Em dois anos, descobri que a tecnologia reconfigurou com muito mais precisão a experiência de comprar um simples óculos: ela alterou a medição de manual para automatizada. Portanto, o foco de leitura - além de medido pelo profissional - também passa por um escaneamento que revisa e confirma as medições. Isso sem contar das fotos digitais que registram o impacto e o efeito da armação em seu rosto. Como se não bastasse, as lentes também têm campos ampliados e transição cada vez mais naturais entre os graus para as diferentes distâncias.
É engraçado pensar nisso, porque são os mesmos óculos de sempre, só que não! Uma nova experiência de visão está sendo reconfigurada pela tecnologia de precisão. O que existe nos bastidores disso tudo? Números!
Hoje encontrei nas redes sociais um chamado do professor Gil Giardelli (ESPM/USP): "Um mundo novo está em plena construção, ele é baseado em números!" (clique aqui). Sei disso desde 2002, quando defendi meu mestrado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
O que mudou de 2002 para cá? Na época, o foco da finalidade dos números estava a serviço da padronização de processos. Uma década depois, o foco mudou para a personalização. Ou, como alerta Gil Giardelli:
Bem-vindos a era do big data. Com a superabundância de serviços e produtos, saturação de escolhas e superconsumidores com sua revolução móvel e o controle total de experiências O2O (online to offline). Ou seja, a massa exigindo personalização, relevância e transparência radical.Em um cenário de hipercompetição global, explosão de criatividade, múltiplas escolhas, ubber conectividades com pitadas de obsessão da mobilidade da geração dos distraídos.Governos, marcas, empresas e todas as instituições com cabeça do século passado, terão que fornecer informações instantâneas, trabalhar no “Cauda longa” da escolha total.Urgentemente, mergulharem no século 21 e na era da generosidade coletiva.Big data é analisar interações e transações, entender os dados e tomar a decisão para gerar mais experiência, produtividade, consumo e novos produtos e serviços.
No início desse ano, eu já havia conversado com um engenheiro sobre esse assunto. Leonardo Viceconte Cruz, gerente de Relacionamento da CBS Previdência, informalmente me explicou que a maioria dos bancos de dados das Entidades Fechadas de Previdência Complementar foi configurada para gerar informação sobre o plano de previdência complementar para a administração técnica e financeira do negócio.
Seria então necessária uma reconfiguração estrutural para que eles possam atuar gerando dados para o relacionamento personalizado. Isso é um projeto de larga escala cuja viabilidade precisa ser analisada detalhadamente para avaliar a relação custo/benefício.
Vejo - com as minhas superlentes de campo de visão ampliada - que essa é uma grande oportunidade para os gestores de TI que estão atuando diretamente com essa infraestrutura. Porque os fatos são cada vez mais explícitos. Mas se transformarão muito rapidamente em risco à continuidade do negócio se adiarmos reconhecê-los e legitimá-los. Vou encerrar esse post, com a precisão do recado de Gil Giardelli:
O desafio é estruturar os dados, provenientes de mídias sociais, linhas de consumo, transcrições de dados de chamadas públicas de emergência ou de outras fontes em forma de texto e imagens. Quando se trata de análise de dados, realmente não é apenas o tamanho dos dados que importa, mas como você vai usá-los.Se você gostou do recado, compartilhe! Lembre-se: seu clique faz a rede crescer.
[...] Veja a competição de crowdsourcing para mensurar o mundo da startup Kaggle e o caso de empresas como Pfizer, GE, Ford Facebook, que estão premiando ideias de modelagens de big data. No jogo político, Obama ganhou uma eleição usando big data (veja mais aqui).
[...] A partir de um estudo da IBM de mais de 1,7 mil diretores de marketing, 71% dizem que estão subpreparadas para lidar com a “explosão de dados” que eles enfrentam na arena do marketing. [...] E você vai mergulhar nos big datas? Ou vai continuar fazendo relacionamento.com usando planilha de Excel?
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