Bom, o que eu quero escrever aqui é sobre três matérias que li nestes últimos dias. O primeiro é sobre a derrocada dos números de audiência registrados pelo Ibope, para a novela Babilônia, da Rede Globo. Por decisão institucional, baseada em pesquisas junto ao público, a trama original foi desarticulada, desconfigurada. E o que acontece agora? Desandou a maionese! Ninguém mais consegue recuperar a coerência e a história foi perdida (clique aqui).
Olhando de longe, a decisão institucional estava tecnicamente sustentada - seja pelas pesquisas, seja time de roteiristas e produtores. O que parece ter entrado em conflito foi um posicionamento institucional em relação a valores. Não deu para bancar uma pegada mais arrojada e isso se refletiu em resultados insólitos.
A segunda matéria diz respeito a uma máquina que escreve textos, baseada em parametrizações técnicas (clique aqui). É a evolução da Inteligência Artificial que, apesar de temporariamente limitada, dá sinais sobre muita potencialidade para substituir os escribas do planeta por algoritmos e funções digitais. Incrédulos, saibam que a máquina já escreve matérias esportivas e econômicas, com base em ideias gerais e dados estatísticos.
Há um entusiasmo geral e uma predição dos cientistas responsáveis por esses softwares responsáveis por geração de conteúdo, estimando que em cinco anos as máquinas já ganharão Prêmios Pulitzer e, em 2030, substituirão os jornalistas, redatores, roteiristas e demais profissionais da palavra. No médio prazo, os cientistas apostam em complexas análises comparativas feitas com base em diretrizes ainda e temporariamente humanas.
Para falar no curto prazo, vou utilizar uma matéria sobre conteúdo proprietário, outra tendência para quem reconhece como legítima a convergência entre Comunicação e Tecnologia (clique aqui). Aqui, as pesquisas voltam a influenciar a produção de conteúdo. Entretanto, o roteiro agora é um pouco diferente das novelas.
Há, sim, uma alternância na produção de conteúdo, mais ou menos focado na satisfação dos interlocutores [clientes, consumidores]. Mas existe um salto estratégico, com a produção de conteúdos proprietários, segmentados e distribuídos por uma estrutura eficiente de plataforma tecnológica de Comunicação Integrada e Dirigida. Trocando em miúdos: Comunicação é complexidade para obstinados, como eu reitero sempre aqui.
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