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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O PLANO É CRIAR CAMINHOS


Tenho visto alguns gurus da inovação dispensarem o planejamento estratégico. As críticas são várias: consome tempo que você poderia empenhar na execução; é complexo; pode engessar o projeto... e por aí vai! 

Nada contra os caras, mas eu não consigo deixar de pensar no papo da Alice e  com o Ches quando vejo isso. Claro! Eu não sou nenhuma Einstein. Daí que as inovações no meu trabalho, em geral, são incrementais para que os resultados tenham alguma previsibilidade, margem de segurança e os desvios possam ser resolvidos antes que provoquem qualquer tipo de caos ou catástrofe.

Então, eu defendo a utilização do planejamento estratégico! E quanto mais tempo eu tenho, mais complexo ele fica. Só que os resultados são maiores. Entre 2011 e 2016, eu produzi TV ABRAPP para o Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada. Sempre com entrevistas gravadas em estúdio. Esse tempo foi essencial para que toda a equipe pudesse criar e desenhar processos, experimentar linguagem, calcular o melhor tempo para cada mensagem, afinal os temas não são nada triviais, a articulação de ideias é complexa, a expressão usa um vocabulário específico. O conteúdo captado nem sempre permite edição. 

Entendemos todos esses processos. Por isso, em 2017 quando, além do estúdio, surgiu a oportunidade de trabalhar com mais um ponto de captação de entrevistas, topamos e implementamos. Tinha risco? Claro! Deu certo? Deu! Porque - com planejamos uma espécie de colchão operacional de proteção. Previmos muitas situações e criamos soluções para cada uma delas. Além disso, quem era novo na equipe tinha orientação sobre o ponto de partida, como tinha que ser a performance, as expectativas de resultados que, graças a todo esse cuidado, foram superadas. Para a edição 2018 do evento, já começamos a trabalhar. 

Metas realistas e predictibilidade

Planejamento, curiosamente, é uma ferramenta estática para alavancar movimento. Ninguém planeja só ficar como está. A gente planeja é para evoluir. É por isso que quem planeja analisa ambiente, tendências, comportamentos - da mesma forma que um piloto tem um plano de voo, um professor tem um plano de aula, um arquiteto tem um planta.

Em Previdência Complementar, as metas para 2018 podem incluir migração de modelo de plano - em geral, de BD para CD; criação de perfis de investimento - especialmente diante da queda da taxa de juros e estabilização da economia; criação de um programa de Educação Previdenciária; construção e lançamento de um app; aumento do percentual de adesão; aumento do percentual de contribuição; aumento das portabilidades de entrada; redução dos resgates; lançamento de um plano para familiares. Enfim, tem muita meta que pode ser estabelecida a favor da sustentabilidade institucional, da sustentabilidade financeira do participante e do padrão de qualidade da política de Gestão de Pessoas da Patrocinadora.
Para desenhar o plano de ação em Comunicação é preciso conhecer previamente quais são as metas institucionais e os recursos disponíveis (humanos, tecnológicos, financeiros). Com essas informações em mãos, é possível estabelecer cronogramas, desenhar as expectativas de resultados, projetar os indicadores de monitoramento e controle.

Resumo da ópera, Cara Pálida! A gente chega ao futuro por vários caminhos. A evolução pode ser por inovações revolucionárias mas, em Previdência, a evolução é incremental, porque a aventura não é correr uma prova de 100 metros, mas os 42 quilômetros de uma maratona completa. Nosso compromisso é, durante todo o percurso, evitar riscos, amadorismos, perdas e garantir resultados constantes sempre. Afinal, nosso objetivo é o melhor futuro!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

QUEM TEM SOLUÇÕES PARA O TRABALHO SEM CLT?

Presta atenção! Em novembro as novas regras trazidas pela Reforma Trabalhista entram em vigor. Na prática, essas regras devem significar - para o bem e para o mal - muitas possibilidades de relações do mercado de trabalho. Terceirização, pejotização, inserção do segmento 50+, trabalho sob demanda.

As perguntas que me inquietam agora são: as políticas de gestão de pessoas estão preparadas para atrair e reter mão de obra qualificada nas empresas? Nós, da Previdência Complementar Fechada, temos produtos para dar proteção previdenciária a trabalhadores com esse perfil?

Explico! Desde 2009, sou profissional liberal. Minha passagem pela Fundação CESP, entre 1991 e 2009. Sem a contrapartida do patrocinador, meus rendimentos só permitiram que eu eu mantivesse o plano via o instituto de Benefício Proporcional Diferido (BPD). Isso significa que, até eu cumprir todas as carências e adquirir o direito à complementação de aposentadoria, esse patrimônio fica imobilizado. Mas eu tenho maturidade e cultura previdenciária suficiente para entender a regra do jogo e sustentar a MINHA decisão.


Penso que - até para facilitar a Comunicação com a sociedade, que vai precisar de acesso a produtos de natureza previdenciária, é importante que os motes da Reforma Trabalhista e da Reforma Previdenciária sejam convertidos em diálogo.

O Santander - com muita habilidade - está fazendo esse movimento no mercado. A campanha a tecnologia financeira para facilitar a vida do empreendedor é matadora! Mostra a nova realidade do trabalhador - sem a proteção social da CLT - e apresenta uma ferramenta adaptada para esse mundo de novos negócios de todos os tamanhos.




O 38º Congresso da Previdência Complementar Fechada vem aí. Em outubro, esse debate ganha o mundo presencial, com o mote Previdência Complementar para Todos. Quem encara? Quem propõe soluções? Quem tem ferramentas? Quem tem sugestões? Estou muito ansiosa para descobrir as respostas.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

QUEM QUER SER DIFERENTE?

Por razões óbvias, o mercado financeiro costuma ser fonte de inspiração e referência para a Comunicação em Previdência Complementar. A similaridade começa na natureza do negócio, contratos de prestação de serviços, rotinas e protocolos de operacionalização de atendimento, tecnologia, contabilidade, investimentos e segurança e por aí vai até chegar ao jeito como as equipes se vestem, falam e se comportam. Esse formato é tão estruturado que influencia todo o posicionamento estratégico institucional.

Mas é importante reconhecer que a sociedade está mudando. E o mercado reage buscando novas narrativas, novos diálogos para conquistar - senão a confiança, o respeito e o bolso do consumidor - sua atenção. Porque em tempos de redes sociais, a atenção também é capital comunicacional. Por isso, as empresas estão indo além dos APP e do relacionamento 360°. Elas estão buscando o DNA do século 21.


Equipe da Warren - fintech criada a partir do rompimento societário da XP Investimentos. Saiba mais
No mundo em modo Beta, nenhuma resposta é definitiva. Há infinitas possibilidades de expressões institucionais no ecossistema comunicacional e penso que este seja um momento de transição. E é evidente que empresas mais tradicionais em geral resistem a acompanhar tendências.

Não se trata de resistência gratuita, mas um reflexo e um viés de caráter Sociológico ou Antropológico. Afinal, quem faz e decide a Comunicação de empresas tradicionais? Quem consome a Comunicação de empresas tradicionais? Segundo estudo do Grupo Abril, o segmento de mercado com dinheiro para consumir e influenciar outras gerações tem em média 40 anos de idade (clique aqui) e não se sente representado nem se identifica com esse tipo de imagem.

Comunicação feita COM gente

Para a Previdência Complementar Fechada uma solução de Comunicação muito coerente e consistente é criar oportunidades para co-criar, isto é, criar junto com os representantes dos principais públicos estratégicos: patrocinadores, participantes, assistidos, conselheiros, dirigentes e quadro funcional.

Em resumo, estou falando de buscar, jogar luz e empoderar os embaixadores da marca para que se transformem em micro-influenciadoresA tática é trabalhosa, mas o resultado é autêntico e cria identificação instantânea que soma valor para imagem, reputação, credibilidade. Por isso, destaco o BELÍSSIMO case da SP-Prevcom, que mostra como associar imagem a significado, a conteúdo.



É preciso reconhecer que colocar o ser humano no foco da mensagem revela flashes de uma sociedade muito mais ampla e diversa do que a Comunicação é capaz de representar em suas mensagens. Dentro dessa geleia geral, a identidade institucional é necessariamente um recorte singular, com a finalidade de distinguir uma empresa das demais.

Mas acredito que o olhar periférico - exercício de conhecer tendências - ajuda no processo de atualizar a linha editorial  da Comunicação que será adotada para reforçar a identidade e estabelecer o relacionamento com diferentes públicos estratégicos. E se a decisão for ousar, que ela seja consciente e surpreendente.

sábado, 24 de junho de 2017

O FUTURO TEM QUE SER MELHOR PARA TODOS


As PESSOAS no olho do furacão da mudança do mundo. Sou influenciável pelo entusiasmo alheio. Mas achei que essa ideia de PESSOAS fosse força de expressão, alinhamento temático e teórico dos profissionais com quem andei conversando ultimamente e que contradizia algumas tendências que preferem colocar o algoritmo no lugar das PESSOAS.

Mas hoje é sabadão. E eu estava até agora surfando na rede, quando encontrei uma nota sobre futuras mudanças no Facebook. A rede social que agrega quase dois bilhões de usuários no planeta quer estimular o vínculo relevante, as reais afinidades entre grupos para que a experiência relacional seja cada vez mais útil e inteligente (clique aqui).

Então, a questão não se restringe a PESSOAS ou algoritmos. A questão é PESSOAS E ALGORITMOS. Ainda não sei bem... Mas para os Comunicadores, acho que isso é uma inquietação que se reflete diretamente nos desafios da linguagem. E ela encontra muitas formas de se expressar. Isso me fez lembrar do mote do 38° Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PARA TODOS.

A identidade visual este ano coloca o elemento humano em evidência. A marca do evento literalmente abraça a PESSOA. Sugere a ideia de proteção aqui, agora e sempre. Sugere confiança no presente e no futuro. Que bom! 

A Shell está com uma campanha publicitária direcionada pelo conceito HUMANOLOGIA. Coincidência ou tendência? Coincidências não existem. Então acho que o recado é aproveitar as oportunidades para manifestar a melhor humanidade que há no ser humano.



E qual a vantagem de manifestar humanidade em um mundo tão adverso? Eu não sei a resposta para essa pergunta. Mas posso arriscar alguns palpites:

1. A humanidade pode nos redimir de nós mesmos e nossas falhas de comportamento mais primitivas.
2. A humanidade perdoa.
3. A humanidade se adapta e encontra soluções e respostas para as adversidades.
4. A humanidade é o vínculo relevante que nos une como espécie.
5. A humanidade pode ser uma resposta para a superação da escassez pela abundância.

Êpa! Viajei demais? Não! É só entender o que a plataforma Watson da IBM está fazendo pela medicina e perceber que existe uma convergência conceitual, uma complementaridade com a proposta de Mark Zuckerberg

Para finalizar este post, vou compartilhar aqui um vídeo que mostra na prática como na Pós Modernidade a leveza dos dinossauros se combina à estabilidade das borboletas, tema do meu post anterior (clique aqui). 

Troca intergeracional: Warren Buffett (86) e Bill Gates (61), amigos desde 1991. PESSOAS!! O primeiro, da área de finanças. O segundo da área de tecnologia da informação. Resultados: dois souberam como construir fortunas. Aprender a aprender: os dois souberam como operar novos mapas mentais em um mundo em mudança. Competência: os dois souberam como tratar estrategicamente informação. Interdependência: os dois souberam como e liderar e inspirar PESSOAS. Eles mudaram comportamentos globais. Influenciaram culturas. E assumem sem deslumbre nem ostentação a própria humanidade. 

Sei que o mundo é maior e pleno de inconsistências e desigualdades. Mas a fórmula do futuro que pode ser melhor para todos vai necessariamente combinar PESSOAS E ALGORITMOS.  Vou reler o livro HumanKind, de Tom Bernardin & Mark Tutssel, da Leo Burnett.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

O FUTURO VEM DO FUTURO

O título deste post tem autoria do professor Sílvio Meira. E eu adotei como um tipo mantra. 

O futuro é um conceito, uma perspectiva. Mas quem lida com as possibilidades e potenciais de suas  narrativas, utopias e também conhece suas distopias tem a responsabilidade de materializar e entregar um futuro de qualidade compartilhável.

O futuro não acontece exclusivamente por meio saltos, ainda que sua história possa sugerir assim. O futuro é também incremental. Acontece todos os dias, aos poucos, mesmo que nossa atenção não reconheça ou legitime esse processo. Aí, é óbvia a sensação de salto - mas muitas vezes trata-se apenas um lapso de percepção.



Há muito tempo, sempre questiono quem eu posso sobre a questão da destinação de dinheiro digital para proteção do futuro. Trocando em miúdos: com a infraestrutura e a legislação correta, a gente pode usar bitcoins, pontuação de cartão de crédito, milhagem, crédito de NF para uma poupança previdenciária?

Esse é o meu exercício de querer trazer o futuro para o presente. Este é o meu questionamento, que tem por base uma Educação Previdenciária como prática de sustentabilidade e consumo consciente de modo orgânico, articulado e integrado.

Hoje - nas redes sociais -  achei a primeira resposta convincente para essas minhas dúvidas. Ela vem nada mais nada menos do que Gustavo Cerbasi.



O arcaico é resistente, mas o futuro é fato

Mírian Leitão escreve sobre as resistências do arcaico. O arcaico é o maior obstáculo às fabulações sobre o futuro. Mas o futuro é fato! Se parte das instituições brasileiras preservam e cultuam arcaísmos, também há aquelas que, por exemplo, oferecem infraestrutura tecnológica para simular novos ambientes de negócio.

Pela perspectiva da Comunicação e da Educação Previdenciária,  essa convergência com a Tecnologia da Informação é estratégica e irreversível. Trata-se somente de uma questão de tempo, obsessão por resultados e da própria eficiência financeira.

A minha fabulação de futuro fala de decisões facilitadas e naturalizadas - como o uso do cinto de segurança. Não como modinha ou porque estou sujeita à multa... Mas como um dos recursos de pode dar mais proteção à minha vida em ambiente de risco! Estou falando de consciência e lógica! Consciência e lucidez são grandes estimulantes para quem quer viajar até o futuro sem sair do presente.

sexta-feira, 31 de março de 2017

A PARTIDA É O SUCESSO


Ontem, participei da primeira reunião de planejamento do 38° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão - CBFP. É o sétimo ano consecutivo de um trabalho minuciosamente estruturado. Meu mapa pessoal do CBFP inclui Recife, São Paulo, Florianópolis e Brasília. Este ano, o evento será aqui na megalópole paulistana.

Essas lembranças me fizeram pensar no que já vi e li sobre o navegador brasileiro Amir Klink. Sucesso não existe. O que existe é responsabilidade para atuar em um time técnico de elite e interdependente, maturidade e capacidade para superar imprevistos, trabalho duro, planejamento, planejamento, planejamento. E muito cuidado com cada detalhe. 

Coincidência ou não, Amir Klink foi economista e atuou no mercado financeiro no século passado, quando a economia no Brasil era caracterizada pela turbulência das grandes inflações. Ele não segurou a onda financeira. Preferiu o oceano.

A gente segue por aqui mesmo. A inflação é outra. Aprendemos a mantê-la sob constante vigilância. Mas voltamos a enfrentar aumento de taxa de desemprego, estamos em processo de terceirização e pejotização do mercado de trabalho e agora a longevidade também passou a compartilhar esse cenário. Estamos aprendendo a domar a corrupção.

Futurologia

Ninguém sabe ao certo o que vem por aí. O Chile não sabe. Lá modelo de previdência capitalizada está em crise. As administradoras de fundos de pensão operam desde 1981 para 10 milhões de trabalhadores. Mas os benefícios é menor que US$ 400/mês. Os chilenos estão reivindicando um sistema público de Previdência (Fonte: Lendo a Mídia Internacional). A Alemanha não sabe. Lá há um conflito de interesses entre sindicatos, patrocinadores, fundos de pensão, pequenas e médias empresas (Fonte: Lendo a Mídia Internacional).

O Brasil também está buscando um modelo que melhor atenda às características demográficas, políticas, econômicas de nosso país. Porque Previdência permite muita coisa, menos leviandade. Tudo é muito complexo. Cada decisão determinará uma entrega diferente. Não há "o melhor". Há o possível.

"Diria que nossa especialidade hoje é encontrar um equilíbrio entre inovação, tecnologia e viabilidade econômica". Amir Klink

O futuro - até onde podemos ver - vai depender do resultado das Reformas Trabalhista e Previdenciária e da agilidade para incorporar a diversidade dos trabalhadores à Previdência Complementar, por meio de inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação.

Para mim, esse momento é conceitualmente muito inspirador, motivador, cheio de entusiasmo. Tem muito mar no meu horizonte. E, como diz o poeta, viver é impreciso. Navegar é preciso! Bora lá?




Estou indo! Essa é minha partida. Esse é o meu momento de sucesso. O porvir é trabalho, trabalho, trabalho. Mas, e daí? Se esse trabalho que me trouxe até aqui conquistar novas partidas, valorizará a aventura da minha vida. Então, o desenho do plano para mais essa jornada já começou. E que ele me leve para novos portos. 


"Não existem planos perfeitos, nem viagem perfeita. Mas há um momento em que você precisa partir. [...] Os planos reduzem os riscos, mas não podem assegurar que tudo vai dar certo na viagem". Amir Klink

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

E-BOOK DO 37CBFP: UM PRESENTE QUE ANTECIPA O FUTURO

Imagine ganhar um presente que antecipe o futuro. Mais! Que te coloque em contato com o pensamento dos principais visionários que se dedicam a investigar as melhores condições para que você experimente esse futuro como realidade. 
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP) publicou o E-book que apresenta o núcleo temático da programação do 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, evento anual promovido pela ABRAPP e que, este ano, foi realizado em Florianópolis.
Para mim, que sou uma entusiasta de novos projetos de Comunicação, o E-book do Congresso é mais do que um memorial do evento. Trata-se de uma nova narrativa que - por meio de uma costura institucional discreta, enxuta e bem realizada - combina vídeos e imagens emblemáticas que expressam a grandeza do propósito da Previdência Complementar Fechada. 
Pelas contribuições trazidas por todos os palestrantes, autoridades, dirigentes, fica claro que são muitos os caminhos e trajetos que podem materializar a proteção previdenciária de qualidade para o futuro dos trabalhadores brasileiros e suas famílias. Mais do que isso: a Previdência Complementar Fechada é solução aliada ao desenvolvimento econômico e social do país.

Chamado: protagonismo
Em um ano crítico para o país - quando testemunhamos atônitos desvios de todas as naturezas - o E-book nos lembra todo o trabalho permanentemente realizado para sustentar a superação dessas distorções que tanto prejuízo acarretam para o universo a história da Previdência Complementar Fechada.
Registrar a construção contínua revigora a percepção de que muito foi feito e - apesar do trauma - uma grande parte está preservada e cumprindo seu papel de pagar benefícios previdenciários aos brasileiros que acreditaram nessa proposta e estão desfrutando do futuro de qualidade que tanto trabalhamos para materializar.
O protagonismo transcende os resultados institucionais e se estende para todos os operadores da Previdência Complementar Fechada. É esse protagonismo que pode acelerar uma consciência social sobre a efetividade de todo esse projeto de futuro.

Chamado: excelência técnica
Se há alguns anos a profissionalização da Previdência Complementar Fechada era uma aspiração, hoje ela é uma realização e uma marca: UniAbrapp. O mundo em Modo Beta exige essa transformação e atualização técnica permanentes. É só assim que se pode retribuir confiança com excelência: do atendimento ao pagamento de benefícios, da comunicação à rentabilização do patrimônio previdenciário, da escrituração contábil às decisões sustentadas por uma análise criteriosa dos riscos e oportunidades, da concessão de empréstimo pessoal à promoção da melhor governança e solução de conflitos. Todas essas interfaces são interdependentes e determinantes para o sucesso institucional.
A excelência técnica é um ativo que gera valor e efetividade financeira! É um patrimônio que, cada vez mais, conta pontos para a perenidade e sustentabilidade da Previdência Complementar Fechada. 

Chamado: ambiente de qualidade
Muitos dos desafios desse período de transição são estruturais e ainda ganharão nova configuração quando as Reformas Trabalhista, Previdenciária e Fiscal forem definidas e implementadas. Neste cenário de imprecisão, saber onde se quer chegar é decisivo para que se mantenha, promova e conquiste o melhor ambiente para a gestão da Previdência Complementar. Processos bem estruturados, planejamentos estratégicos com foco no longo prazo, resultados avaliados criticamente: não estamos falando de conceitos, mas de incontáveis ações contínuas que nos direcionam para a fazer o "futuro melhor" acontecer e evoluir por meio de novas regras, adoção de novas práticas, promoção de novas políticas. O momento exige muita habilidade para criar convergências que façam frente às instabilidades e divergências conjunturais.

Chamado: fortalecimento coletivo
Todos esses chamados capitaneados pela ABRAPP e registrados no E-book, para mim, lembram uma espécie de plano de voo aeroespacial com missão expansionista que só terá êxito se todos estiverem conscientes do propósito maior que orienta não uma aventura, mas um projeto de evolução civilizatória. É maior do que cada um. É a soma do compromisso de todos! 
Pela perspectiva da Comunicação, a iniciativa da ABRAPP em produzir este E-book deve ser acolhida, reconhecida, prestigiada e integrada aos corações e mentes conquistados pelo ideal da Previdência Complementar para todos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DE CURITIBA A LUANDA: NOVIDADES O QUE FAZEM O MUNDO GIRAR MELHOR

Para mim, a amizade em rede e a Comunicação em rede é melhor do que Prozac! Explico: esses últimos dias - por falta de notícias boas - escrevi pouco aqui no blogue. O desânimo não é bom para ninguém. 

Mas hoje tudo mudou! Logo cedo recebi um e-mail do querido professor Marcos Adlich, que também atua na área de planejamento estratégico da FIBRA.

Na mensagem, informações sobre um evento que acontecerá em Curitiba, no próximo dia 29 de novembro, para mostrar a experiência de  empresas que implantaram o sistema BPM (Business Process Management). A FIBRA é uma delas! Daí, eu quis saber:  o que o BPM faz? E o professor Marcos Adlich explicou: 

"É um caminho bem interessante, pela proposta de mover a empresa para, de fato, ser uma empresa do século 21. O BPM é um modelo que fornece um conjunto de soluções para aumento de performance, visibilidade gerencial, inovação organizacional, etc. Tudo alinhado ao direcionamento estratégico construído. Como um 'guarda-chuva' dos modelos de gestão existentes. Fortalece as perspectivas de gestão e de governança. Alcança todos os processos corporativos (a cadeia de valor do negócio). É uma metodologia facilitadora da implementação da estratégia organizacional que induz à ampliação da visão sistêmica e adiciona valor à relação com o cliente".

A TI e a consciência coletiva

Se o ser humano fosse perfeito, muitos avanços tecnológicos não teriam sentido. Para compensar a imperfeição é que existem sistemas e controles automatizados cada vez mais integrados, sistêmicos e potentes. Eles interagem com a inteligência que está nos bastidores dos processos. Colaboram para a evolução da gestão do conhecimento, do legado institucional. 

Isso é fascinante! Penso que se, por um lado, o Direito, a Filosofia, a Sociologia, a Comunicação, a Educação e outras áreas do conhecimento foram parcialmente efetivas em fornecer uma consciência prática sobre a vida em comum, por outro lado e no limite, a Gestão e a Tecnologia da Informação - por meio de dados, processos transparentes, rastreáveis e alta precisão - podem despertar nas PESSOAS essa consciência de integração, interdependência e coletividade. 

A cadeia de valor do negócio é alavancada porque ganha objetividade e segurança. A inteligência artificial é integrada à estratégia organizacional para criar uma estrutura cada vez mais orgânica. Parece futuro, mas é agora! Fico pensando no potencial desse método para gerar dados,  pistas e respostas que facilitem e promovam a Comunicação e a Educação Previdenciária (tags, rastreamento de áreas de interesse, previsão de demandas). Mas essas respostas só quem estiver em Curitiba e prestigiar o BPM Day vai descobrir. 

Brasil, Portugal & Angola

Depois do e-mail de Curitiba, recebi uma ligação de Belo Horizonte. O professor Ivan Sant'Ana Ernandes do outro lado da linha, me avisando que também dia 29 de novembro estará em Angola, no evento A PROTEÇÃO SOCIAL COMPLEMENTAR: PRESSUPOSTOS, EXIGÊNCIAS, BENEFÍCIOS E RISCOS, que será realizado na Escola Nacional de Administração (vinculada ao Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social).

Pela programação é composta por um painel dedicado a abordar o tema pela perspectiva local. Os especialistas angolanos falarão sobre o Regime Jurídico, Financiamento e das Associações Mutualistas. Já no painel internacional, será montada uma mesa redonda da qual participam representantes de três países: João Neto (Angola), Tereza Fernandes (Portugal) e Ivan Sant'Ana Ernandes (Brasil). Eles deverão apresentar as experiências, soluções e os desafios mais marcantes que cada país enfrenta na gestão previdenciária.

Fico pensando em como a bandeira da proteção previdenciária precisa ser estendida e fortalecida para além de fronteiras, dentro de corações e mentes das PESSOAS. E no potencial dessa rede de Comunicação que revela nossa interdependência e o valor de cada contribuição para o fortalecimento desse ideal que nos conecta e humaniza. Desejo sucesso e luz a todos que dia 29 de novembro estarão fazendo o mundo girar melhor!


terça-feira, 27 de setembro de 2016

INVENTAR É MISSÃO DE TODO DIA

Quem assistiu à palestra de Ricardo Guimarães durante o 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, deve ter notado o chamado que ele fez para as novas narrativas. Confesso que só consegui acompanhar os primeiros 20 minutos da apresentação. Precisei reassumir meu posto junto à TV ABRAPP. Mas a questão das novas narrativas, para mim, bateu forte, mais uma vez. 

Em nosso segmento, a Previdência Complementar, ela tem outros formatos: a linguagem não é simples; é técnica demais. A mensagem não chega ao jovem. O comportamento da sociedade não é de poupança de longo prazo. Fatos! Mas - até onde eu consigo acompanhar - são complexos até mesmo os conteúdos produzidos pelos jornais da tv aberta para, por exemplo, explicar a Reforma Previdenciária, que deve voltar à pauta após as eleições municipais.

Previdência, Previdência Complementar em país ainda jovem dificilmente é assunto trivial. Talvez em países com uma demografia diferente, onde a experiência de uso dos benefícios previdenciários é mais cotidiana. Aqui, ainda tem um tempo para a população vivenciar isso. Mas esse tempo é cada vez menor!

As novas narrativas

Onde eu transito, graças a Deus, consigo perceber uma atenção e uma predisposição a tentar novos formatos de expressão! Talvez seja sutil, mas há uma flexibilidade na aceitação de propostas novas. Deus criou o mundo durante seis dias. Por isso, ele é Deus. Nós temos que criar todos os dias. E não apenas mensagens. Temos que criar as justificativas para que elas se materializem com uma nova estética, apelos repaginados, argumentos reestruturados. 

Uma das minhas experiências com a construção dessas novas narrativas foi na campanha de divulgação do Congresso, que deixou de ser colaborativa - com a mensagem mais espontânea - para se transformar em institucional, com uma mensagem mais dirigida, combinação de imagens estáticas, locução e trilha sonora. Dos nove temas propostos, quatro foram realizados e divulgados pelas redes sociais da Associação Brasileira dos Fundos de Pensão (ABRAPP). No post anterior, também publiquei os vídeos (clique aqui).

Outra mudança foi com relação à realização de entrevistas para falar do planejamento e da montagem do Congresso. Até então, eram produzidas pautas para tratar dos principais movimentos realizados no pré-congresso. Tudo virou uma mensagem mais rápida, dinâmica e muito mais apoiada em imagem do que em explicações.



Claro! Exige muito mais planejamento, imaginação para criar contrastes. A natureza em Forianópolis, por exemplo, está pronta e é exuberante. A concorrência não é justa mas, para fazer o Congresso ser melhor a cada ano, todo mundo encara o desafio! Com a linguagem, não pode ser diferente.

Sem saltos

Ando às voltas com uma leitura bastante envolvente: A história secreta da criatividade - descubra como nascem as ideias que podem mudar o mundo, de Kevin Ashton (MIT). E o interessante da abordagem é que ele se posiciona radicalmente contra o mito do gênio criativo para assumir um estado de atenção focado no processo de criação, traduzido em trabalho, trabalho, trabalho.

"Criar é dar passos, e não saltos: encontrar um problema, resolvê-lo e repetir. A continuação dos passos vence. Os melhores artistas, cientistas, engenheiros, inventores, empreendedores e outros criadores são os que continuam avançando ao deparar com novos problemas, novas soluções, e novos problemas mais uma vez. A raiz da inovação é exatamente a mesma de quando a nossa espécie nasceu: olhar para alguma coisa e pensar "Posso melhorar isso". [p. 51]
E o livro é cheio de exemplos e histórias reais, aquelas que em geral são omitidas para reforçar o mito de que a criação é feita por eleitos. Nada disso! A criação é feita por nós que, todos os dias, buscamos novas expressões e soluções em ideias, palavras, sintaxe e semântica. Que buscamos recursos: imagens, sons, metáforas, analogias para democratizar nosso produto: a Previdência Complementar. 

Somos nós que recuperamos a reputação. Somos nós que cuidamos das avarias na imagem. Somos nós que incansavelmente militamos com a bandeira da Educação Previdenciária nas mãos. Não, não há saltos. Estamos trabalhando ao-rés-do-chão, no alicerce do conceito deste produto, para que a Previdência Complementar supere e se fortaleça nesse cenário de muitas crises e enormes incertezas.



sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PARA UM FUTURO MENOS DUVIDOSO

As malas estão prontas! Logo mais, parto para Florianópolis. Pelo quinto ano consecutivo estou entusiasmada com mais um trabalho pela TV ABRAPP para o 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão

Realizado pela ABRAPP, o evento é uma oportunidade para aprofundar aquilo que se conhece sobre Previdência Complementar. Em tempos nebulosos, um time muito bacana de profissionais vai se reunir para pensar o futuro de longo prazo no Brasil.

Pela TV ABRAPP, adianto que é um desafio criar pautas que tratem de construção de futuro, especialmente em horizontes ainda indefinidos. Pela frente, no mínimo, haverá uma Reforma da Previdência Social, uma Reforma Trabalhista e, com sorte, uma Reforma Tributária. Isso significa uma quase certa turbulência para o futuro imediato.


Mas miramos mais longe! Nossa ambição é maior. A gente pensa em desenvolvimento econômico e social em um cenário de cidadãos longevos. O país jovem está adulto e, em breve, envelhecerá. As soluções para esse novo contexto, definitivamente, passam pela Previdência Complementar.

Para ser materializada aqui, a sociedade ageless, como já acontece em países desenvolvidos, depende de condições adequadas - como estímulos tributários - e, principalmente, Educação Financeira e Previdenciária. Em resumo, precisa ser construída, porque os incentivos são insuficientes e as políticas de estímulo ao consumo terminam se sobrepondo aos apelos para atitudes e comportamentos previdentes.


Nada será como antes amanhã

Como será o amanhã? Essa é a pergunta que o 37° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão quer responder. E nós estaremos lá - com a TV ABRAPP - para registrar parte dessas respostas. Sabemos da responsabilidade. Afinal, as respostas serão para criar história no Brasil e no mundo. Afinal, a longevidade afeta a espécie humana em quase todo o planeta. Todos precisam de soluções.



A TV ABRAPP comemora cinco anos de atividades! Tudo começou também em Florianópolis. Hoje, o acervo conta 1.274 vídeos, com entrevistas, depoimentos, compactos de eventos e campanhas de divulgação. O conteúdo é acessado dentro e fora do Brasil. E tudo isso é graças à atitude colaborativa daqueles que, assim como nós,  querem que o conceito de Previdência Complementar chegue mais longe.



Quem não estiver presente ao 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, pode acompanhar parte das discussões e reflexões do evento, prestigiando e acompanhando o trabalho da TV ABRAPP. Pode também protagonizar uma ação estratégica para a difusão deste trabalho, compartilhando os vídeos, as notícias e toda a divulgação do Congresso em suas redes sociais! Sempre dá para fazer mais - especialmente em cenários de escassez. 


No espaço virtual, não importam as distâncias. Mas o conteúdo que se compartilha faz toda a diferença. Por isso, quanto mais longe nossas mensagens chegarem, mais gente pode ser transformada por nossas ações, posicionamentos, influências. Como será o amanhã? Será menos duvidoso, se cada um de nós se dispuser a fazer mais por ele.





segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ENFIM, ATENÇÃO E INFORMAÇÃO!

Se a Reforma da Previdência em curso resolverá parte do déficit público e será um sistema que proteja os idosos sem punir os mais jovens, isso ainda não dá para saber. Mas uma coisa é certa! A pauta está ganhando várias abordagens interessantes e isso, pela perspectiva da Comunicação e Educação Previdenciária, além de inédito, pode ajudar a diminuir a distância, desconhecimento, resistência e indiferença da sociedade em relação ao planejamento do futuro.

No Brasil, jovem tem medo do futuro

Publicada pelo OESP, a matéria A geração que sabe o que vai mudar na Previdência, mas não quer pensar nisso mostra algumas pesquisas, realizadas por diferentes instituições, que apontam para falha de Comunicação com as gerações mais jovens. Apesar disso, segundo a FenaPrevi e o Instituto Ipsos, "62% dos jovens entre 23 e 34 anos já ouviram falar a respeito de mudanças que o atual governo pretende fazer nas regras da Previdência, número superior à média geral (54%) e de grupos mais próximos de se aposentar, como a faixa de 50 a 59 anos (46%)".

Mesmo sabendo, o jovem ainda não quer parar para pensar em respostas ao planejamento de longo prazo. Mas não é sem motivo. No Brasil, historicamente, não há um ambiente estável o suficiente e incentivo para que o comportamento seja diferente do consumo e do imediatismo. Não há cultura de poupança de longo prazo. Em razão da crise econômica, em 2015 e 2016 o Banco Central registrou as maiores evasões de recursos financeiros das cadernetas de poupança em toda sua história. 

Em países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Japão e Holanda, dos jovens nascidos a partir de 1980 até a virada do século, 77% querem saber como será sua aposentadoria. No Brasil, esse número é de 48%. Por não saber lidar com a verdade, por medo do futuro, o jovem brasileiro prefere não saber como será o futuro financeiro na terceira idade.


Gráfico publicado na matéria Previdência: Governo vai propor alterar regras para trabalhador na ativa

Sim, quando queremos, nós fazemos acontecer!

A segunda matéria que quero destacar aqui foi As quatro lições das Olimpíadas para a previdência brasileira, publicada pela Mercer Gama. A análise mostra que é possível mudar uma realidade, quando os interesses convergem. É possível fazer uma Comunicação de qualidade, de respeito que mobilize o interesse coletivo. É possível encontrar soluções locais, dialogando com modelos globais.
A Reforma da Previdência Social será uma janela de oportunidade? Ainda não sabemos. Mas sabemos que podemos fazer história! Essa é uma oportunidade real para o protagonismo. Isso é fato!
Portanto, quanto mais as análises, os comparativos, os pareceres, as interpretações produzirem eco, melhor será o ambiente para que os jovens - já sensibilizados pela mudança em curso - vençam o medo do futuro, da terceira idade, do  desamparo social, da exclusão, do preconceito.  Tudo isso não é fantasma! É realidade que pode ser transformada com coragem, responsabilidade, consciência, envolvimento, com protagonismo.
No passado, nós não tínhamos o nível de orientação que hoje a Educação Financeira e Previdenciária nos oferece. Hoje, temos o trabalho muito competente de profissionais como Gustavo Cerbasi, Mara Luquet, Samy Dana, Conrado Navarro, André Massaro, Denise Campos de Toledo e tantos outros nomes envolvidos com a superação desse desconhecimento pela sociedade, porque interagem diariamente com o público pelo rádio, pela televisão, pelas redes sociais, em palestras, em salas de aula.
O que eles fazem ainda não é suficiente. Mas é muito mais expressão, envolvimento, movimento do que eu conhecia quando entrei no mercado de trabalho.

FGTS para subsidiar a Previdência Complementar

Por enquanto, a notícia publicada pela Época Negócios - Governo Temer quer mudar regras do FGTS -  me parece ser uma das poucas a tratar de uma política pública de incentivo à poupança de longo prazo. Há controvérsias sobre a utilização do FGTS. Mas, ao menos, o texto aponta para uma conexão entre reforma e poupança de longo prazo. 
Ainda que as soluções para a poupança de longo prazo não estejam claramente delineadas, ao menos elas estão em discussão e a mídia está registrando os movimentos.
Aqui, acho melhor recorrer à literatura, para sustentar essa mudança. O livro O mito do governo grátis, de Paulo Rabello de Castro, trata do tema:
"O fato é que uma parcela significativa da poupança do trabalhador é arrecadada pelo INSS e pelo FGTS. São recolhimentos compulsórios. Mais de 20% da renda mensal do trabalhador brasileiro é desviada para a formação de uma 'poupança' compulsória, - poupança entre aspas, porque a arrecadação previdenciária é convertida em consumo pelos aposentados atuais, em função do regime em vigor, de participação simples da receita do INSS. No caso do FGTS, o fundo até existe, porém sem a participação decisória dos trabalhadores na direção da aplicação dos recursos.[...] No futuro processo de acumulação de capital pela população, o governo deixará de carregar passivos previdenciários que não tenham lastro em ativos. Esta é a proposta em síntese. Só um governo grátis deixa de formar reservas para honrar seus futuros compromissos. É, infelizmente, o caso do Brasil atual (2014). O governo terá que renegociar sua presença ineficiente como gestor nos recursos de seguridade social da população. Em seguida, o governo terá que lastrear passo a passo, os direitos previdenciários preexistentes, com ações e direitos reais, hoje em poder do Estado, a serem incorporados à riqueza coletiva da sociedade [...]. O governo diminuirá, então, sua exposição futura a novas obrigações sem lastro, usando ativos existentes em seu balanço patrimonial para reduzir o passivo previdenciário a descoberto no futuro". [p.440 e 441]
Previdência está longe de ser um tema trivial. Mas - devidamente gerido - é um instrumento de geração de alto impacto social (para o bem e para o mal). Por isso, exige empenho de todos. De quem tem medo. De quem sabe. De quem trabalha com no Sistema. De quem quer um futuro melhor. Tudo pode somar para que esse seja realmente um processo de evolução daquilo que conhecemos. Daquilo que sabemos que não pode mais ser como é.
O futuro: ninguém sabe como será, mas nós temos planos, muitos planos para que ele seja melhor! Para encerrar, Paulo Rabello de Castro à TV ABRAPP. O vídeo é de 2014.




sexta-feira, 17 de junho de 2016

TEMPO: DE EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL A PROCESSO COLETIVO


Quem trabalha com Previdência Complementar é sistematicamente atormentado pela pergunta: por que o produto/serviço que eu ofereço não tem apelo junto ao público?

As respostas para essa questão são muitas e todas reais: 
1. no Brasil não temos cultura previdenciária
2. sem cultura previdenciária, o trabalhador não faz planejamento de vida de longo prazo
3. sem planejamento, o trabalhador não poupa para a aposentadoria durante a carreira
4. poupança é renúncia de consumo/satisfação imediata
5. poupança é sacrifício
6. a ideia de aposentadoria é rejeitada/negada por ser associada a decadência, tristeza, fragilidade, dependência
5. apenas uma parte ainda muito pequena da população no Brasil não se enquadra nas evidências e estatísticas anteriores.


 
Post publicado pela OAB PREV - MG

Também é preciso reconhecer que, no Brasil, a longevidade é um fenômeno do século 21. Na Europa, por exemplo, já no século 20, a longevidade deixou de ser uma experiência individual para se transformar em processo vivenciado coletivamente.  

No Brasil, a longevidade e o envelhecimento são uma realidade nada atraente.
Sem referências positivas, o imaginário demora mais para assimilar tudo o que os dados estatísticos registram, antecipam e representam. Sem referências positivas que sinalizem para outras possibilidades, prevalecem as resistências às transformações.


"(...) na França metropolitana, pessoas de 85 anos ou mais, que representavam 0,5% da população em 1950, são 2,7% em 2012 e deverão representar 7,5% da população em 2050. Já o número de centenários passou de 200 em 1950 a 17.000 hoje, devendo chegar a 60.000 em 2050. É o que os demógrafos chamam de 'envelhecimento no envelhecimento'.
Tal fenômeno é acompanhado de um aumento da expectativa de vida sem incapacidades e da chegada à idade avançada de pessoas em condições físicas relativamente boa. Essa realidade é ocultada pela focalização de políticos e dos meios de comunicação nas pessoas idosas que vão mal, que sofrem de alguma deficiência física ou psíquica e não conseguem mais realizar sozinhas certas atividades básicas da vida cotidiana, como a higiene pessoal, vestir-se ou alimentar-se". [*]
A experiência com o tempo depende de condições objetivas (ambientais, econômicas e sociais). É também uma relação simbólica que envolve valores e referências que se transformam permanentemente. No Brasil, o envelhecimento e a longevidade ainda são associados às mudanças físicas. Na França, o envelhecimento e a longevidade são associados a novas possibilidades e oportunidade de adaptação permanente (para superar as limitações funcionais, por exemplo).

Objeto do desejo

Ainda que o envelhecimento não tenha status de objeto do desejo, ele pode ser interpretado e vivenciado de formas diferentes em lugares diferentes. A "experiência de uso" mais realista, pragmática e positiva da longevidade termina ressignificando o envelhecimento como um processo de formação de patrimônio pessoal que não se restringe aos bens financeiros e contempla também a experiência de vida,  a qualidade, o equilíbrio emocional, a liberdade, a independência e autonomia. Reconhecido e legitimado, esse patrimônio pessoal passa a ser identificado como objeto de atenção paras gerações mais jovens, que o associam a respeito e fator de sucesso.
"Os indivíduos contemporâneos são convidados a ser atores e responsáveis por sua vida e a decidir por si mesmos quanto a sua existência. Em outras palavras, a matriz cultural segundo a qual a vida é um 'projeto', exigindo que sejam feitas escolhas, está no cerne da modernidade". [*]
Não dá para saber se em lugares economicamente mais desenvolvidos - como é o caso da França - os jovens fazem associação imediata entre longevidade e Previdência Complementar ou plano de futuro. Mas dá para entender que o imaginário sobre envelhecimento e longevidade já inclui elementos de felicidade e plenitude. E ainda que a felicidade seja fugaz, como a juventude, graças a essa real "experiência de uso do tempo", a longevidade e o envelhecimento ganham uma feição, no mínimo, mais simpática.



O distante cada vez mais próximo

O envelhecimento está mais próximo para todos. Isso é fato! Menos natalidade e maior expectativa de vida são a base da fórmula. Vamos esperar que a experiência coletiva faça evoluir o imaginário, a cultura e a relação com o tempo.

Se viveremos mais e se o tempo de envelhecer será maior do que o da juventude, então será mais lógico e confortável fazermos as pazes com ele, ao invés desperdiçar energia rejeitando e combatendo a realidade. Sabedoria e equilíbrio para todos agora! E, no futuro, eu não sei bem se plano de aposentadoria. Mas planos para vidas cada vez mais longas, certamente!

[*] Trechos do artigo Da terceira idade à idade avançada: a conquista da velhice, de Vicent Caradec, publicado no livro Velho é lindo!, de Mirian Goldenberg. Civilização Brasileira, 2016.