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terça-feira, 10 de outubro de 2017

TV ABRAPP: A GENTE FOI MAIS LONGE NO 38º CPCF!


Monitor de TV instalado na porta do estúdio da TV ABRAPP
Algumas experiências profissionais são tão gigantes, que a gente - por um tempo - não sabe ao certo expressar o que elas significam.

Desde o começo do ano, estou envolvida no planejamento, inovação e produção da TV ABRAPP para o 38º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada. Eu diretamente com dois feras  - Alexandre D'Andrea e Rosana Rocha. E indiretamente com toda a equipe de coordenadores e dirigentes do evento. A gente aprende muito, sempre. E nunca aprende tudo!!! Sempre tem surpresa.

Engraçado que, em 2011, quando tudo começou, eu achava e continuo achando que a TV ABRAPP é conteúdo! Conteúdo é sempre minha estrela-guia. Acho que, em 2012, eu somei equipe à lista. Chegamos a um ideal de equipe em 2013. Isso permitiu que, em 2014, eu avançasse na lista: planejamento, conteúdo, equipe, processo. Acho que, em 2015 e 2016, avançamos para infraestrutura, o que se refletiu em qualidade de edição. Acho que também avançamos muito em relacionamento em várias etapas - antes, durante e depois do Congresso.


Este ano, em razão de um patrocínio inesperado e visionário, implantamos uma inovação: a Estação TV ABRAPP, que atuou simultaneamente ao Estúdio. Alexandre D'Andrea, Rosana Rocha e eu éramos praticamente os únicos veteranos da equipe. Confesso minha angústia, apesar da experiência. Meu estômago estava cheio de borboletas durante todo o evento. Aprendi que a equipe precisa ser flexível. Voamos mais longe!

Linguagem!

Mais do que dobrar a captação de conteúdo, trabalhar com influenciadores estratégicos, alinhar a mensagem do Congresso - PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PARA TODOS! - acho que finalmente estamos construindo uma nova linguagem. Mais dinâmica, simples, sorridente. Tudo isso, sem comprometer o valor da excelência técnica, bandeira de todo o Sistema de Previdência Complementar Fechada. E eu estou imensamente feliz por esta experiência profissional épica.

Entre os 69 vídeos que fizemos, um deles me comoveu muito. Porque expressa demais tudo o que eu acredito. Troca integeracional! Interação e presença de entrevistador (Pedro Málaga, 19 anos, um Luke Skywalker) e entrevistado (Nilton Molina - o mestre Yoda da Previdência Complementar) que se propõem quase um jogo, um desafio de pensamento rápido - quase um duelo de sabres de luz. Mostra também e lindamente a alternância que a Comunicação tem, quando ela é plena, horizontal, democrática, inteligente. Mostra uma aula que vale para todos os tempos, para sempre.  Eu amei todos os vídeos da TV ABRAPP no Congresso. Mas este é o do meu coração e, para mim, ele representa todo o amor que está empenhado neste trabalho! Quer ver mais? Clique aqui.


 

sábado, 24 de junho de 2017

O FUTURO TEM QUE SER MELHOR PARA TODOS


As PESSOAS no olho do furacão da mudança do mundo. Sou influenciável pelo entusiasmo alheio. Mas achei que essa ideia de PESSOAS fosse força de expressão, alinhamento temático e teórico dos profissionais com quem andei conversando ultimamente e que contradizia algumas tendências que preferem colocar o algoritmo no lugar das PESSOAS.

Mas hoje é sabadão. E eu estava até agora surfando na rede, quando encontrei uma nota sobre futuras mudanças no Facebook. A rede social que agrega quase dois bilhões de usuários no planeta quer estimular o vínculo relevante, as reais afinidades entre grupos para que a experiência relacional seja cada vez mais útil e inteligente (clique aqui).

Então, a questão não se restringe a PESSOAS ou algoritmos. A questão é PESSOAS E ALGORITMOS. Ainda não sei bem... Mas para os Comunicadores, acho que isso é uma inquietação que se reflete diretamente nos desafios da linguagem. E ela encontra muitas formas de se expressar. Isso me fez lembrar do mote do 38° Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PARA TODOS.

A identidade visual este ano coloca o elemento humano em evidência. A marca do evento literalmente abraça a PESSOA. Sugere a ideia de proteção aqui, agora e sempre. Sugere confiança no presente e no futuro. Que bom! 

A Shell está com uma campanha publicitária direcionada pelo conceito HUMANOLOGIA. Coincidência ou tendência? Coincidências não existem. Então acho que o recado é aproveitar as oportunidades para manifestar a melhor humanidade que há no ser humano.



E qual a vantagem de manifestar humanidade em um mundo tão adverso? Eu não sei a resposta para essa pergunta. Mas posso arriscar alguns palpites:

1. A humanidade pode nos redimir de nós mesmos e nossas falhas de comportamento mais primitivas.
2. A humanidade perdoa.
3. A humanidade se adapta e encontra soluções e respostas para as adversidades.
4. A humanidade é o vínculo relevante que nos une como espécie.
5. A humanidade pode ser uma resposta para a superação da escassez pela abundância.

Êpa! Viajei demais? Não! É só entender o que a plataforma Watson da IBM está fazendo pela medicina e perceber que existe uma convergência conceitual, uma complementaridade com a proposta de Mark Zuckerberg

Para finalizar este post, vou compartilhar aqui um vídeo que mostra na prática como na Pós Modernidade a leveza dos dinossauros se combina à estabilidade das borboletas, tema do meu post anterior (clique aqui). 

Troca intergeracional: Warren Buffett (86) e Bill Gates (61), amigos desde 1991. PESSOAS!! O primeiro, da área de finanças. O segundo da área de tecnologia da informação. Resultados: dois souberam como construir fortunas. Aprender a aprender: os dois souberam como operar novos mapas mentais em um mundo em mudança. Competência: os dois souberam como tratar estrategicamente informação. Interdependência: os dois souberam como e liderar e inspirar PESSOAS. Eles mudaram comportamentos globais. Influenciaram culturas. E assumem sem deslumbre nem ostentação a própria humanidade. 

Sei que o mundo é maior e pleno de inconsistências e desigualdades. Mas a fórmula do futuro que pode ser melhor para todos vai necessariamente combinar PESSOAS E ALGORITMOS.  Vou reler o livro HumanKind, de Tom Bernardin & Mark Tutssel, da Leo Burnett.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

O FUTURO VEM DO FUTURO

O título deste post tem autoria do professor Sílvio Meira. E eu adotei como um tipo mantra. 

O futuro é um conceito, uma perspectiva. Mas quem lida com as possibilidades e potenciais de suas  narrativas, utopias e também conhece suas distopias tem a responsabilidade de materializar e entregar um futuro de qualidade compartilhável.

O futuro não acontece exclusivamente por meio saltos, ainda que sua história possa sugerir assim. O futuro é também incremental. Acontece todos os dias, aos poucos, mesmo que nossa atenção não reconheça ou legitime esse processo. Aí, é óbvia a sensação de salto - mas muitas vezes trata-se apenas um lapso de percepção.



Há muito tempo, sempre questiono quem eu posso sobre a questão da destinação de dinheiro digital para proteção do futuro. Trocando em miúdos: com a infraestrutura e a legislação correta, a gente pode usar bitcoins, pontuação de cartão de crédito, milhagem, crédito de NF para uma poupança previdenciária?

Esse é o meu exercício de querer trazer o futuro para o presente. Este é o meu questionamento, que tem por base uma Educação Previdenciária como prática de sustentabilidade e consumo consciente de modo orgânico, articulado e integrado.

Hoje - nas redes sociais -  achei a primeira resposta convincente para essas minhas dúvidas. Ela vem nada mais nada menos do que Gustavo Cerbasi.



O arcaico é resistente, mas o futuro é fato

Mírian Leitão escreve sobre as resistências do arcaico. O arcaico é o maior obstáculo às fabulações sobre o futuro. Mas o futuro é fato! Se parte das instituições brasileiras preservam e cultuam arcaísmos, também há aquelas que, por exemplo, oferecem infraestrutura tecnológica para simular novos ambientes de negócio.

Pela perspectiva da Comunicação e da Educação Previdenciária,  essa convergência com a Tecnologia da Informação é estratégica e irreversível. Trata-se somente de uma questão de tempo, obsessão por resultados e da própria eficiência financeira.

A minha fabulação de futuro fala de decisões facilitadas e naturalizadas - como o uso do cinto de segurança. Não como modinha ou porque estou sujeita à multa... Mas como um dos recursos de pode dar mais proteção à minha vida em ambiente de risco! Estou falando de consciência e lógica! Consciência e lucidez são grandes estimulantes para quem quer viajar até o futuro sem sair do presente.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

NOVE SUPERÁVITS CONSECUTIVOS: QUAL É A FÓRMULA?

Na semana passada, eu tive a oportunidade de assistir a um case da VALIA, durante o 2º Seminário Ética e Boas Práticas de Governança no Fortalecimento da Confiança, evento realizado pelo SINDAPP e pela SPPC. A apresentação me impressionou por muitos aspectos, dos quais eu vou destacar somente três: 

1. a objetividade e a simplicidade com que as informações foram compartilhadas, inclusive um dado que não está nos slides: a distribuição de nove superávits consecutivos para Participantes e Assistidos.

2. a estrutura de Comunicação e, principalmente, Educação que a Valia desenvolveu. Esta informação está nos slides (clique aqui). O que não está nos slides é que a área de Educação é a que - atualmente - mais cresce na Valia.
3. a estrutura de governança baseada em processos bem definidos, sistematicamente revisados e documentados.

O que eu quero dizer com esse post é que os nove superávits consecutivos distribuídos pela Valia não são resultados isolados de uma performance extraordinária da gestão financeira. É claro que a estratégia e a política de investimentos foram excepcionalmente bem desenhadas e executadas. Entretanto, será aleatoriedade que a área institucional que mais cresce na Valia é a de Educação

A boa governança, como é conhecimento de todos, não é somente um conceito. Trata-se de uma prática ética que sustenta as melhores decisões, a favor da coletividade. Fortalece a confiança por meio de resultados efetivos, naturalmente reconhecidos como valor: comprometimento, transparência, fidúcia, responsabilidade.

Interdependência

Nesse exemplo, fica evidente que os resultados refletem uma atuação orgânica da Entidade. O ambiente institucional saudável também favorece o posicionamento estratégico. E fica fácil imaginar que os feudos institucionais tenham sido extintos.

Se queremos estender a Previdência Complementar Fechada para toda a sociedade, convencer empregadores a incluir o benefício em suas Políticas de Gestão de Pessoas e mobilizar o trabalhador com a proposta de planejamento de futuro, devemos buscar e promover os exemplos que verdadeiramente representam o trabalho dos fundos de pensão. São intoleráveis desvios de conduta e de gestão que levem a prejuízos, déficits, CPI, degradação da imagem, reputação, representatividade. 

O futuro que queremos para nós e toda a sociedade é mais limpo, ético, respeitoso, cidadão. Outro modelo não nos interessa!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

E-BOOK DO 37CBFP: UM PRESENTE QUE ANTECIPA O FUTURO

Imagine ganhar um presente que antecipe o futuro. Mais! Que te coloque em contato com o pensamento dos principais visionários que se dedicam a investigar as melhores condições para que você experimente esse futuro como realidade. 
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP) publicou o E-book que apresenta o núcleo temático da programação do 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, evento anual promovido pela ABRAPP e que, este ano, foi realizado em Florianópolis.
Para mim, que sou uma entusiasta de novos projetos de Comunicação, o E-book do Congresso é mais do que um memorial do evento. Trata-se de uma nova narrativa que - por meio de uma costura institucional discreta, enxuta e bem realizada - combina vídeos e imagens emblemáticas que expressam a grandeza do propósito da Previdência Complementar Fechada. 
Pelas contribuições trazidas por todos os palestrantes, autoridades, dirigentes, fica claro que são muitos os caminhos e trajetos que podem materializar a proteção previdenciária de qualidade para o futuro dos trabalhadores brasileiros e suas famílias. Mais do que isso: a Previdência Complementar Fechada é solução aliada ao desenvolvimento econômico e social do país.

Chamado: protagonismo
Em um ano crítico para o país - quando testemunhamos atônitos desvios de todas as naturezas - o E-book nos lembra todo o trabalho permanentemente realizado para sustentar a superação dessas distorções que tanto prejuízo acarretam para o universo a história da Previdência Complementar Fechada.
Registrar a construção contínua revigora a percepção de que muito foi feito e - apesar do trauma - uma grande parte está preservada e cumprindo seu papel de pagar benefícios previdenciários aos brasileiros que acreditaram nessa proposta e estão desfrutando do futuro de qualidade que tanto trabalhamos para materializar.
O protagonismo transcende os resultados institucionais e se estende para todos os operadores da Previdência Complementar Fechada. É esse protagonismo que pode acelerar uma consciência social sobre a efetividade de todo esse projeto de futuro.

Chamado: excelência técnica
Se há alguns anos a profissionalização da Previdência Complementar Fechada era uma aspiração, hoje ela é uma realização e uma marca: UniAbrapp. O mundo em Modo Beta exige essa transformação e atualização técnica permanentes. É só assim que se pode retribuir confiança com excelência: do atendimento ao pagamento de benefícios, da comunicação à rentabilização do patrimônio previdenciário, da escrituração contábil às decisões sustentadas por uma análise criteriosa dos riscos e oportunidades, da concessão de empréstimo pessoal à promoção da melhor governança e solução de conflitos. Todas essas interfaces são interdependentes e determinantes para o sucesso institucional.
A excelência técnica é um ativo que gera valor e efetividade financeira! É um patrimônio que, cada vez mais, conta pontos para a perenidade e sustentabilidade da Previdência Complementar Fechada. 

Chamado: ambiente de qualidade
Muitos dos desafios desse período de transição são estruturais e ainda ganharão nova configuração quando as Reformas Trabalhista, Previdenciária e Fiscal forem definidas e implementadas. Neste cenário de imprecisão, saber onde se quer chegar é decisivo para que se mantenha, promova e conquiste o melhor ambiente para a gestão da Previdência Complementar. Processos bem estruturados, planejamentos estratégicos com foco no longo prazo, resultados avaliados criticamente: não estamos falando de conceitos, mas de incontáveis ações contínuas que nos direcionam para a fazer o "futuro melhor" acontecer e evoluir por meio de novas regras, adoção de novas práticas, promoção de novas políticas. O momento exige muita habilidade para criar convergências que façam frente às instabilidades e divergências conjunturais.

Chamado: fortalecimento coletivo
Todos esses chamados capitaneados pela ABRAPP e registrados no E-book, para mim, lembram uma espécie de plano de voo aeroespacial com missão expansionista que só terá êxito se todos estiverem conscientes do propósito maior que orienta não uma aventura, mas um projeto de evolução civilizatória. É maior do que cada um. É a soma do compromisso de todos! 
Pela perspectiva da Comunicação, a iniciativa da ABRAPP em produzir este E-book deve ser acolhida, reconhecida, prestigiada e integrada aos corações e mentes conquistados pelo ideal da Previdência Complementar para todos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DE CURITIBA A LUANDA: NOVIDADES O QUE FAZEM O MUNDO GIRAR MELHOR

Para mim, a amizade em rede e a Comunicação em rede é melhor do que Prozac! Explico: esses últimos dias - por falta de notícias boas - escrevi pouco aqui no blogue. O desânimo não é bom para ninguém. 

Mas hoje tudo mudou! Logo cedo recebi um e-mail do querido professor Marcos Adlich, que também atua na área de planejamento estratégico da FIBRA.

Na mensagem, informações sobre um evento que acontecerá em Curitiba, no próximo dia 29 de novembro, para mostrar a experiência de  empresas que implantaram o sistema BPM (Business Process Management). A FIBRA é uma delas! Daí, eu quis saber:  o que o BPM faz? E o professor Marcos Adlich explicou: 

"É um caminho bem interessante, pela proposta de mover a empresa para, de fato, ser uma empresa do século 21. O BPM é um modelo que fornece um conjunto de soluções para aumento de performance, visibilidade gerencial, inovação organizacional, etc. Tudo alinhado ao direcionamento estratégico construído. Como um 'guarda-chuva' dos modelos de gestão existentes. Fortalece as perspectivas de gestão e de governança. Alcança todos os processos corporativos (a cadeia de valor do negócio). É uma metodologia facilitadora da implementação da estratégia organizacional que induz à ampliação da visão sistêmica e adiciona valor à relação com o cliente".

A TI e a consciência coletiva

Se o ser humano fosse perfeito, muitos avanços tecnológicos não teriam sentido. Para compensar a imperfeição é que existem sistemas e controles automatizados cada vez mais integrados, sistêmicos e potentes. Eles interagem com a inteligência que está nos bastidores dos processos. Colaboram para a evolução da gestão do conhecimento, do legado institucional. 

Isso é fascinante! Penso que se, por um lado, o Direito, a Filosofia, a Sociologia, a Comunicação, a Educação e outras áreas do conhecimento foram parcialmente efetivas em fornecer uma consciência prática sobre a vida em comum, por outro lado e no limite, a Gestão e a Tecnologia da Informação - por meio de dados, processos transparentes, rastreáveis e alta precisão - podem despertar nas PESSOAS essa consciência de integração, interdependência e coletividade. 

A cadeia de valor do negócio é alavancada porque ganha objetividade e segurança. A inteligência artificial é integrada à estratégia organizacional para criar uma estrutura cada vez mais orgânica. Parece futuro, mas é agora! Fico pensando no potencial desse método para gerar dados,  pistas e respostas que facilitem e promovam a Comunicação e a Educação Previdenciária (tags, rastreamento de áreas de interesse, previsão de demandas). Mas essas respostas só quem estiver em Curitiba e prestigiar o BPM Day vai descobrir. 

Brasil, Portugal & Angola

Depois do e-mail de Curitiba, recebi uma ligação de Belo Horizonte. O professor Ivan Sant'Ana Ernandes do outro lado da linha, me avisando que também dia 29 de novembro estará em Angola, no evento A PROTEÇÃO SOCIAL COMPLEMENTAR: PRESSUPOSTOS, EXIGÊNCIAS, BENEFÍCIOS E RISCOS, que será realizado na Escola Nacional de Administração (vinculada ao Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social).

Pela programação é composta por um painel dedicado a abordar o tema pela perspectiva local. Os especialistas angolanos falarão sobre o Regime Jurídico, Financiamento e das Associações Mutualistas. Já no painel internacional, será montada uma mesa redonda da qual participam representantes de três países: João Neto (Angola), Tereza Fernandes (Portugal) e Ivan Sant'Ana Ernandes (Brasil). Eles deverão apresentar as experiências, soluções e os desafios mais marcantes que cada país enfrenta na gestão previdenciária.

Fico pensando em como a bandeira da proteção previdenciária precisa ser estendida e fortalecida para além de fronteiras, dentro de corações e mentes das PESSOAS. E no potencial dessa rede de Comunicação que revela nossa interdependência e o valor de cada contribuição para o fortalecimento desse ideal que nos conecta e humaniza. Desejo sucesso e luz a todos que dia 29 de novembro estarão fazendo o mundo girar melhor!


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

FUTURO: O DESAFIO É SER FELIZ!


Como muitos outros conceitos - governança, nação, democracia, sustentabilidade - o futuro também é um conceito em modo Beta, uma obra aberta, em construção permanente, com elementos objetivos, coletivos e subjetivos, individuais. Uma obra aberta está sujeita à realidade dada e à realidade desconhecida, o que funciona combinado com inovações que podem ou não funcionar. 

Em Previdência Complementar é interessante observar a caracterização do futuro. É um tempo real porém momentaneamente intangível que, quando acontecer, tratá uma experiência desconhecida com o velho e não com o novo. Dará oportunidade para minimizar traumas, reduzir riscos, evitar conflitos de diferentes ordens sem garantir que o futuro será feliz.

Os cálculos estatísticos, atuariais e financeiros consideram algumas variáveis em um ambiente minimamente controlado, linear, previsível e estável no longo prazo.  Só que esse ambiente que serve aos cálculos é artificial. A vida real é orgânica, dinâmica, mutante, cheia de possibilidades e incertezas. Talvez esses contrastes sejam a grande transposição a ser realizada nas narrativas sobre futuro previdenciário, para que o modelo da Previdência Complementar passe a fazer mais sentido como solução, principalmente para os trabalhadores mais jovens.





Projetos de vidas no plural

O conceito de aposentadoria do século 20 aposentou-se! O fim da atividade laboral como sinônimo de passaporte para o ócio é incompatível com o aumento da longevidade que, aliás, é a impressão digital do ser humano no século 21. 

Diversidade é mais do que uma bandeira. É uma perspectiva que se assume para ampliar as oportunidades que a vida oferece. Esse pode ser um viés para conversar sobre Previdência Complementar com as PESSOAS de todas as idades. O encerramento da atividade laboral permite realizar quais projetos de vida? Tem gente que aos 87 descobriu que queria ser DJ (clique aqui). Tem gente que quer fazer intercâmbio no exterior. Ou viver em um barco, viajando para lugares desconhecidos. Segundo a consultoria Catho, 50% dos que se aposentam querem ser empreendedores e abrir o próprio negócio (clique aqui). Nos bastidores dessas novas decisões está a vontade de ser útil, de se manter incluído, produtivo, ativo e se realizar por meio de novos e mais significativos projetos de vidas. Histórias com inícios semelhantes e finais novos. 

Futuro como obra aberta! Pode e deve ser diferente do passado, até para justificar a evolução da espécie humana. Mais interdependente. Mais responsável. Mais financeiramente saudável. Mais próspero e preparado para as instabilidades do ambiente e das conjunturas. Mais livre e adaptado. E, quem sabe, mais feliz! 

Nós podemos transformar o aumento da longevidade em uma experiência positiva, realista e transformadora. Temos instrumentos para nos proteger, enquanto nos lançamos a cada nova experiência de viver!





sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O VALOR ALÉM DA AUTORIA

Chegou a sexta-feira, e eu concluí a leitura do livro de Kevin Ashton (MIT): A história secreta da criatividade - descubra como nascem as ideias que podem mudar o mundo. No post anterior eu me referi a ele, falando que o autor desconstrói o mito do gênio e coloca a criatividade como resultado de trabalho, trabalho e trabalho. Simples! SQN.
Hoje, vou falar de outro conceito que ele desenvolve. Não tem um nome específico, mas para simplificar, vou chamar de interdependência ou cadeia criativa. Significa que você nunca está sozinho quando está produzindo. No mínimo, tem que considerar os milênios de civilização e cultura que  precederam, influenciam e - quase sempre - determinam os resultados do processo. É verdade!
Eu já havia visto essa abordagem em outro livro - A angústia da influência, de Harold Bloom. A diferença é que Bloom não desconstrói o mito do gênio. Por uma simples razão: seu foco é a sensação dos gênios sobre o processo de criação. O foco de Ashton é o processo de criação, comum a todos, inclusive aqueles que recebem o reconhecimento e criam uma reputação diferenciada.
Mas o que me faz escrever um post não são as diferenças de abordagem (as duas fantásticas). Ashton tem um olhar muito realista para a questão da criatividade. A criatividade, como eu acredito, não é acaso. Ela é muito mais obstinação. Ela ajuda a superar, por exemplo, as rejeições, os fracassos, os bloqueios, os preconceitos, os condicionamentos que são comuns a todos nós. É simplesmente uma força que nos faz fazer mais e melhor. Em outras palavras, a criatividade nos faz sair da zona de conforto para enfrentar o desconhecido.
"Os tomadores de decisão e as figuras de autoridade nas empresas, na ciência e no governo dizem que valorizam a criação mas, quando são testados, eles não valorizam os criadores. Por quê? Porque as pessoas mais criativas tendem a ser mais divertidas, pouco convencionais, imprevisíveis, e tudo isso as torna mais difíceis de controlar. Embora a maioria de nós afirma que valoriza a criação, na verdade damos mais valor ao controle. E assim tememos a mudança e favorecemos a familiaridade. Rejeitar é um reflexo". [p. 94] 
A criatividade também depende de antecessores. É um processo de aprimoramento contínuo, incremental. Já escrevi sobre processo incrementais, relacionados a inovação. Mais do que explicar, Ashton demonstra essa cadeia nos agradecimentos de seu próprio livro, correlacionando cada argumento de capítulo a todos aqueles que indicaram fontes, sugeriram ideias, contribuíram com críticas e novos caminhos.
Quando estamos envolvidos com a criação, seja de um post, de um avião, de um submarino, de vacinas, a gente perde um pouco essa dimensão da cadeia, da interdependência, porque mergulhamos fundo para achar as soluções. Mas a propulsão para ir mais e mais fundo, normalmente é externa.
Você já parou para imaginar quanto conhecimento, processo, robôs e pessoas estão envolvidos na produção de uma lata de Coca-Cola? Quanto tempo de criação está envolvido numa lata de Coca-Cola?
"Houve um tempo em que nos ajoelhávamos à beira de um riacho para pegar água com as mãos. Agora, puxamos um anel numa lata de alumínio e bebemos ingredientes cujos nomes não sabemos, vindos de lugares que desconhecemos, misturados de modos que não entendemos.
[...]À medida que a mineralização e a carbonatação se tornaram comuns, as propriedades curativas associadas à água de fonte recuaram em favor de remédios e tônicos que continham ingredientes exóticos, como o fruto do baobá africano e raízes supostamente extraídas de pântanos. Muitos desses 'medicamentos patenteados' continham cocaína e ópio, o que os tornavam eficazes no tratamento da dor (ainda que nada mais do que isso) e também viciantes.
Um desses remédios, inventados por John Pemberton na Geórgia em 1865, era feito de ingredientes que incluíam noz-de-cola e fola de coca, além de álcool. Vinte anos depois, quando algumas partes da Geórgia proibiram o consumo de álcool, Pemberton fez uma versão não alcoólica, que chamou de 'Coca-Cola'. Em 1887, ele vendeu a fórmula para um farmacêutico chamado Asa Candler".
 O que esta versão da história não conta é que a fórmula custou U$ 500. Acho que é porque há controvérsias. Mas Pemberton estava falido. E Candler era, então, um farmacêutico pobre. Mas seu mérito foi uma decisão incremental que salvou a fórmula e criou um império: acrescentar água gaseificada à receita.

Daria para ficar esta sexta-feira inteira recontando as histórias fascinantes do livro de Ashton que tratam de Wood Allen, South Park, aviões, bactérias, radição, tecnologia da informação, Vila Sésamo e tantos outros segmentos criativos nem sempre óbvios que cercam a nossa vida. Mas vou encerrar aqui, agradecendo a Ashton por mais uma viagem via queda pela toca do Coelho de Alice. Para uma sexta-feira cinzenta e fria em São Paulo, foi rock and roll demais. Amei! E uma coisa é certa, vou seguir Kevin Ashton para sempre!