão de obra mais jovem. O fim do bônus demográfico já começou! E o Brasil - não sem aviso - perdeu este trem da história. Porque a ideia avançar a inclusão dos jovens no mercado de trabalho e ampliar a cobertura, a proteção previdenciária para todos. 

Novos significados para a vida

Mês passado, a Exame publicou a matéria Geração IPad esnoba diamantes e minas sofrem com preços (clique aqui). Começa com um caso curioso de roubo de diamantes que não deu certo. Os ladrões tinham idade entre 60 e 70 anos. Aliás, eu só li essa matéria porque gosto do tema diamantes, o que necessariamente aponta para minha idade. Na finalização da reportagem sobre mudança de comportamento geracional, há um apelo para o investimento em campanhas publicitárias que façam os mais jovens a se encantarem pelas pedras preciosas.

Acho que com esse caso, a analogia está pronta. A longevidade vai exigir que as relações de consumo, vínculos emocionais, família, estudos, viagens tudo seja revisto, replanejado e ressignificado. As novas gerações terão um tempo que as antecedentes não tiveram: conviver, incluir, socializar, aproveitar a experiência dos mais velhos. Tudo isso é novo e absolutamente m-o-d-e-r-n-o!

Penso que, como tudo na vida, esses significados serão conquistados. Não dá para esperar de braços cruzados o reconhecimento espontâneo dos jovens. Também não dá para exigir atenção a qualquer preço. O que dá é para interagir. Da melhor forma.

"Volto perto do meio-dia. Beijos, vó".

Para encerrar esse post, vou fazer o link com um viral das redes sociais. A história de um skatista que tatuou o último bilhete da avó (clique aqui). 

Foi apenas o apelo emocional que determinou a reação do público? Penso que - além do apelo emocional que é fato - tem aí um outro componente. Aquele em que os idosos abandonam o isolamento para interagir, para influenciar, para somar, para protagonizar. Mas isso já é tema para outro post.

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