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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PLANEJAMENTO 2018 EXIGE REDES SOCIAIS!


O que você está fazendo neste momento? Contabilizando os resultados de 2017? Plano de ações 2018? Seja lá o que for, mantenha em mente: priorize as redes sociais em seus projetos. Se não der para priorizar, ao menos inclua! Depois, faça acontecer. Produza e compartilhe muito conteúdo de qualidade. Construa novos apelos. Monitore os indicadores. Acredite. Invista. 

Comunicação é uma relação de longo prazo, que se estabelece com a razão, o coração, a memória, o imaginário do interlocutor. Comunicação estabelece novas sintaxes e ressignifica a semântica. Parece simples, só que não!


Se você acha que estou de muito blá-blá-blá, então ligue a televisão, acesse o Youtube e investigue por você mesmo, Cara Pálida. Aqui eu vou te dar só um drops. O mercado está disputando a tapa o coração, a mente, o bolso do seu participante/assistido/cliente. E presta atenção na linguagem. Metáfora com receita de bolo de dinheiro? É! Os caras da Órama mandaram muito bem! E fazem tudo para interagir com o participante/assistido/cliente.


Previdência: um papo mais popular

A visibilidade que a Reforma da Previdência deu ao tema também mobilizou o mercado para criar apelos de oportunidade. Já mostrei aqui no Conversação a campanha do Bradesco para os "previstos". Por isso, agora, acho que vale mostrar então a campanha  "língua do P", da Caixa Econômica.



Prestou atenção? Não há obstáculos (rendimento insuficiente, previdência é desconto, previdência é incompreensível) para o "call to action". Há foco no que precisa ser feito. No resultado que precisa ser conquistado.

Ó os aplicativos aí, gente!

E não são apenas os tubarões que estão aí, seduzindo o seu participante/assistido/cliente. Já experimentou buscar no Youtube "aplicativo para poupar dinheiro"? A rede social devolve para você mais de 11 mil respostas em vídeo. Tem tutorial, orientação, comparativo de tudo. Se der moleza, já sabe! Aquela contribuição extraordinária que poderia somar para o patrimônio previdenciário pode ter outro destino.

Como é que se compete, como é que se nada nesse rio? Com coragem e um planejamento estratégico que associe metas a ações integradas de Comunicação em todas as modalidades, 360º! Então, para encerrar o post e não o papo, que tal a campanha do app da Next? Por enquanto, só foi veiculada em redes sociais. Mas é de lascar!


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER!


Será que a Reforma da Previdência sai ainda em 2017? Esta semana, a TV Cultura apresentou uma edição temática do programa Roda Viva. Só feras debatendo essa questão da Reforma da Previdência, com dados estatísticos, cálculos orçamentários, projeções tributárias tudo muito atualizado. 
Se, até há dois anos, o tema não era notícia, agora é! Se, até há dois anos, o vocabulário era um obstáculo ao significado, isso não acontece mais. Os fatos estão aí. Só não enxerga quem não quer. Só polemiza quem quer. Há outras forma de fazer a Reforma? Isso é outra questão! Há poucas semanas, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, foi sabatinado sobre vários temas econômicos pela bancada do Roda Viva. A Reforma da Previdência foi só um dos assuntos. Muito didaticamente, ele explicou que o nome "reforma" dá a ideia equivocada de formato definitivo quanto, de verdade, trata-se de um processo dinâmico; não termina porque a demografia, a economia, a sociedade, a política são orgânicas. (clique aqui para ver mais).

A demografia é transgressiva

Nesta semana, Fábio Giambiagi - uma das maiores autoridades sobre Previdência no mundo e no Brasil -  explicou que a reforma está em debate há 20 anos. Enquanto isso, o cenário está mudando, alheio aos interesses em jogo. Enquanto falamos muito, falamos muito, falamos muuuuito deixamos o bonde passar. O bônus demográfico já acabou. A longevidade está instalada, sem a estrutura que poderia ter sido objeto de política públicas. E agora não dá mais para fugir. Se fugir, o cenário apocalíptico do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, da Venezuela, da Grécia será generalizado. A demografia ignora leis e a longevidade é democrática. Atinge a todos!



Outra questão debatida, que me parece bastante pertinente é a velha história de que não há cultura previdenciária no Brasil. Quem explica a impopularidade do tema é outra autoridade: Paulo Tafner. Ele explica que em nenhum país do mundo, os cidadãos saem felizes às ruas, motivados por ajustes e reformas previdenciárias. No Brasil, a questão é um pouco mais crítica, em razão da experiência cruel com pagamentos de impostos sem retorno.
A economista Zeina Latif destacou o trabalho da imprensa, empenhada em incluir a pauta por diferentes abordagens. Concordo! Naquela mesma noite, no Jornal Nacional, o relatório analítico do Banco Mundial com as recomendações - inclusive sobre os salários dos servidores públicos - era divulgado pelo Jornal Nacional. (clique aqui)
Sei que a amostragem é cientificamente irrelevante, mas estou escrevendo um post de um blogue. Então, aqui, significa! E, como trabalho com Comunicação especializada em Previdência Complementar desde 1991, acho que essa experiência acumulada também significa!
Para encerrar, o âncora do Roda Viva, Augusto Nunes, fala sobre pesquisas que mostram que a sociedade já entendeu a necessidade da Reforma. Quem está causando, então, é certamente quem está com o futuro garantido.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A ESPONTANEIDADE É UMA LIÇÃO INTEIRA DE VIDA

Isabela e Adriana Carvalho Vieira
Trabalhar com Comunicação no mundo em modo beta [sempre inacabado] surpreende e mantém uma perplexidade contínua com aquela pergunta inquietante: e agora?

No último sábado, eu estava navegando na rede social e parei para assistir a um vídeo postado pela advogada e amiga Adriana Carvalho Vieira. Ela costuma registrar e compartilhar momentos familiares que - juntos - compõem uma crônica afetiva do cotidiano. Eu curto ver!!!!! 

E foi assim, com esse espírito desarmado, que 30 segundos de Isabela (a caçula da Adriana) e o Pirata (o dono da casa da Adriana) me transportaram sem escalas para a esfera das teorias todas da Comunicação, Sociologia da Linguagem, Filosofia da Linguagem, Antropologia... Eu pensei em tudo misturado e ao mesmo tempo.


Um salto no século

Para quem não viveu aquela época, o século 20 foi um tempo em que as PESSOAS diziam: "Dá a patinha!" . O animal, quase sempre respondia à súplica com indolência ou indiferença. Entretanto, a Isabela e o Pirata mostram que no século 21 as coisas são bem diferentes. Ela comanda: "Toca aí mano!". E ele não só entende como ainda corresponde intransitivamente.
"Ensinai, ó Pai, o que eu ainda não sei". Gilberto Gil

Penso que, como eu, meus mestres dificilmente teriam respostas para as questões sobre as mudanças na Comunicação e no mundo de hoje. A crescente importância que os dados assumem nas mensagens. O descompromisso com a verdade. O comprometimento da ética. O lucro a qualquer custo. Tudo isso entra em doses diferentes nas informações que consumimos diariamente. Capitalismo na veia faz trocar espontaneidade e poesia por lógica e dinheiro. 

E a vida acontece à parte de tudo isso. Talvez nem sempre tenhamos olhos ou tempo para ver. Talvez estejamos indolentes e indiferentes à vida, preocupados e ocupados com os apelos capitalistas e o olho do furacão do mercado de trabalho. Não tenho respostas ainda. Só inquietação e aquela pergunta insistente: e agora?

Além dos algorítimos e apocalipse

O vídeo da Isabela e do Pirata me fez querer estar em um futuro diferente daquele que os especialistas têm preconizado: robôs, algorítimos, desemprego, desamparo e apocalipse. Eu quero construir novas narrativas de futuro, porque há muito tempo esse tem sido o meu trabalho, como operária da Previdência Complementar em um país tão desigual, como o Brasil.

E eu espero que, no futuro, o trabalho que estamos construindo seja solução significativa em maior escala também para as PESSOAS do século 21. Eu espero, de coração, que tenhamos muitas respostas e novas histórias de vida não apenas mais longevas, mas humanas, plenas, sensíveis e felizes - versão evoluída de nós mesmos.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O PRÓXIMO PASSO É O PROPÓSITO AGORA!


Esta imagem é de uma campanha feita pela Johnnie Walker, em 2011. Lembrei dela porque nestes dois últimos dias, reencontrei um amigo de Curitiba: o advogado Alexandre Barbur, da Fundação Copel, que me cobrou a atualização do Conversação. Fiquei muito feliz com o encontro e com a atitude dele. Fizeram com que eu refletisse sobre as informações que nos incomodam. Porque nestes andei fazendo muita coisa, mas quase tudo em silêncio.

Para mim, só o silêncio me localiza no caos. O silêncio me dá oportunidade para reorganizar o pensamento e buscar a minha própria expressão. Meu silêncio é muito ativo. Empenho meu silêncio em pesquisa. Quero saber o que os outros estão fazendo e pensando para lidar com o caos do mundo. As soluções, os conflitos, as novas histórias. Acho que é mais ou menos assim:mergulho, me reorganizo e volto para a superfície. Aí sim, dá para fazer barulho novamente!

Desde junho, fui para Curitiba conhecer o trabalho incrível de gestão estratégica e indicadores, feito pelo genial Marcos Adlich, da Fundação Fibra, assisti em São Paulo ao curso de governança por indicadores, de Márcio Medeiros, da Funpresp-Jud. Li bastante. Pela TV ABRAPP, trabalhei no excelente 12º ENAPCDe alguma forma, todas essas fontes e referências estarão reunidas, organizadas, linearizadas em um curso que preparei para apresentar na Fundação Real Grandeza






Comunicação é como preparar um bolo: você junta muitos ingredientes, num jeito de fazer só seu, e depois compartilha com as PESSOAS. Comunicação é como deixar a casa arrumada e confortável para aqueles que vivem nela. Comunicação é fazer sentido para si e o mundo, porque Comunicação é relacional. Comunicação exige responsabilidade e compromisso. É por isso que estou aqui escrevendo agora. O reencontro com o Alexandre Barbur me alertou para isso!

Mesmo que o caos do mundo pareça intransponível, você só tem que continuar com seus passos, seus posts, seus vídeos, suas aulas, suas conversas. É assim que você vai se ocupando, lapidando a própria expressão, enquanto atravessa o caos para escrever sua própria história. Gigantes da indústria da bebida como Jonhnie Walker, Veuve Cliquot, Coca-Cola (que já foi elixir e levava álcool na composição) passaram por guerras e sobreviveram a ambientes de muita escassez. 


A história institucional que escreveram transformou a vida em cadeia: os consumidores, os trabalhadores, os parceiros, os concorrentes em todo o mundo. Essas empresas se reinventam, conquistam novas PESSOAS. Estão além do tempo e do caos, fiéis a propósitos e sonhos que as inspiram. Difícil acreditar que, na prática, tudo começou com um gole, uma garrafa, alguns grãos, um xarope, algumas uvas e uma fórmula de obstinação na conquista de paladares, bolsos, corações, mentes, mercados e mundo.

Por isso, para encerrar essa prosa, acho que vale rever o filme e buscar o impulso para o próximo passo. Obrigada Alexandre Balbur! Neste momento, eu superei meu silêncio.


segunda-feira, 29 de maio de 2017

FUTURO NÃO EXISTE. POR ISSO, A GENTE CRIA!

M-E-D-O. Já parou para pensar nisso? É um exercício importante para quem faz Comunicação e Educação Previdenciária. Muitas das narrativas sobre o futuro utilizam o medo como instrumento didático: a qualidade do futuro depende das suas escolhas presentes (olha o dedo apontando para o outro). Esse talvez seja o mantra que melhor sintetiza o trabalho que fazemos. E está certo! 

A mensagem está correta, mas a entonação pode mudar o significado. Fico pensando no mosaico de imagens que pode sustentar a afirmação: Você é responsável pela qualidade do seu futuro. Depende da minha intenção. Só de farra, sugiro três vieses. Pode ser fragilidade, vulnerabilidade, exclusão (medo). Pode ser independência, liberdade, autonomia (responsabilidade). Pode ser abertura a possibilidades, o desconhecido, o indeterminado (aventura). De propósito, não vou usar imagens aqui. Imagine você, Cara Pálida, seu próprio mosaico.

Para o primeiro viés, as imagens são quase óbvias. O medo é atávico. Território conhecido. Lugar comum. O medo virou moda! O medo vende! O medo é organizador de nossas vidas. Essas ideias foram discutidas em um episódio recente do programa Terradois (clique aqui). O medo real está associado a instinto de preservação. O medo irreal é fruto da ilusão. Tem muita diferença!

A caracterização da imagem para o segundo viés, responsabilidade, já exige outros recursos de imaginação para chegar a uma solução. E assim este post vai quase se transformando em um laboratório de Comunicação. Responsabilidade é séria? Séria e sisuda? Séria e simpática? "Disciplina é liberdade". Criar essa imagem que mostre o lado livre da responsabilidade exige mais criatividade, mais r-e-p-e-r-t-ó-r-i-o, conteúdo.

O terceiro viés é ainda mais amplo. Aventura para o futuro? Que futuro? O tecnológico, o território desconhecido onde eu tenho todas as escolhas, todas as possibilidades? Onde eu escolho o que eu quiser? Sim! Inclusive de não querer o serviço que está sendo vendido. Ah! Então, se o propósito é venda, essa proposta de abordagem não faz sentido, não merece atenção, pode ser descartada. Não! Não! Não, Cara Pálida! Essa proposta traz uma essência de diversidade e respeito, marcas do século 21.



Medo da estagnação ou medo de crescer?

Uma conversa informal, há duas semanas, me faz refletir sobre uma pergunta: a Previdência Complementar Fechada tem mais medo da estagnação ou do crescimento? Ainda não tenho a resposta mas estou apostando na segunda, mesmo considerando aquela orientação bíblica que tanto me encanta: "há tempo para tudo".

O crescimento é o que vai exigir novos esforços, novas soluções, novas responsabilidades. Tenho fôlego para fazer mais? Só saberei se me dispuser a fazer, claro! Sou pequena, eu-preendedora. Dá para competir com quem é maior? Só saberei se me dispuser a competir, claro! Tenho que, com entusiasmo, colocar na mesa aquilo que eu sei fazer de melhor para contribuir. Ter humildade para aceitar que o meu melhor pode não ser suficiente. Mas pode ser combinado a outras forças para compensar as insuficiências. O que eu não posso é me render ao medo.

Antes de vender o futuro de aventura, possibilidade, respeito e diversidade, eu preciso aceitar o conceito geral e os específicos. Eu preciso entender cada valor. A tecnologia pode ajudar na escala, mas só vai gerar resultados se os parâmetros forem claros, precisos. A tecnologia pode ajudar a alavancar o quantitativo: agilizar processos para ganhar tempo, organizar volumes maiores de dados para potencializar coberturas, compartilhar orientações, para subsidiar decisões. A tecnologia pavimenta o caminho.

Afinal, em breve, a Comunicação e a Educação precisarão vender o futuro para profissionais liberais: os planos setoriais estão chegando! Os planos setoriais terão de transformar a qualidade de futuro em objeto de desejo para familiares de Participantes e Assistidos da Previdência Complementar. Para quem não tem patrocinador. Para quem ainda não aprendeu a fazer escolhas. Para "clientes" volúveis, instáveis, possivelmente infiéis, mas que vão viver muito, com nenhuma, pouca, alguma ou a melhor proteção previdenciária... Depende do êxito do trabalho que eu fizer.

Penso que os planos setoriais têm muito potencial para desencadear uma transformação estrutural no jeito de fazer, nos paradigmas da Previdência Complementar Fechada. Se isso acontecer, estaremos contribuindo para transformar comportamentos e modos de ser da sociedade. Isso é muito ambicioso! Mas acho que um futuro diferente do presente, no mínimo [para não ser suspeito], exige muita audácia e novas narrativas para se chegar lá. 

terça-feira, 2 de maio de 2017

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: BRINCADEIRA DE CRIANÇA... SQN!



Neste feriado, parei para pensar nas resistências que comunicadores e educadores da Previdência Complementar enfrentam na realização deste trabalho tão revolucionário e estratégico. A começar por nós mesmos! Os resultados em Comunicação e Educação são construídos no longo prazo.
Mas é comum lidarmos com a frustração de não alcançar o dado, o número, a resposta, o resultado que queremos simplesmente porque a ação que implantamos precisa de mais tempo, o que é incompatível com o imediatismo que demanda decisões pela  descontinuidade nas mensagens, nos processos, nos canais que tanto trabalhamos para criar.

Imediatismos e restrições orçamentárias dificultam que tenhamos um histórico consistente que nos aponte tendências, preferências, interesses dos públicos com os quais trabalhamos. Mesmo com a legislação a favor de comunicadores e educadores da Previdência Complementar a partir de 2008, a crise econômica dos últimos dois anos provocou retração também no trabalho de Comunicação e Educação em expansão até então.

Some à instabilidade do ambiente, as resistências de segmentos do público estratégico que mais deveria se interessar e fortalecer o ecossistema comunicacional em que a Previdência Complementar se estabelece. Afinal, teoricamente, quem tem expectativa de uso (Participantes) e quem tem experiência de uso (Assistidos) dos benefícios deveriam ser os maiores defensores da Previdência Complementar que, por natureza e só para começar, não tem finalidade lucrativa.


Estratégia e perseverança

É preciso compensar o ambiente desfavorável com muita estratégia e perseverança. Às vezes, reformular a mensagem ajuda a revitalizar e ativar um canal que em algumas empresas já não existe: o mural.

Ah! Até em elevadores, o bom e velho mural foi substituído pelos monitores que veiculam mensagens digitais. Mas em alguns lugares, eles ainda existem. Na semana passada, vi alguns deles. O analógico e o digital! Para comunicadores e educadores, tudo é suporte, tudo é recurso. Mas às vezes precisa ser refuncionalizado para dar relevância às mensagens e ganhar relevância como meio.

Penso que a técnica exige fôlego para  implantar meios, segmentar públicos, elaborar mensagens, ativar canais. Mas a negociação para aprovar essa estrutura e esses processos e programas de Comunicação e Educação é ainda mais complexa, porque esbarra na cultura institucional que pode ou não favorecer o trabalho.

Também penso que os números são poderosos aliados em situação de impasse cultural. As prioridades podem ser estabelecidas com base nos números. Autoatendimento ou atendimento personalizado? Cada modelo demanda um custo, uma infraestrutura, um tempo, uma escala. O que é mais viável para o seu planejamento?

Blogue ou rede social? Conteúdo autoral ou clipping? Que perfil de consumo de mensagens tem o seu público? E se a resposta for conteúdo híbrido? Quem desenvolve a curadoria? O mesmo vale para mensagens SMS e Whatsapp.

É simplista pensar que existem respostas fáceis. É simplista achar que existe retorno rápido. Tudo deve ser construído, testado, adaptado, ajustado para cada público. Mas é certo pensar que, com o tempo, os processos vão ganhando sintonia fina e os resultados cada vez maiores e mais sólidos. Não existe milagre. Se a lâmpada funcionou, foi porque Thomas Edison acreditou na viabilidade, insistiu e trabalhou até a ideia virar realidade.


Fiquei muito feliz com a programação do 2º Encontro Nacional de Comunicação, Relacionamento e Educação da Previdência Complementar, que a ABRAPP realiza na próxima semana no Rio de Janeiro (clique aqui). Tem comemoração à Semana de Educação Financeira, tem inclusão da família, envolvimento dos dirigentes. Mas acho que o que mais me deixou curiosa foi o tema da palestra de encerramento: Inovação: crescimento disruptivo, apresentada pelo fundador da cervejaria Wäls. 

Acho que nos bastidores da apresentação estará uma ideia que hoje tem me provocado: quais soluções e respostas os pequenos têm para virar o jogo? Tamanho é documento? Como se constrói uma cultura com foco no futuro? Como se constrói o engajamento nesta cultura, quando o futuro é só uma possibilidade?

A minha inquietação é uma forma de resistência. Eu preciso dessa resistência em ambientes desfavoráveis, incômodos. As respostas que eu quero encontrar me ajudam a formular novos mapas para trilhar esse ambiente que rejeita amadores (será que algum dia será diferente?). E a esperança, que me trouxe até aqui, é a mesma que vai me ajudar a transformar o que eu conheço no futuro que eu quero alcançar.

sexta-feira, 31 de março de 2017

A PARTIDA É O SUCESSO


Ontem, participei da primeira reunião de planejamento do 38° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão - CBFP. É o sétimo ano consecutivo de um trabalho minuciosamente estruturado. Meu mapa pessoal do CBFP inclui Recife, São Paulo, Florianópolis e Brasília. Este ano, o evento será aqui na megalópole paulistana.

Essas lembranças me fizeram pensar no que já vi e li sobre o navegador brasileiro Amir Klink. Sucesso não existe. O que existe é responsabilidade para atuar em um time técnico de elite e interdependente, maturidade e capacidade para superar imprevistos, trabalho duro, planejamento, planejamento, planejamento. E muito cuidado com cada detalhe. 

Coincidência ou não, Amir Klink foi economista e atuou no mercado financeiro no século passado, quando a economia no Brasil era caracterizada pela turbulência das grandes inflações. Ele não segurou a onda financeira. Preferiu o oceano.

A gente segue por aqui mesmo. A inflação é outra. Aprendemos a mantê-la sob constante vigilância. Mas voltamos a enfrentar aumento de taxa de desemprego, estamos em processo de terceirização e pejotização do mercado de trabalho e agora a longevidade também passou a compartilhar esse cenário. Estamos aprendendo a domar a corrupção.

Futurologia

Ninguém sabe ao certo o que vem por aí. O Chile não sabe. Lá modelo de previdência capitalizada está em crise. As administradoras de fundos de pensão operam desde 1981 para 10 milhões de trabalhadores. Mas os benefícios é menor que US$ 400/mês. Os chilenos estão reivindicando um sistema público de Previdência (Fonte: Lendo a Mídia Internacional). A Alemanha não sabe. Lá há um conflito de interesses entre sindicatos, patrocinadores, fundos de pensão, pequenas e médias empresas (Fonte: Lendo a Mídia Internacional).

O Brasil também está buscando um modelo que melhor atenda às características demográficas, políticas, econômicas de nosso país. Porque Previdência permite muita coisa, menos leviandade. Tudo é muito complexo. Cada decisão determinará uma entrega diferente. Não há "o melhor". Há o possível.

"Diria que nossa especialidade hoje é encontrar um equilíbrio entre inovação, tecnologia e viabilidade econômica". Amir Klink

O futuro - até onde podemos ver - vai depender do resultado das Reformas Trabalhista e Previdenciária e da agilidade para incorporar a diversidade dos trabalhadores à Previdência Complementar, por meio de inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação.

Para mim, esse momento é conceitualmente muito inspirador, motivador, cheio de entusiasmo. Tem muito mar no meu horizonte. E, como diz o poeta, viver é impreciso. Navegar é preciso! Bora lá?




Estou indo! Essa é minha partida. Esse é o meu momento de sucesso. O porvir é trabalho, trabalho, trabalho. Mas, e daí? Se esse trabalho que me trouxe até aqui conquistar novas partidas, valorizará a aventura da minha vida. Então, o desenho do plano para mais essa jornada já começou. E que ele me leve para novos portos. 


"Não existem planos perfeitos, nem viagem perfeita. Mas há um momento em que você precisa partir. [...] Os planos reduzem os riscos, mas não podem assegurar que tudo vai dar certo na viagem". Amir Klink

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O QUE FAZER COM A VIDA QUASE ETERNA QUE JÁ ALCANÇAMOS?

Já passou da hora dessa crise política acabar, para que a sociedade civil possa retomar os projetos de vida, os projetos de futuro. Para que a sociedade civil possa entender melhor mudanças as trazidas pela longevidade.
Entre as muitas notícias horríveis de todos os dias, uma delas mostra que as mudanças podem ser pequenas, mas elas são reais. Juro que fiquei muito feliz quando li nas redes sociais a notícia sobre espaço no mercado de trabalho para aposentados (clique aqui).



Vida mais longa melhor tem que ter oportunidade de aprender ressignificar o que se sabe e aprender o que não se sabe. Confesso que ando muito influenciada pelo que aprendi trabalhando nestes últimos tempos. Acho cada vez mais que a sociedade precisa de outras vozes, vozes do bem, sugerindo caminhos novos, estimulando a descoberta de potencialidades, apostando em soluções pioneiras e de impacto para a transformação do comportamento, do repertório, do posicionamento diante da vida.


Qualquer que seja o cenário, a longevidade em curso não tem volta. Não pode ser detida. É, como ensina a antropóloga Mírian Goldenberg, democrática, para todos! Quando mais consciência for despertada sobre as oportunidades de protagonismo, mais a longevidade mais ganhará expressões novas, inéditas, poderosas. Se a vida é mais longa, ela tem que ganhar em liberdade, em realização, em felicidade. 

Se no século 21 todos seremos velhos e mais velhos que os nossos antepassados, que ao menos possamos, primeiro, acrescentar uma essência positiva a essa experiência maior de vida. Segundo, resistir às instabilidades econômicas, políticas, tudo que nos é alheio, mas que interfere à revelia em nós. Terceiro, criar novos sonhos, porque o da vida quase eterna a gente já alcançou!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

QUANDO A OPORTUNIDADE EXIGE CONEXÃO


No último dia 31 de janeiro, assisti à cerimônia de posse das novas diretorias da ABRAPP, SINDAPP e ICSS. Algumas demandas presentes foram compartilhadas nos discursos dos dirigentes: adesão automática, modalidade de tributação [progressiva ou regressiva] na concessão do benefício de aposentadoria, tributação diferenciada e alíquota zero para quem conquista o benefício de aposentadoria, aumento da atratividade dos planos especialmente para os jovens e profissionais liberais. Pode parecer ficção, mas todos esses os temas serão vetores de ações institucionais nos próximos anos.

Sou testemunha de um tempo em que outros temas foram objeto de ceticismo, de descrença e discórdia. Vou citar dois: a UniAbrapp e a certificação, hoje consolidados entre os estimados 15 mil profissionais que integram o Sistema Fechado de Previdência Complementar. Desses, 5.400 estão certificados. O dado foi reiteradamente citado durante a cerimônia de posse. Uma conquista estratégica, pelo potencial para mais excelência técnica e aprimoramento das melhores práticas que garantem a gestão de benefícios previdenciários para 7 milhões de brasileiros.

É bom ver os números! E isso me faz pensar nos números que pesquisei sobre Educação Previdenciária, apresentados em meu post anterior. Se calculei corretamente, o aumento da presença do tema junto à sociedade - nos últimos oito anos - aumentou 300%.  

Para mim, hoje, esse percentual significa um monte de perguntas:

  • Quem são essas pessoas que estão buscando informações sobre Educação Previdenciária? Qual a idade? A escolaridade? 
  • Onde trabalham?
  • Onde moram?
  • Elas têm acesso a produtos de natureza previdenciária?
  • Qual a possibilidade de elas terem acesso mas não aderirem a um plano previdenciário oferecido por um fundo de pensão?
Hoje, quando faço uma pesquisa no Google sobre, por exemplo - livro X, imediatamente anúncios sobre o produto pesquisado começam a invadir todos os espaços onde navego. Nem sempre compro. Mas tenho acesso a ofertas e apelos à compra. Robôs e instrumentos de geolocalização são cada vez mais precisos e eficientes nessa identificação e direcionamento da Comunicação.

O público que a Previdência Complementar Fechada quer atingir está prioritariamente em rede. Essa é uma janela de oportunidade que precisa ser analisada e bem aproveitada. Penso que uma integração institucional [ABRAPP, UniAbrapp, SPPC), poderia viabilizar ações de SEO (Search Engine Optimization) e SEM (Search Engine Marketing). O desafio precisa chegar aos profissionais de TI, a resposta certamente está ao alcance da rede.

Até onde posso afirmar, o aumento de 300% foi orgânico, espontâneo e impulsionado pela discussão sobre a Reforma Previdenciária que está em pauta no Brasil. Portanto, caso essa janela de oportunidade não seja aproveitada, a tendência - quando o tema sair de pauta, é uma diminuição do interesse pelo assunto. E aí, surgem mais perguntas: e se esse interesse fosse estimulado? E se esse interesse fosse objeto de um plano de marketing digital? Qual seria o resultado?

Penso que, não adianta apenas desencadear o fluxo. É preciso criar uma solução integrada de captação e retenção. Então, nos bastidores dessa abordagem digital, é necessário - no mínimo - um aplicativo que permita desde o acesso à informação até mesmo a adesão do interessado. É a integração de um processo inteiro de Tecnologia, Marketing, Direito Previdenciário, Atuária, Finanças! E depois, para a fidelização do novo participante, Comunicação e Relacionamento.

Pode parecer ficção tudo isso! Mas tem muito potencial para virar realidade. Afinal, quem poderia prever que uma geladeira tem potencial para fazer a compra de supermercado? Sociedade do conhecimento não é apenas uma expressão. É uma adaptação para a evolução no século 21. Então, por que eu sinto sempre essa sensação de que estamos perdendo tempo?

"Viveremos a voragem dos tempos revolucionários nas próximas décadas. Até agora eu vi a mais profunda transformação pela qual a imprensa já passou, e sei que estamos apenas no umbral de novas transformações [...] No momento em que você lê esta página, os números já mudaram. O tempo atual é o de um tsunami de mudanças. Por isso, mais importante do que falar da próxima coisa nova é entender que a mente deve estar preparada para compreender e se adaptar ao novo. Não é fácil. O novo é inquieto e contagiante. Atinge áreas que não se esperava fossem tocadas, produz efeitos não previstos". Mirian Leitão em História do Futuro - o horizonte do Brasil no século XXI

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O VOO DA BORBOLETA

Ando meio sem ritmo para fazer meus posts aqui. A verdade é que, desde dezembro, deleguei ao tempo a sua própria divisão. Trocando em miúdos: deixei minha agenda se fazer sozinha. Produzo o que tenho que produzir. Leio um pouco. Acompanho as notícias. Monitoro alguns trabalhos. Nada muito
ordenado! Quero reencontrar meu ritmo, mas não sei bem por onde ele anda.

Ontem, por acaso, estava vendo a economista Mônica De Bolle no Roda Viva na TV Cultura. Era uma reapresentação e, entre muitas análises conjunturais e estruturais sobre o Brasil, ela falava de seu livro Como matar a borboleta azul - uma crônica da era Dilma.

O título do livro, os dados e evidências que ela apresentou e uma pergunta de um dos entrevistadores [quanto tempo demora para recuperar o desmonte da economia brasileira? e a resposta: em média uma década] me inspiraram a fazer uma pesquisa bastante simples.

Para quem me conhece, sabe que tenho um divisor de águas em minha carreira: um texto que fiz em 2009: Efeito Borboleta - uma reflexão sobre Educação Previdenciária. Tratava do potencial do impacto da legislação para o crescimento da Educação Previdenciária no Brasil. 

E aí surgiu a pergunta: como comprovar com evidências essa predição? Pensei então em um método bem simples: pesquisar no Google. Claro que essa pesquisa é bastante rudimentar e só tem o objetivo de provocar uma reflexão para este post. Parti do verbete Educação Previdenciária, fui acrescentando o ano e consegui construir a tabela a seguir:


Confesso que gostaria que a ideia desse monitoramento tivesse me ocorrido antes. Por enquanto, não consigo explicar o salto nos números em 2012. Afinal, os estímulos para a ampliação da Educação Previdenciária - como a liberação da impressão do Relatório Anual de Informações pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar e o Selo de ENEF (Estratégia Nacional de Educação Financeira) são posteriores: 2014 e 2015, assim como o Guia para Modelagem de Programas de Educação Financeira e Previdenciária da ABRAPP. Talvez eu ainda faça uma pesquisa ou uma investigação mais profunda para entender os fatos específicos em 2012.

Por enquanto, os resultados dos anos de 2015 e 2016 mostram como a presença dos temas longevidade e Reforma Previdenciária na mídia e na sociedade impactaram positivamente para a divulgação da Educação Previdenciária

O conjunto desses números também mostra que, em oito anos, muito trabalho foi realizado! Saímos da total aridez. Criamos soluções presenciais, a distância, analógicas e digitais. Mas ainda temos muito a fazer, afinal o Brasil é reconhecidamente um país sem hábito de poupança, especialmente a de longo prazo. E essa, sem dúvida, é nossa janela de oportunidade em 2017 e além.   

A Educação Previdenciária é um conjunto de atitudes sustentáveis, com o objetivo de criar sustentabilidade para o futuro, especialmente diante de cenários com alto risco político e muita instabilidade econômica. Mudar comportamento não é fácil! De lagarta a borboleta há um processo com muitas etapas. Então, para encerrar este post, transcrevo um trecho de outro livro: História do Futuro - o horizonte do Brasil no século XXI, de Mírian Leitão:
"A importância da educação vai além da economia,
da política, da competição entre os povos; transborda qualquer visão utilitarista. [...] Seu valor transcende os limites da percepção setorial e material. A educação liberta. Só uma pessoa educada pode escolher voar em todas as dimensões que sua mente desejar, pode realizar todo o potencial que traz ao nascer, pode ser o que quiser ser. É a base na qual cada pessoa constrói o edifício de sua vida. Sem a educação não há futuro para as pessoas, não haverá futuro para o Brasil".
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ACELERA 2017! OU SERÁ QUE VIVER TEM OUTRA VELOCIDADE?


Você constrói seus projetos de futuro na mesma velocidade com que vive a vida? Já parou para pensar que - se o mundo acelerou - você também está envelhecendo mais rápido e que, por isso, precisa de planos para viver o futuro que já é? Ou sua vida vai a mil e seus planos seguem a reboque, numa dimensão paralela gravitando nos séculos 18, 19, 20?

Pois é! Se você está no Brasil, essas respostas são decisivas! Você está onde o envelhecimento será mais acelerado do que em outros lugares do planeta. Isso significa que um europeu teve mais tempo para fazer o próprio plano de futuro. Na França, por exemplo, o envelhecimento da população foi mais leeeeeeeeeeeeento. A longevidade no Brasil não é acaso. Urbanização, industrialização, alfabetização são alguns componentes da fórmula.

A questão agora deixou de ser viver mais. Essa conquista é fato. Mas é preciso criar as melhores condições para viver bem qualquer que seja a fase da vida, especialmente agora que, também aqui no Brasil, a longevidade será acompanhada por possíveis reformas da Previdência Social e Trabalhista.

Redução de empregos formais e de benefícios trabalhistas e previdenciários estão na pauta de 2017. O trabalhador necessariamente terá de rever planos e criar soluções para preservar aquilo que realmente faz sentido em qualquer tempo. Fazer mais com menos não se trata de estratégia, é uma nova cultura! A base é feita de responsabilidade pelas próprias escolhas e sustentabilidade. 

Mais do que revitalizar e regenerar a aparência é preciso rever os valores que estão na gênese das escolhas que fizemos até agora. Se o consumo desenfreado e predatório nos trouxe até aqui, sem necessariamente fazer sentido e causando um prejuízo ambiental sem precedentes, o futuro precisa ser diferente! 

Não se trata de utopia, mas de uma rota de fuga realista para a distopia que criamos e estamos vivendo (clique aqui)... É verdade que ainda somos relativamente jovens, mas não por muito tempo!

A aceleração tem um preço! A negligência também. O mito forever young perdeu a consistência. Foi economicamente verossímil enquanto as PESSOAS que o consumiam eram maioria. O mito do forever alive está aí para ser forjado no século 21.

Resta saber: como? É fato que temos mais informação! Assim como temos mais silicone e viagra. Os três princípios ativos - informação, silicone e viagra - existiam e foram experimentados em doses estratosféricas no século passado. A questão é: o que pode ser mudado? Cada escolha desencadeia uma série diferente e imprevisível de impactos. Quando o tangível não dá mais lucro, o intangível é solução mais efetiva para experimentar a aventura do tempo? 

É com todas essas dúvidas que encaro 2017. Mais velha, mais simples e vivendo a minha humanidade do jeito que este tempo permite. Ando muito desconfiada dessa aceleração forçada da vida. Mas confesso que a desconfiança exige um tempo que nem sempre tenho!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

NOVE SUPERÁVITS CONSECUTIVOS: QUAL É A FÓRMULA?

Na semana passada, eu tive a oportunidade de assistir a um case da VALIA, durante o 2º Seminário Ética e Boas Práticas de Governança no Fortalecimento da Confiança, evento realizado pelo SINDAPP e pela SPPC. A apresentação me impressionou por muitos aspectos, dos quais eu vou destacar somente três: 

1. a objetividade e a simplicidade com que as informações foram compartilhadas, inclusive um dado que não está nos slides: a distribuição de nove superávits consecutivos para Participantes e Assistidos.

2. a estrutura de Comunicação e, principalmente, Educação que a Valia desenvolveu. Esta informação está nos slides (clique aqui). O que não está nos slides é que a área de Educação é a que - atualmente - mais cresce na Valia.
3. a estrutura de governança baseada em processos bem definidos, sistematicamente revisados e documentados.

O que eu quero dizer com esse post é que os nove superávits consecutivos distribuídos pela Valia não são resultados isolados de uma performance extraordinária da gestão financeira. É claro que a estratégia e a política de investimentos foram excepcionalmente bem desenhadas e executadas. Entretanto, será aleatoriedade que a área institucional que mais cresce na Valia é a de Educação

A boa governança, como é conhecimento de todos, não é somente um conceito. Trata-se de uma prática ética que sustenta as melhores decisões, a favor da coletividade. Fortalece a confiança por meio de resultados efetivos, naturalmente reconhecidos como valor: comprometimento, transparência, fidúcia, responsabilidade.

Interdependência

Nesse exemplo, fica evidente que os resultados refletem uma atuação orgânica da Entidade. O ambiente institucional saudável também favorece o posicionamento estratégico. E fica fácil imaginar que os feudos institucionais tenham sido extintos.

Se queremos estender a Previdência Complementar Fechada para toda a sociedade, convencer empregadores a incluir o benefício em suas Políticas de Gestão de Pessoas e mobilizar o trabalhador com a proposta de planejamento de futuro, devemos buscar e promover os exemplos que verdadeiramente representam o trabalho dos fundos de pensão. São intoleráveis desvios de conduta e de gestão que levem a prejuízos, déficits, CPI, degradação da imagem, reputação, representatividade. 

O futuro que queremos para nós e toda a sociedade é mais limpo, ético, respeitoso, cidadão. Outro modelo não nos interessa!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

E-BOOK DO 37CBFP: UM PRESENTE QUE ANTECIPA O FUTURO

Imagine ganhar um presente que antecipe o futuro. Mais! Que te coloque em contato com o pensamento dos principais visionários que se dedicam a investigar as melhores condições para que você experimente esse futuro como realidade. 
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP) publicou o E-book que apresenta o núcleo temático da programação do 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, evento anual promovido pela ABRAPP e que, este ano, foi realizado em Florianópolis.
Para mim, que sou uma entusiasta de novos projetos de Comunicação, o E-book do Congresso é mais do que um memorial do evento. Trata-se de uma nova narrativa que - por meio de uma costura institucional discreta, enxuta e bem realizada - combina vídeos e imagens emblemáticas que expressam a grandeza do propósito da Previdência Complementar Fechada. 
Pelas contribuições trazidas por todos os palestrantes, autoridades, dirigentes, fica claro que são muitos os caminhos e trajetos que podem materializar a proteção previdenciária de qualidade para o futuro dos trabalhadores brasileiros e suas famílias. Mais do que isso: a Previdência Complementar Fechada é solução aliada ao desenvolvimento econômico e social do país.

Chamado: protagonismo
Em um ano crítico para o país - quando testemunhamos atônitos desvios de todas as naturezas - o E-book nos lembra todo o trabalho permanentemente realizado para sustentar a superação dessas distorções que tanto prejuízo acarretam para o universo a história da Previdência Complementar Fechada.
Registrar a construção contínua revigora a percepção de que muito foi feito e - apesar do trauma - uma grande parte está preservada e cumprindo seu papel de pagar benefícios previdenciários aos brasileiros que acreditaram nessa proposta e estão desfrutando do futuro de qualidade que tanto trabalhamos para materializar.
O protagonismo transcende os resultados institucionais e se estende para todos os operadores da Previdência Complementar Fechada. É esse protagonismo que pode acelerar uma consciência social sobre a efetividade de todo esse projeto de futuro.

Chamado: excelência técnica
Se há alguns anos a profissionalização da Previdência Complementar Fechada era uma aspiração, hoje ela é uma realização e uma marca: UniAbrapp. O mundo em Modo Beta exige essa transformação e atualização técnica permanentes. É só assim que se pode retribuir confiança com excelência: do atendimento ao pagamento de benefícios, da comunicação à rentabilização do patrimônio previdenciário, da escrituração contábil às decisões sustentadas por uma análise criteriosa dos riscos e oportunidades, da concessão de empréstimo pessoal à promoção da melhor governança e solução de conflitos. Todas essas interfaces são interdependentes e determinantes para o sucesso institucional.
A excelência técnica é um ativo que gera valor e efetividade financeira! É um patrimônio que, cada vez mais, conta pontos para a perenidade e sustentabilidade da Previdência Complementar Fechada. 

Chamado: ambiente de qualidade
Muitos dos desafios desse período de transição são estruturais e ainda ganharão nova configuração quando as Reformas Trabalhista, Previdenciária e Fiscal forem definidas e implementadas. Neste cenário de imprecisão, saber onde se quer chegar é decisivo para que se mantenha, promova e conquiste o melhor ambiente para a gestão da Previdência Complementar. Processos bem estruturados, planejamentos estratégicos com foco no longo prazo, resultados avaliados criticamente: não estamos falando de conceitos, mas de incontáveis ações contínuas que nos direcionam para a fazer o "futuro melhor" acontecer e evoluir por meio de novas regras, adoção de novas práticas, promoção de novas políticas. O momento exige muita habilidade para criar convergências que façam frente às instabilidades e divergências conjunturais.

Chamado: fortalecimento coletivo
Todos esses chamados capitaneados pela ABRAPP e registrados no E-book, para mim, lembram uma espécie de plano de voo aeroespacial com missão expansionista que só terá êxito se todos estiverem conscientes do propósito maior que orienta não uma aventura, mas um projeto de evolução civilizatória. É maior do que cada um. É a soma do compromisso de todos! 
Pela perspectiva da Comunicação, a iniciativa da ABRAPP em produzir este E-book deve ser acolhida, reconhecida, prestigiada e integrada aos corações e mentes conquistados pelo ideal da Previdência Complementar para todos.