terça-feira, 15 de maio de 2018

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A Semana Nacional de Educação Financeira começou ontem em todo o Brasil. Há dez anos, em 2008, quando as primeiras legislações surgiram para instituir este trabalho, encontrou incontáveis incrédulos e alguns entusiastas. Durante esses dez anos muita coisa mudou! 

Ainda há incrédulos, ainda há endividados no país, é verdade. Mas os entusiastas e suas ações estão se multiplicando e transformando os fatos. Hoje a Educação Financeira é pauta recorrente nas mídias. Surgiram os influencers - na TV, nas redes sociais, nas palestras presenciais. Os professores estão usando os conceitos em sala de aula. O evento de lançamento da Semana Nacional de Educação Financeira, em Brasília, teve cobertura e transmissão pelo Youtube. Tem muita informação, inclusive os números de acompanhamento e indicadores de crescimento dos resultados (clique aqui).



Transformar a cultura e criar a cidadania financeira

Os líderes do processo de promoção da Educação Financeira - reunidos pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF) - estão obstinados na expansão da inclusão e proteção financeira. Mas esse trabalho precisa ser responsável, principalmente junto a grupos vulneráveis - como os idosos - para que a utilização dos serviços financeiros - poupança, crédito, investimento - seja consciente. Uma das ações para que essa promoção seja alcançada é o site Cidadania Financeira, do Banco Central. Também haverá um curso e game difundido pela TV Escola - voltado para professores e jovens.
Entre as boas notícias está o aumento do número de ações em escolas públicas. Em 2013, as iniciativas ultrapassavam pouco mais de 30%. Em 2018, elas saltaram para 50%. Metade das iniciativas mapeadas são da área de educação formal. fonte: ENEF
Os representantes do CONEF também estão empenhados em mostrar que a Educação Financeira é um conceito transversal, comprometido com a mudança do comportamento. Envolve cálculos, leitura (boletos, regulamentos, contratos), interpretação de texto (especialmente os apelos publicitários), recursos tecnológicos (caixa eletrônico, aplicativos) entre outros instrumentos. 

Por identificar, reconhecer e identificar toda essa complexidade e abrangência, a Educação Financeira é também entendida pelos países signatários da OCDE e promotores da Educação Financeira como política de Estado que, em escala, é um dos pilares do desenvolvimento econômico, social e da sustentabilidade nacionais.

Simplificação da linguagem ainda é desafio

A Educação e a Comunicação são um investimento de longo prazo! Dez anos de trabalho permanente e crescente nos trouxeram até aqui na Educação Financeira. O longo prazo é um aprendizado e uma disciplina muito estratégica que cada vez mais tem que ser restaurada, compreendida e internalizada pelo indivíduo, pelas empresas e pela sociedade aqui, agora e para sempre. 

A simplificação da linguagem também é um desafio permanente para quem faz Educação Financeira e Previdenciária. O viés do entretenimento é um recurso que os influenciadores - com mais liberdade de expressão - estão utilizando para chegar e interagir mais facilmente à sociedade. No segmento institucional, a linguagem vai pelo viés formal. O que eu penso é que esses formatos, essas linguagens são diferentes e complementares. Mas todos os atores têm um papel importante nesse esforço de criação e difusão das mensagens. 

O mais importante é persistir! Em busca da abundância, do ciclo de transformação positiva que os influenciadores estão preconizando e que é uma busca compartilhada por todos que trabalham com Educação e Comunicação Financeira e Previdenciária.

Poder do compartilhamento

Tão importante quanto o longo prazo e a simplificação da linguagem é o poder do compartilhamento. Tudo exige trabalho, persistência e transformação do mapa mental de quem decide, produz e consome o conteúdo e as mensagens de Educação Financeira e Previdenciária.  

Ainda que o processo de produção necessariamente seja de poucos (os pontas de lança) para muitos, o que garante a escala para essa interação é a ação de muitos para muitos (vetores da viralização) - o compartilhamento da mensagem, que também é um desafio. É responsabilidade de TODOS

Para mim, que estou neste movimento da Comunicação e Educação Previdenciária desde 1991, esses três aprendizados que os dez anos de Educação Financeira me deram são âncoras do meu posicionamento nos momentos críticos e asas, quando o vento sopra a favor e me permite voar.

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